Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 02 de Outubro de 2019 às 18:20

Projetos apontam novos usos da estrutura do antigo aeromóvel em Porto Alegre

Projetos apontam possibilidades de uso da via do aeromóvel na região da orla da Capital

Projetos apontam possibilidades de uso da via do aeromóvel na região da orla da Capital


AEROMÓVEL/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Depois da retirada dos dois carros da primeira versão do aeromóvel na via suspensa próximo à orla de Porto Alegre, a questão é saber agora o destino da estrutura de concreto com 1,1 quilômetro de extensão. A empresa Aeromóvel, que é proprietária da tecnologia e instalou a via em 1982, já apresentou à prefeitura da Capital duas propostas de uso, com instalação de áreas de lazer e ainda uma versão mais moderna do veículo, que está sendo desenvolvido junto com a Marcopolo, de Caxias do Sul. 
Depois da retirada dos dois carros da primeira versão do aeromóvel na via suspensa próximo à orla de Porto Alegre, a questão é saber agora o destino da estrutura de concreto com 1,1 quilômetro de extensão. A empresa Aeromóvel, que é proprietária da tecnologia e instalou a via em 1982, já apresentou à prefeitura da Capital duas propostas de uso, com instalação de áreas de lazer e ainda uma versão mais moderna do veículo, que está sendo desenvolvido junto com a Marcopolo, de Caxias do Sul. 
Entre as ideias, estão criar estações com áreas de lazer sobre a via combinando com a operação dos veículos movidos à propulsão a ar. As conversas vem ocorrendo há meses, segundo o diretor da Aeromóvel, Marcos Coester. Já foram levadas algumas simulações de utilização do traçado. Coester aposta que a nova concepção da orla da Capital pode abrir caminho para ampliar a via onde passaria o veículo, como opção de turismo e lazer. A empresa quer apresentar formalmente um projeto ainda em 2019. 
{'nm_midia_inter_thumb1':'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2019/10/02/206x137/1_vza_aeromovel_gas_ext-8860637.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'5d94f8acd46d5', 'cd_midia':8860637, 'ds_midia_link': 'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2019/10/02/vza_aeromovel_gas_ext-8860637.jpg', 'ds_midia': 'Aeromóvel - novos projetos para uso de estrutura próximo à orla do Guaíba em Porto Alegre - desenho com uma das apostas  - áreas para cafés e transporte', 'ds_midia_credi': 'AEROMÓVEL/DIVULGAÇÃO/JC', 'ds_midia_titlo': 'Aeromóvel - novos projetos para uso de estrutura próximo à orla do Guaíba em Porto Alegre - desenho com uma das apostas  - áreas para cafés e transporte', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '800', 'cd_midia_h': '533', 'align': 'Left'}

Outra possibilidade de instalações comerciais para ativar a via. Foto: Aeromóvel/Divulgação

Em Jacarta, na Indonésia, onde tem o primeiro aeromóvel comercial, o equipamento está em um parque. No Brasil, o aeromóvel opera na ligação da estação Trensurb com o Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Capital. São os únicos em funcionamento no mundo. "Estamos discutindo com diversas áreas da prefeitura para ser um equipamento de interligação dos parques, sem emissões de gases e mais sustentável e em via elevada", destaca o diretor. A empresa acredita que o traçado poderia ir até a área do Estádio Beira-Rio, distante cerca de quatro quilômetros.  
Hoje os trechos 2 e 3 da orla estão em processos de contratação de obras (3) e concessão (2). Para uso da via, a empresa também precisa resolver o licenciamento para obtenção de alvará para exploração. Coester diz que a ideia é inserir a nova geração de aeromóvel, que é bem mais moderna, em eventual nova inserção. A empresa pretende buscar parcerias para o investimento.    
A retirada dos dois conjuntos, com 300 lugares e que são o protótipo de testes do meio de transporte, ocorreu nesta quarta-feira (2), entre a manhã e meados da tarde. O primeiro deles foi içado por volta das 11h30min. O segundo foi retirado por volta das 15h. Os dois pesam 12 toneladas. Quatro veículos - dois para carregamento dos veículos - e um guindaste foram envolvidos na operação. Os dois conjuntos ficaram por quase 40 anos no local para certificar a tecnologia. Os modelos precursores serão restaurados e ficarão na sede da empresa em São Leopoldo como acervo.
A via começa na Praça Julio Mesquita e vai até as proximidades da Câmara de Vereadores. Agora a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) fará uma reavaliação da estrutura de concreto e das possibilidades de uso. Coester diz que será preciso fazer uma revitalização. A remoção dos veículos foi decidida para facilitar o trabalho de estudos das condições da via.   
A aposentada e moradora do Centro Histórico Maria Manoela Martins assistiu à operação sem esconder a tristeza. "O trenzinho fazia parte da minha vida, da minha paisagem. Todos os dias abria a janela e via ele. Vou sentir muito mesmo. Como se algo saísse da minha vida", descreveu Maria. A moradora espera que coloquem outro no lugar para servir de transporte.
"Mas não vai ser como ele. Mas é importante que não fique mais uma obra sem utilidade." Ao ver Oskar Coester, a aposentada foi falar com ele e fez uma provocação: "Quem sabe o senhor não projeta um novo". O fundador recebeu com alegria o desafio.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO