Enquanto prefeituras e governo do Estado ainda debatem o
ajuste do calendário de retorno das aulas presenciais, a prefeitura de Nova Petrópolis, na Serra, divulgou nesta terça-feira (18) um plano de ação prevendo a retomada das atividades a partir de 21 de setembro para a rede privada de educação, iniciando por turmas de Ensinos Superior e Médio. A Educação Infantil, que na proposta do Executivo gaúcho seria a primeira a retornar, em 31 de agosto, não tem previsão de volta definida na cidade serrana, que é contra a proposta apresentada pelo governo do Estado.
Pelo planejamento da prefeitura, os Ensinos Superior e Médio da rede particular terão a possibilidade de oferecer aulas em formato 50% presencial e 50% remoto.
O Ensino Médio Estadual e EJA Ensino Médio retornariam em 28 de setembro, seguidos pelos Ensinos Fundamental de 6º ao 9º ano no dia 5 de outubro e de 1º a 5º ano a partir de 19 de outubro, tanto na rede pública quanto particular. “Estamos nos organizando para a retomada das aulas presenciais, tomando todas as providências para garantir a segurança de todos, mas vamos agir com extrema cautela. As atividades nas escolas só retornarão se tivermos condições mais favoráveis”, declarou o prefeito Regis Luiz Hahn, salientando que na primeira semana de setembro haverá uma reunião para avaliação desse planejamento.
A secretária de Educação de Nova Petrópolis, Cristiane Kieling, complementa que se trata apenas de uma perspectiva de calendário para a retomada das aulas presenciais no município e que o calendário do governo do Estado está sendo levado em conta. "Já tivemos uma reunião com o COE (Centro de Operações de Emergência) e devemos ter uma nova reunião no início de setembro para reavaliar a situação", diz Cristiane.
Segundo a administração municipal, a cidade aguarda "condições mais favoráveis" para o retorno de toda a rede de ensino - escolas municipais, estaduais e particulares devem voltar juntas, de forma escalonada (50% presencial e 50% remoto), sem oferta de turno contrário ou contraturno. A previsão inicial da prefeitura era de retorno para setembro, se a curva de contágio diminuir e a região estiver em bandeira laranja no distanciamento controlado, mediante todas as adequações necessárias para enfrentamento à Covid-19.
Enquanto o cenário não evolui nesse sentido, a cidade organiza seu plano de contingência, adquirindo EPIs para servidores, termômetros digitais, tapetes para higienização. Também estuda readequação do lanches oferecidos nas escolas e limpeza de aparelhos de ar-condicionado das escolas municipais.
A Famurs reforça que enquanto não houver deliberação do governo do Estado sobre a autonomia dos municípios para gerenciamento da questão da educação, não há possibilidade de nenhuma prefeitura decidir sobre a volta às aulas. "As prefeituras podem se organizar e planejar, mas ainda não têm como deliberar sobre a questão", destaca o presidente da entidade, Maneco Hassen.