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Geral

- Publicada em 01 de Setembro de 2020 às 13:58

Covid-19 já chegou em 142 escolas estaduais, diz Cpers

Retorno começa no dia 5 de outubro, com a Educação Infantil, o 3º ano do Ensino Médio, o ensino profissionalizante e o EJA

Retorno começa no dia 5 de outubro, com a Educação Infantil, o 3º ano do Ensino Médio, o ensino profissionalizante e o EJA


CLAITON DORNELLES /JC
No dia em que o governador Eduardo Leite anunciou o novo calendário da retomada das aulas presenciais no Rio Grande do Sul, com início no dia 8 de setembro, o Cpers-Sindicato, que representa os professores da rede pública gaúcha, divulgou uma pesquisa apontando que o novo coronavírus já contaminou educadores em, ao menos, 142 escolas estaduais.
No dia em que o governador Eduardo Leite anunciou o novo calendário da retomada das aulas presenciais no Rio Grande do Sul, com início no dia 8 de setembro, o Cpers-Sindicato, que representa os professores da rede pública gaúcha, divulgou uma pesquisa apontando que o novo coronavírus já contaminou educadores em, ao menos, 142 escolas estaduais.
A análise foi consolidada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a partir dos resultados da consulta Educação e Pandemia no RS, desenvolvida pelo Cpers.
O número de 142 instituições de ensino corresponde a 16,2% do total de escolas que responderam à pesquisa. O sindicato estima que, extrapolando esse percentual para o total de escolas existentes na rede, o número real pode ser de duas a três vezes maior do que o de 142 colégios.
Um total de 15,7% dos educadores declararam que algum colega de sua escola foi diagnosticado com Covid-19. Esses profissionais trabalham em escolas localizadas em 76 municípios.
A análise ainda trata das medidas tomadas pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), por meio das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) após a confirmação dos casos. Em 75,5% das situações, não foi realizada a pronta higienização do espaço escolar. O regime de trabalho dos infectados – com plantões presenciais sendo encerrados ou redução de período - foi alterado em apenas 49% das ocorrências.
Conforme os profissionais que responderam aos questionários, em 8,3% das vezes, o trabalhador com Covid-19 não foi afastado imediatamente das atividades.
A pesquisa tem como base 2.131 questionários respondidos por diretores e vice-diretores, professores, funcionários de escola, especialistas, orientadores educacionais, pais e/ou responsáveis e alunos da rede pública estadual de ensino.
Ainda que as aulas presenciais estejam suspensas em todo o Estado, 69% dos educadores que responderam ao questionário têm realizado plantões para atender a comunidade, entregar ou receber trabalhos e realizar tarefas administrativas.
A pesquisa indica também que 39% das escolas estão trabalhando em regime de plantão presencial. Outro dado mostra que mais da metade dos funcionários que responderam à pesquisa (57%) disseram que na escola não havia materiais de limpeza suficientes para realizar a desinfecção dos espaços.
O Cpers afirma que os dados da análise mostram que “qualquer calendário de retomada apresentado no atual estágio é precipitado”.
“Eduardo Leite sequer foi capaz de fornecer EPIs adequados para as escolas estaduais que operam em regime de plantão para entregar atividades e realizar tarefas administrativas, levando à ocorrência de casos na comunidade escolar apesar da exposição reduzida”, afirma o sindicato, em nota.
O último Conselho Geral da entidade, realizado na sexta-feira passada (28), aprovou a exigência de vacinação em massa para o retorno às aulas.
“As curvas não apresentaram uma redução expressiva, a dança das bandeiras perdeu o sentido e a transmissão comunitária permanece fora de controle. O governador precisa fazer o seu dever de casa. Nós, nossos estudantes e familiares não seremos cobaias”, completa o sindicato.
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