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Geral

- Publicada em 10 de Julho de 2020 às 17:44

Importação do Uruguai pode minimizar escassez de medicamentos nas UTIs do RS

Complexo Hospitalar Santa Casa do Rio Grande adquiriu carga de medicamentos no Uruguai

Complexo Hospitalar Santa Casa do Rio Grande adquiriu carga de medicamentos no Uruguai


EDUARDO BELESKE/JC
Fernanda Crancio
Enquanto aguardam retorno do Ministério da Saúde para obtenção de medicamentos sedativos e anestésicos em falta nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) de todo o Brasil, hospitais do Rio Grande do Sul têm apostado em permutas com outras instituições e até na importação de fármacos de países vizinhos, como o Uruguai, para minimizar a quebra dos estoques e garantir o atendimento aos pacientes internados, especialmente os com sintomas agravados pela Covid-19.
Enquanto aguardam retorno do Ministério da Saúde para obtenção de medicamentos sedativos e anestésicos em falta nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) de todo o Brasil, hospitais do Rio Grande do Sul têm apostado em permutas com outras instituições e até na importação de fármacos de países vizinhos, como o Uruguai, para minimizar a quebra dos estoques e garantir o atendimento aos pacientes internados, especialmente os com sintomas agravados pela Covid-19.
Na semana passada, a escassez de 22 insumos que integram os kits intubação das UTIs fez com que a Secretaria Estadual da Saúde (SES) recomendasse o cancelamento de cirurgias eletivas por tempo indeterminado nas redes pública e privada de saúde. Entre os medicamentos em falta estão bloqueadores neuromusculares utilizados em pacientes que necessitam de ventilação mecânica e intubados por cirurgia ou em razão do coronavírus.
Apesar de a aquisição dos produtos ser de responsabilidade das instituições de saúde, o Estado vem intermediando a questão junto ao governo federal. Uma parceria com o Uruguai já vem sendo testada informalmente e resultou na aquisição de 2,1 mil ampolas de bloqueadores pelo Complexo Hospitalar Santa Casa do Rio Grande, da cidade de Rio Grande. Os medicamentos, oriundos do Laboratório Libra, de Montevidéu, foram adquiridos com recursos próprios do hospital, em um investimento de mais de R$77 mil, e chegaram à instituição na terça-feira (7). “A dificuldade de encontrar o fármaco é uma demanda nacional e, através de uma ação conjunta, chegou-se à alternativa de importar a medicação no país vizinho”, destaca Luciano Lopes, administrador da GV Consulting, que representa diretoria da Santa Casa.
A instituição arcou com todas as despesas da transação, incluindo o transporte dos medicamentos, feito em parceria com o Exército dos dois países. Apesar da compra, a estimativa do Santa Casa, diante da alta demanda, é de que o estoque seja suficiente para suprir por cerca de 10 dias as necessidades da instituição. A medicação, que estava m falta desde o dia 3 de julho, será distribuída conforme a necessidade dos internos nas UTIs do complexo, informa o diretor técnico do Hospital de Cardiologia e Oncologia do Complexo, Evandro Oss. “Trabalhamos com estoques de alguns sedativos no limite e usando os medicamentos com esquemas terapêuticos, que permitam o menor consumo possível. Neste momento, as cirurgias eletivas estão suspensas. Enquanto não houver o restabelecimento da disponibilidade dos sedativos e bloqueadores neuromusculares corremos risco de não oferecermos os tratamentos adequados”, aponta o médico.
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Estoque de 2,1 mil bloqueadores neuromusculares foi adquirido pela Santa Casa do Rio Grande em Montevidéu.
Foto: Santa Casa do Rio Grande/Divulgação/JC
A secretária Ana Amélia Lemos comenta que o processo demandou uma complexa operação logística, por conta do rigor das barreiras sanitárias uruguaias. “O Ministério da Saúde uruguaio deu licença e o Exército uruguaio levou (a carga) à unidade militar brasileira em Jaguarão. Além disso, houve problema na Aduana, mas com apoio da Receita Federal foi possível liberar e não retardar a chegada dos medicamentos, que precisavam ser mantidos em baixa temperatura”, relatou.
Segundo ela, o governo gaúcho está levantando a demanda em todo o Estado e não está descartada a possibilidade de nova importação por parte de institituições gaúchas. O diretor da Santa Casa do Rio Grande ressalta que tanto os medicamentos que são encontrados no mercado internacional quanto os poucos que restam para compra no Brasil são limitados frente à demanda agravada ela pandemia. “Enquanto não se visualizar um restabelecimento para aquisição de remédios, teremos de priorizar as urgências, emergências e UTIs geral e Covid-19”, reforça Oss.
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