O governador Eduardo Leite criticou nesta quinta-feira (24) as pessoas e movimentos que não querem a volta das atividades da educação no Rio Grande do Sul. Durante a última live regular realizada direto do Palácio Piratini, o chefe do Executivo gaúcho disse que o retorno às aulas presencias "é mais do que uma opção, é uma necessidade".
"Escola não é um item não essencial, aprendizagem e conhecimento não podem ser contemplados como algo supérfluo e que possam ficar para mais adiante", destacou.
O recado foi direcionado a
grupos que têm demonstrado insatisfação com o calendário apresentado pelo governo gaúcho para a retomada das escolas, como os sindicatos dos professores das redes pública e privada, movimentos de pais e a Frente Gaúcha de Juventudes em Defesa da Educação, que comandou
protesto em frente ao Piratini na quarta-feira (23), sob o lema “Volta às aulas é crime".
"Crianças e jovens não podem ficar um ano inteiro sem acesso ao conhecimento e apoio das aulas, terão sofrido impacto psicológico e físico pela ausência de estímulo das escolas. Insistimos no retorno das aulas com cuidados, protocolos e distanciamento. As pessoas devem estar na rua em defesa da volta às aulas. Escolas fechadas não são vidas preservadas, porque a vida é muito mais e a escola é chance de proporcionar uma vida melhor para as pessoas", enfatizou Leite.
O governador também cobrou a responsabilidade dos prefeitos nesse sentido. "Conclamo os prefeitos a fazerem um esforço para viabilizar a retomada das aulas com segurança nos municípios", completou.
Governador defendeu unidade do calendário de volta às aulas para todo o Rio Grande do Sul. Crédito: Reprodução/JC
Ele também se manifestou sobre o impasse em torno do
calendário proposto pela prefeitura de Porto Alegre, que prevê atividades com aluno a partir do dia 5 de outubro, contrariando
o cronograma estadual, que apresenta cinco datas para o retorno escalonado das aulas (quadro abaixo), porém apenas para cidades com bandeira laranja no distanciamento controlado há mais de duas semanas seguidas, o que ainda não é o caso da Capital.
Após ser cobrada pelo governo para detalhar seu plano para a Educação, a
prefeitura encaminhou na quarta-feira (23) a proposta ao Executivo, que a considerou conflitante com o calendário estadual. "Nenhum argumento trazido pela prefeitura justifica os protocolos diferentes dos do Estado, é um cronograma diferente e que acaba colidindo com o do Estado. Estamos dialogando, mas mantemos a regra e Porto Alegre deve se submeter como os outros municípios", reforçou Leite.
Ao defender a unificação do regramento que permite a retomada das atividades escolares, o chefe do Executivo gaúcho disse ainda que a decisão traz segurança ao processo em todo o Rio Grande do Sul. "O papel do Estado é coordenar para para que tenhamos um retorno seguro em todos os municípios", completou.
Calendário de volta às aulas do governo do Estado:
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Educação Infantil: 8 de setembro
Ensino Superior, Ensino Médio e Ensino Técnico: 21 de setembro
Ensino Fundamental - anos finais: 28 de outubro
Ensino Fundamental - Anos Iniciais: 12 de novembro
Escolas da Rede Estadual: 13 de outubro
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