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Educação

- Publicada em 14 de Julho de 2022 às 18:37

Pacto Pela Educação é oficializado com 156 propostas de projetos em Porto Alegre

Evento de oficialização do Pacto Pela Educação ocorreu no auditório do Ministério Público e já tem 315 voluntários

Evento de oficialização do Pacto Pela Educação ocorreu no auditório do Ministério Público e já tem 315 voluntários


ANDRESSA PUFAL/JC
Bárbara Lima
“A gente tem que batalhar pelas escolas. A gente é o futuro, né? A escola está precária, não tem teto, é superlotada. Tem gente que não tem como se locomover até a escola. Tem que mudar muita coisa”, a avaliação é da adolescente e estudante Erika Silva Dutra, de apenas 15 anos, presente no evento de oficialização do movimento Pacto Pela Educação, que ocorreu nesta quinta-feira (14) no auditório do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e já conta com 156 propostas de projetos e 315 voluntários.
“A gente tem que batalhar pelas escolas. A gente é o futuro, né? A escola está precária, não tem teto, é superlotada. Tem gente que não tem como se locomover até a escola. Tem que mudar muita coisa”, a avaliação é da adolescente e estudante Erika Silva Dutra, de apenas 15 anos, presente no evento de oficialização do movimento Pacto Pela Educação, que ocorreu nesta quinta-feira (14) no auditório do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e já conta com 156 propostas de projetos e 315 voluntários.
O Pacto pela Educação nasceu como um “movimento colaborativo de CPFs", como definiu a professora Mônica Timm, integrante do comitê-executivo do Pacto, na abertura do evento. O movimento visa justamente transformar a realidade desafiadora relatada pela estudante Erika, integrante do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem). A estudante do Colégio Estadual Dom João Becker, no bairro Passo D'Areia, estava acompanhada de colegas de outras escolas de regiões periféricas de Porto Alegre, como Bom Jesus e Morro da Cruz, todos atentos às falas dos representantes de diversos setores da sociedade.
Vale ressaltar que o Pacto Pela Educação não pretende executar os projetos, tampouco interferir na gestão pública da educação. “O objetivo é potencializar resultados. Queremos mobilizar iniciativas que hoje estão dispersas. Vamos conectar ideias a possíveis financiadores”, destacou Mônica. Entre as prioridades do movimento estão as melhorias das infraestruturas das escolas, a capacitação dos professores e o acesso à internet de boa qualidade nas instituições.
O movimento Pacto Pela Educação surgiu há cerca de quatro meses, segundo o professor Cesar Paz, um dos organizadores, a partir de discussões envolvendo dez pessoas, entre elas a professora Mônica Timm e o professor  da Tecnopuc, Jorge Audy, que entendem que "vivemos uma urgência educacional".  Em maio, o movimento foi lançado na Casa de Cultura Mário Quintana com um manifesto que reúne 1.342 assinaturas de cidadãos, professores universitários, professores do ensino público, empresários, ativistas pela educação e outros membros da sociedade civil. 
Todas as forças desse coletivo formado por diferentes setores sociais estão reunidas na concretização de ideias que podem ser sugeridas por todos, com foco em maior equidade, inclusão e diversidade na educação. "Agora já estamos pensando na forma de interagir, em modelos de governança e nos eixos que queremos trabalhar", definiu Cesar. 
Para Henrique Medeiros, presidente do Centro de Educacional Ambiental (CEA), localizado no bairro Bom Jesus, além do projeto, é muito importante que os alunos estejam presentes em locais como o Ministério Público, debatendo o futuro da educação. “Precisamos criar cidadãos intelectualmente capacitados para entender a importância da educação no desenvolvimento. Queremos que todo mundo se enxergue dentro desse movimento”, refletiu. A secretária da Educação de Porto Alegre, Sônia Rosa, concorda e também destacou a necessidade da participação de todos. “Só se faz educação quando diferentes setores pensam juntos”.
Representando o setor empresarial, o presidente do Transforma RS, Daniel Randon, ressaltou a relevância dessa iniciativa para um mercado mais qualificado. “Se queremos um Rio Grande do Sul protagonista, precisamos de uma educação protagonista. Muitas pessoas estão procurando emprego, enquanto, por outro lado, temos muitas vagas que não são preenchidas por falta de educação qualificada”, comentou.
Também estiveram presentes no evento a ativista pela educação Negra Jaque, o CEO da Transforma RS, Ronald Krummenauer.  Quem deseja fazer parte deste movimento pode inscrever-se pelo site do Pacto Pela Educação.
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