Metade da população gaúcha está sob vigência da bandeira vermelha do distanciamento controlado, segundo mapa definitivo da 13ª semana, divulgado pelo governo do Estado nesta segunda-feira (3). Após análise dos recursos,
caiu de 12 para seis o número de regiões nessa condição. Permanecem em alto risco de contágio do novo coronavírus as regiões de Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre e Passo Fundo. São 165 municípios que abrangem 49,6% da população gaúcha. O mapa definitivo tem vigência de 4 a 10 de agosto.
Até domingo, o governo gaúcho
recebeu 34 pedidos para reconsiderar a classificação do mapa prévio anunciado na sexta-feira. Tiveram seus recursos deferidos as regiões de Palmeiras da Missões, Pelotas, Bagé, Caxias do Sul, Santo Ângelo e Santa Rosa, que retornaram para a bandeira laranja. Assim, são seis regiões em bandeira vermelha e 14 regiões em bandeira laranja. São 340 municípios classificadas em risco médio, concentrando 77% da população do Estado.
Durante a apresentação do mapa definitivo em transmissão ao vivo pela internet, o governador Eduardo Leite destacou que há certa estabilização do quadro da pandemia no Rio Grande do Sul, o que possibilitaria reavaliar as restrições da bandeira vermelha. "Se houver a manutenção dessa estabilização, podemos discutir protocolos que permitam o funcionamento de atividades comerciais", admitiu Leite.
Entidades empresariais
vêm alertando sobre a concorrência desleal com os supermercados. Representantes do comércio de bens e serviços alegam que o setor supermercadista mantém a venda de itens que não são de primeira necessidade, enquanto lojas especializadas nos ramos de vestuário, calçados, eletrodomésticos e outros segmentos seguem fechadas. Leite disse que o governo trabalha para resolver o impasse e que, nesta terça-feira (4), uma reunião entre o governo e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) vai voltar a discutir possíveis flexibilizações do distanciamento controlado.
Estado tem a menor perda de arrecadação do Sul e Sudeste
Antes de apresentar o mapa, Leite abriu a live citando levantamento divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, que mostra que o Rio Grande do Sul tem a menor queda de arrecadação entre estados do Sul e Sudeste do País no primeiro semestre de 2020. As perdas foram de 5,7% ante o mesmo período do ano passado, somando R$ 700 milhões.
O dado, segundo o governador, indica "desempenho melhor na economia e também na questão sanitária, com menor perda de vidas em relação a outros estados". Leite citou que o Rio Grande do Sul possui uma das menores taxas de incidência e mortalidade pelo vírus dentre os demais estados brasileiros. A taxa de ocupação de leitos no Estado, porém, era de 76,3% nesta segunda-feira (3). Também nesta segunda, o Estado passou de 2 mil mortos por Covid-19.