Em meio à piora expressiva no quadro da pandemia, todas as regiões do Rio Grande do Sul apareceram em bandeira vermelha no mapa prévio do distanciamento controlado divulgado no fim da tarde desta sexta-feira (27) pelo governo do Estado. É a primeira vez que toda as regiões apresentam a mesma classificação, que indica alto risco de contágio para o novo coronavírus.
A piora vem de indicadores como a alta na internação em leitos de UTI. Nessa quinta-feira,
o Estado bateu o terceiro recorde seguido no número de pacientes hospitalizados em razão da Covid-19. A redução de leitos livres de UTI atingiu o menor nível desde o início do distanciamento controlado. O quadro, segundo o governo, fez com que o indicador específico que mede a capacidade de atendimento como um todo recebesse a classificação de risco altíssimo (bandeira preta), cenário que se repete em cinco das macrorregiões (Metropolitana, Serra, Missioneira, Centro-Oeste e Norte).
Além disso, o número de casos ativos para doença cresceu 13% e ultrapassou a marca de 21 mil pessoas que testaram positivo apenas nesse período. E pela primeira vez, ao menos três regiões tiveram média ponderada que as aproximou da classificação final em bandeira preta: Bagé, Erechim e Uruguaiana.
O Gabinete de Crise altera para a piora considerável dos indicadores no último mês. De 30 de outubro a 26 de novembro, houve alta de 26% (de 830 para 1.047) no número de hospitalizações confirmadas pela doença e alta de 30% (de 712 para 928) nas internações em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Os mapa definitivo será publicado na segunda-feira (30), e começa a valer a partir de terça (1). Os municípios tem até domingo para enviarem recursos.