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- Publicada em 01 de Setembro de 2020 às 12:56

'Abertura de escolas é atitude precipitada', alerta mãe de grupo pró-ensino não presencial

Grupo no Facebook defende que o retorno só deve ocorrer depois que surgir uma vacina

Grupo no Facebook defende que o retorno só deve ocorrer depois que surgir uma vacina


FACEBOOK/REPRODUÇÃO/JC
Patrícia Comunello
A notícia de retorno presencial das escolas em 8 de setembro no Rio Grande do Sul, começando pela Educação Infantil, não agradou a lideranças de movimentos que defendem, o ensino não presencial e a volta somente após a oferta de vacina contra a Covid-19. O calendário com os demais níveis de educação foi apresentado pelo governo a prefeitos na manhã desta terça-feira (1).
A notícia de retorno presencial das escolas em 8 de setembro no Rio Grande do Sul, começando pela Educação Infantil, não agradou a lideranças de movimentos que defendem, o ensino não presencial e a volta somente após a oferta de vacina contra a Covid-19. O calendário com os demais níveis de educação foi apresentado pelo governo a prefeitos na manhã desta terça-feira (1).
"Abertura de escolas nesse momento é uma atitude precipitada, uma vez que estamos com um patamar alto de contágio e óbitos", advertiu uma das coordenadoras do grupo Direito ao Ensino Não-Presencial na Pandemia, a advogada Cassiana Lipp. Enquanto o governo apresentava o calendário, Cassiana estava em reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa que tratava sobre o tema do retorno. 
Logo depois da divulgação das datas, com retorno de Ensino Superior e Médio em setembro e demais níveis em outubro e novembro - as escolas estaduais voltariam em 13 de outubro -, Cassiana postou nota para motivar os seguidores:
"Conseguimos manter escolas fechadas até agora e também o direito de optar em não levar os filhos em caso de abertura", diz a postagem no grupo com mais de 6,6 mil integrantes.
Pela definição do Estado, caberá aos prefeitos emitirem decretos com as regras de como será o reinício. Além disso, escolas e famílias poderão fazer a opção entre presencial ou remoto. Será facultativo o retorno e deve ser assegurado o ensino remoto, direito reforçado em documento emitido por promotores do Ministério Público da Infância e Juventude em agosto.  
Cassiana elogiou prefeituras que decidiram suspender as aulas presenciais em 2020. Uma delas foi Bagé. O presidente da Famurs, Maneco Hassen, criticou a proposta de calendário."Mais uma vez os municípios ficam com a pior parte: voltar primeiro e fazer o experimento", afirmou Hassen, enquanto ocorria a videoconferência com áreas do governo estadual em que foi apresentada a proposta de datas.
"Torcendo que os 94% dos prefeitos que se manifestaram contrários à retomada presencial de aulas confirmem suas convicções", projetou a advogada. Ela cita que faltam poucos meses para o fim de 2020 e que "pouco se fará para recuperar o calendário letivo em sala de aula". "Ideal seria investir em aulas remotas bem produtivas. E esperar a tão desejada vacina", reforçou a coordenadora do grupo. 
O temor de mães e pais é o risco de exposição de crianças e professores à contaminação, que seria menor com a manutenção em casa. "Tudo poderá ser recuperado depois. Crianças e adolescentes aprendem também em ambiente não escolar", opinou Cassiana. 
De acordo com a pediatra, alergista e imunologista Helena Velasco, do Hospital Moinhos de Vento, apesar de as crianças se contaminarem e transmitirem a Covid-19, estudos sobre a carga viral desse grupo ainda são inconclusivos e, embora recentemente pesquisa de Harvard tenha apontado a possibilidade de concentrarem carga viral mais alta que a dos adultos, isso não significa maior capacidade de contágio ou de risco de serem infectadas. Confira mais detalhes da opinião de especialistas.
O retorno divide os setores. Movimentos de mães, pais e professores são contrários e defendem que só tenha a retomada após a chegada de uma vacina contra a Covid-19. O Cpers-Sindicato, que representa professores estaduais, também é contra o retorno.

Abaixo-assinados buscam adesões contra o retorno

Nas últimas semanas, grupos contrários ao retorno reforçam a mobilização. Três abaixo-assinados lançados nos últimos meses estão perto de 110 mil apoiadores. 
Um, que defende "não à volta" tem 97 mil assinaturas, outro do grupo Direito ao ensino não presencial, tem 6,6 mil e o aulas podem ser recuperadas, vidas não  tem 3,8 mil. São todas campanhas digitais. Os grupos, três que lideram as iniciativas, fazem as ações pelo Facebook.
Confira os abaixo-assinados contra o ensino presencial:
Direito ao Ensino Não Presencial durante a Pandemia (6,6 mil adesões): link 
Não à volta às aulas durante o Covid-19 (97,1 mil adesões): link
Aulas podem ser recuperadas. Vidas não (3,8 mil adesões): link
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