Consórcio português tem interesse na concessão da Orla 2 em Porto Alegre

Ao mesmo tempo em que começa a executar o trecho 3 da Orla do Guaíba, o consórcio português ACA/RGS confirma que está de olho na orla 2, cujo edital de concessão deve ser lançado em novembro pela prefeitura. O diretor-presidente do ACA/RGS, José Manuel dos Reis da Costa Leite, diz que já está avaliando o que está sendo previsto, como a instalação de uma roda gigante, e até possibilidade de recursos de instituições financeiros para viabilizar a participação.

"Estamos aguardando a modelagem para ver particularidades do projeto", disse Reis da Costa. "Se tivermos condições e meios para concorrer à orla 2, com certeza a faremos." O CEO ponderou que é uma obra bem diferente do trecho 3, por envolver PPP e definição de mais projetos. 

O edital com as definições de todos os itens para o trecho de 850 metros, que vai da Rótula das cuias até o Arroio Dilúvio, deve sair em novembro. São 134,4 mil metros quadrados de área. A previsão de gasto é de R$ 70 milhões para a implementação da infraestrutura e outros cerca de R$ 430 milhões de melhorias e manutenção durante esses 35 anos.   

O CEO cita que o consórcio tem tradição em fazer revitalizações, com projetos executados em Portugal. Ele aposta ainda no conhecimento que já tem de Porto Alegre. Além da obra da orla 3, o consórcio executa um projeto de macrodrenagem na zona norte da Capital, contratada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim). Trata-se de recuperação de redes e infraestrutura na zona de influência do arroio Areia, que começou há um ano e meio e tem prazo de quatro anos para entrega. O valor é de R$ 107 milhões e beneficia de 250 mil a 300 mil pessoas.

A revitalização no trecho da orla 2 suscitou até uma proposta de um morador para instalar uma cuia de 80 metros de altura, com diversas operações internas, em vez da roda gigante.  

Na onda de revitalizações, o município de Guaíba também terá parte de sua orla repaginada. Um projeto liderado e que será bancado pelo grupo de celulose chileno CMPC está prestes a sair do papel.