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- Publicada em 08 de Janeiro de 2020 às 16:31

Governo pode rever descontos, mas só depois do fim da greve

Secretário da Educação (à direita) apresentou proposta de descontos em nova reunião com o Cpers

Secretário da Educação (à direita) apresentou proposta de descontos em nova reunião com o Cpers


ITAMARA AGUIAR/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
O secretário estadual da Educação, Faisal Karam, afirmou que o governo pode rever os descontos de dias parados dos professores grevistas, mas condicionou a medida à volta às aulas e a como for feita a recuperação dos dias letivos de 2019. Na reunião desta quarta-feira (8) com o Cpers-Sindicato, Faisal disse que dias que o Estado pode rodar folha suplementar pagando os dias parados e descontar os valores, até 20% ao mês, finalizando em seis meses.
O secretário estadual da Educação, Faisal Karam, afirmou que o governo pode rever os descontos de dias parados dos professores grevistas, mas condicionou a medida à volta às aulas e a como for feita a recuperação dos dias letivos de 2019. Na reunião desta quarta-feira (8) com o Cpers-Sindicato, Faisal disse que dias que o Estado pode rodar folha suplementar pagando os dias parados e descontar os valores, até 20% ao mês, finalizando em seis meses.
Faisal diz que o "Cpers está maduro" e que é preciso "priorizar os alunos", apostando em um desfecho positivo na negociação. O CPERS marcou somente para a próxima terça-feira (14) a assembleia que decidirá sobre a oferta do governo. O prazo acaba comprometendo plano da Secretaria da Educação (Seduc) de repor os dias até 10 de fevereiro e começar o ano letivo de 2020 em 9 de março. 
"Temos de avaliar a recuperação dos dias letivos e a carga horária. Isso não significa que vai ser mantido o desconto. Será discutida a manutenção ou não do desconto dos próximos meses, desde que cesse a greve", observou o secretário. Segundo Faisal, na mesa de negociação desta terça, foi colocado que há liminar judicial obtida pelo governo para descontar o ponto, mas que se trata de uma decisão que pode cair, pois é uma decisão provisória. Por isso, a possibilidade de nem haver descontos é cogitada.
"Se tiver consenso de ambas as partes, o governo cede e roda a folha, para não criar dificuldades na vida dos professores. Cpers poderia entender, concluir o ano letivo, pois faltam poucos dias, e continuar a discutir", apelou o secretário, ante a posição do sindicato acenando para dificuldades de acordo. Abrir mão do desconto antes da recuperação é descartada, "pois isso atinge mais categorias do serviço público", alega Faisal.
Segundo o secretário, adiar o desconto mostra a sensibilidade do governo com o impacto financeiro para os grevistas, reivindicação trazida pelo Cpers. Caso seja confirmada a recusa da proposta na assembleia, o secretário admite que sua equipe já trabalha em um plano B para a recuperação. Mas ele não quis adiantar qual seria o encaminhamento.
O balanço atualizado da greve feito pela Seduc indica, nesta quarta, que 83 escolas ainda estão totalmente paradas. Até sexta-feira passada (3), eram 132. São cerca de 2 mil escolas públicas estaduais. A recuperação envolveria 25 dias letivos, compreendendo o período que deveria ter havido aula e para completar a carga de 200 dias.
 
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