Com previsão de o Ministério da Saúde iniciar a campanha de vacinação contra a Covid-19 na segunda quinzena de janeiro, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, diretores e técnicos da Secretaria da Saúde (SES-RS) se reuniram nesta quarta-feira para acertar o detalhamento do plano estadual. A estimativa do governo do Estado é de quer cerca de 1 milhão de gaúchos façam parte dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde e que devem ser imunizados inicialmente.
De acordo com o Plano Nacional de Imunização, os grupos prioritários são profissionais na linha de frente em contato direto com o vírus, como pessoas que trabalham em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), centros de triagem e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); idosos em lares de longa permanência; idosos fora desses lares escalonados por faixa etária (mais de 80 anos; de 75 a 79 anos; de 70 a 74 anos); indígenas e quilombolas.
"Assim que a vacina chegar ao Rio Grande do Sul, já temos estrutura e planejamento para iniciar a vacinação", afirma Arita. De acordo com a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina-Bastos, o processo de vacinação contra a Covid-19 será o mesmo de outras campanhas de imunização, como a da influenza, realizada anualmente.
Como, provavelmente, o Rio Grande do Sul não deverá receber um lote de doses suficiente para vacinar toda a população dos grupos prioritários, a SES-RS já definiu quem irá ser imunizado primeiro. "Como a quantidade a ser recebida inicialmente talvez não seja suficiente para aplicar as doses em toda essa população de uma vez, teremos de adotar critérios. Se tivermos que fazer escolhas, os primeiros a receber serão profissionais que trabalham diretamente no atendimento a pacientes Covid", aponta a secretária.
Em relação às agulhas e seringas, a SES terminou 2020 com um estoque de 4,5 milhões de seringas, e foram adquiridas, por registro de preços, mais 10 milhões de seringas agulhadas. A entrega desses insumos aos municípios será escalonada e integrada com a distribuição da vacina. De acordo com a secretária, esses itens, além da possibilidade de recebimento de agulhas e seringas do Ministério da Saúde somados aos estoques dos municípios, serão suficientes para atender toda a demanda da vacinação contra a Covid e das outras campanhas que ocorrem em paralelo (como influenza, sarampo e todo o calendário básico de vacinação).
Outro ponto tratado diz respeito ao armazenamento. Segundo a secretaria, o Estado tem capacidade adequada tanto em Porto Alegre como nas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS). A SES entregou nas últimas semanas 43 câmaras de conservação no Interior. Somadas às já existentes nas CRS, a estrutura totaliza 96 câmaras refrigeradas.