A Secretaria Municipal de Educação (SMED) confirmou nesta sexta-feira (23) o registro de 77 casos positivos de Covid-19 em escolas da rede pública da cidade desde 27 de setembro, quando foram retomadas as atividade de alimentação da Educação Infantil da Capital. Desse total, cinco crianças estão entre os contaminados.
Nesse período foram ainda registradas 180 pessoas com suspeita da doença, sendo 12 alunos, que não tiveram confirmação do contágio.
Dentre os casos confirmados há pacientes de 14 escolas comunitárias e de uma de Educação Infantil (Emei). Também houve registros em escolas que não chegaram a abrir, duas Emeis e seis de Ensino Fundamental (Emef).
Em greve sanitária desde segunda-feira (19),
os servidores da educação da cidade terão de retornar ao trabalho, por decisão judicial proferida na quinta-feira (22), quando o desembargador Leonel Pires Ohlweiler, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), indeferiu recurso interposto pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), que pedia revisão da decisão. A categoria está em assembleia geral online desde o final da tarde, para analisar os próximos passos a serem tomados.
Vereadores e entidades querem suspensão das aulas
A polêmica em torno da volta às aulas presenciais também foi tratada na Câmara de Vereadores nesta sexta-feira, onde um documento solicita a suspensão imediata do retorno das aulas em Porto Alegre e a realização de uma audiência pública para tratar da questão no âmbito da Comissão de Educação, Cultura, Esportes e da Juventude (Cece). O documento, assinado por diversos vereadores, se soma a outras iniciativas, como um projeto de Decreto Legislativo que tramita na Casa para anular o decreto da prefeitura que determinou o retorno gradual das aulas desde 5 de outubro.
Os vereadores receberam relatos da comunidade escolar e de entidades representativas dos servidores sobre falta de clareza e de diálogo por parte da prefeitura, a não implementação do Centros de Operações e Emergência em Saúde (COE) Municipal, a forma impositiva de implantação do cronograma de retorno e a ausência de protocolos de medidas sanitárias.
A falta de servidores e problemas estruturais também foram registrados por representantes do Sindicato dos Municipários (Simpa), do Conselho Municipal de Educação, da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa), diretores, professores e pais.