O segundo andar do Mercado Público de Porto Alegre será reaberto aos frequentadores no mês de agosto, nove anos depois do incêndio ocorrido em 6 de julho de 2013. No local, estará em funcionamento os restaurantes Mama Júlia, Bar Chopp 26, Beijo Frio, Taberna e Sayuri. A informação é da presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Adriana kauer. Ela explicou que estão em fase final as obras de acessibilidade e da rede elétrica. Antes do incidente, o espaço era ocupado por escritórios, repartições públicas, restaurantes e lancherias.
Outra novidade do Mercado Público é a pintura da fachada externa do prédio de 152 anos - a entrada da rua Júlio de Castilhos já está concluída. Está em andamento, agora, a pintura da avenida Borges de Medeiros. Segundo Adriana Kauer, a empresa Suvinil fará os reparos no lado do Largo Glênio Peres e da Praça Parobé. A previsão é que os serviços estejam concluídos em dezembro deste ano. A empresa Suvinil realizou a doação da tintas e está pintando o prédio na cor amarelo canário.
O Mercado Público possui 100 estabelecimentos comerciais, por onde circulam diariamente cerca de 30 mil pessoas. Em outubro, o ponto turístico completará 153 anos de atividades. "O nosso desafio era reativar as atividades do segundo piso, interrompidas desde o incêndio. Agora, estamos com uma perspectiva muito real de abertura", destacou Adriana. Atualmente, as lojas funcionam apenas no andar térreo do centro de abastecimento. Inaugurado em 1869, o Mercado Público de Porto Alegre integra o Patrimônio Histórico e Cultural da cidade.
O prédio abriga estabelecimentos com diversas atividades: restaurantes (cozinha macrobiótica, cozinha japonesa, cozinha portuguesa, carnes variadas e um com buffet), lancherias, cafeteria pastelaria, padarias, fruteiras, açougues, peixarias, lojas de artigos para animais, barbearia e lotérica. Abre de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 19h30min. Nos sábados, das 7h30min às 18h30min.
Inaugurado em outubro de 1869, o Mercado Público de Porto Alegre foi criado para abrigar o comércio de abastecimento da cidade. O local foi tombado como bem cultural em 1979 e passou por um processo de restauração entre os anos 1990 e 1997, mas sempre manteve a concepção arquitetônica original. O incêndio do dia 6 de julho de 2013 não foi o primeiro enfrentado pelo Mercado Público. Em 1912, um sinistro destruiu os chalés internos. Em 1941, uma enchente atingiu o local e, 38 anos mais tarde, mais dois incêndios destruíram as dependências do estabelecimento que serve como cartão postal de Porto Alegre. O prédio chegou a ser ameaçado de demolição durante a administração de Telmo Thompson Flores. Na época, era cogitada a construção de uma avenida na área.