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- Publicada em 20 de Outubro de 2020 às 18:18

Retorno tímido marca o primeiro dia de aulas nas escolas estaduais gaúchas

No Colégio Dom João Becker, em Porto Alegre, aulas presenciais tiveram apenas 12 alunos

No Colégio Dom João Becker, em Porto Alegre, aulas presenciais tiveram apenas 12 alunos


ITAMAR AGUIAR/PALÁCIO PIRATINI/JC
Fernanda Crancio
Com registro de escolas estaduais fechadas em todo o Rio Grande do Sul no primeiro dia de volta às aulas presenciais na rede pública gaúcha, nesta terça-feira (20), a estimativa da Secretaria Estadual da Saúde (Seduc) é de que a adesão ao retorno tenha sido tímida em todo o Estado, onde apenas cerca de 30% das instituições de ensino retomaram as atividades.
Com registro de escolas estaduais fechadas em todo o Rio Grande do Sul no primeiro dia de volta às aulas presenciais na rede pública gaúcha, nesta terça-feira (20), a estimativa da Secretaria Estadual da Saúde (Seduc) é de que a adesão ao retorno tenha sido tímida em todo o Estado, onde apenas cerca de 30% das instituições de ensino retomaram as atividades.
De acordo com a assessoria da Seduc, as coordenadorias de educação devem atualizar os dados até o final do dia, mas a expectativa era de uma adesão baixa neste início das atividades. Além do receio de muitos pais em enviar os filho à escola por conta da pandemia, a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de reposição de servidores do grupo de risco são fatores que pesaram na decisão de muitas direções de escolas de não abrirem as portas.
Segundo o Cpers-Sindicato, não há dados consolidados do número de escolas abertas no Estado, mas a situação em Porto Alegre, onde apenas uma teria funcionado nesta terça - a Escola Estadual Dom João Becker, com a presença de 12 alunos- , mostra a dificuldade que o governo do Estado terá neste processo retomada. "Temos a posição de não iniciarmos as aulas, porque mesmo com os EPIs, ainda temos risco. Ficamos impressionados com a incompetência do governo, que desde o dia 5 de outubro pediu para que as escolas ficassem em plantão, e até agora não chegaram os EPIs. Isso impossibilita as escolas de reiniciar", alerta a presidente da entidade, Helenir Schürer, que ingressou com uma ação civil pública contra a reabertura das escolas.
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Maioria das escolas do Rio Grande do Sul seguiu fechada no primeiro dia de aulas presenciais liberadas. Crédito: Marcelo G. Ribeiro/JC
A dirigente ainda destacou que está acompanhando de perto a questão de Porto Alegre, que retomou as aulas no dia 5 de outubro e já registra casos de alunos e professores com Covid-19.
Sobre a questão de falta de EPIs, a Seduc afirma que os mesmos estão "em processo de entrega", e que a expectativa é de que até o final da semana esteja concluída a totalidade ou grande maioria das entregas, que vêm sendo feitas diariamente. Segundo o governo do Estado, foram destinados R$15,3 milhões para a aquisição de EPIs e materiais de higienização.
Esta primeira etapa do retorno presencial contempla os estudantes do Ensino Médio e do Ensino Técnico, cerca de 300 mil alunos gaúchos. Os próximos níveis a voltar às atividades são as turmas finais do Ensino Fundamental, no dia 28 de outubro, e as iniciais, em 12 de novembro. Para receber os estudantes, as escolas devem seguir os protocolos sanitários estabelecidos na portaria conjunta publicada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Seduc e as regras do modelo de distanciamento controlado, que libera as aulas apenas em cidades com bandeiras laranja e amarela. As aulas ocorrem mediante revezamento de alunos, com a divisão da turma, sendo permitida a presença de no máximo 50% dos estudantes.
 
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