O setor de escolinhas de Educação Infantil comemorou a definição da
data de retomada das atividades presenciais no Rio Grande do Sul. São 1,5 mil escolas infantis registradas no Estado, mas a estimativa é que o número seja de 3 mil, considerando as informais.
Dirigentes do Sindicreches e de movimento que reúne escolas privadas citam que o retorno dependerá da autorização das prefeituras que têm a tarefa de verificar se as medidas de segurança sanitária estão sendo seguidas.
Estabelecimentos precisam ter planos demonstrando o cumprimento de protocolos definidos em junho pelas secretarias estaduais da Educação e da Saúde. Cada município precisa criar o Comitê Operacional de Emergência em Saúde (COES). O Sindicreches diz que apenas 10%, menos de 50 cidades, dos 497 municípios gaúchos já criaram o organismo.
Na tarde desta terça-feira (1), donos de escolinhas e pais e mães que defendem a retomada fizeram carreata em Porto Alegre para cobrar a criação do COES, que ainda não teria ocorrido. Eles percorreram a região da orla do Guaíba até o Centro Histórico. Cartazes fixados nos vidros dos veículos fazia referência ao comitê.
A vice-presidente do Sindicreches, Talina Romano, comemorou a notícia do calendário citando que era importante "definir uma data". "Mas tem um caminho a ser seguido", previne a dirigente, referindo-se às condições a serem seguidas pelos estabelecimentos e aprovação das COESs.
São 90 mil crianças que frequentam as escolinhas no Estado, considerando as registradas para a atividade, com idade até cinco anos de 11 meses.
"Apesar da data do dia 8, não é simplesmente abrir as portas", diz Talina, que espera começo das atividades mais no fim de setembro. A volta é permitida para as regiões com bandeira amarela e laranja.
Alessandra Uflacker, diretora da Escola de Educação Infantil Neneca e integrante do Movimento das Escolas Privadas de Educação Infantil (MEPEI-RS), destacou a medida tomada pelo governo que teve "sensibilidade e profundo conhecimento da realidade que as infâncias e famílias vêm vivenciando". Segundo Alessandra, a retomada vai depender de liberação dos municípios.
"Com os critérios especificados no Protocolo Oficial do COE, acreditamos que em torno de uma semana as escolas estarão com equipe treinada e capacitada para receber as crianças", projetou a diretora da Escola Neneca.