Os seis primeiros chegaram ao Rio Grande do Sul em 2013 para atuar em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Caraá, Estância Velha, Charqueadas, Terra de Areia, Sapucaia do Sul e Araricá. Na segunda fase do programa, outros 611 chegaram para preencher vagas desde a Capital ao Interior.
Santa Cecilia do Sul, localizada no Planalto gaúcho, a 300 quilômetros de Porto Alegre, é uma das cidades que são beneficiadas. Dois médicos assumiram atividades de saúde no município. O vice-prefeito da cidade, João Pelissaro, teme que a decisão de Cuba prejudique os 1,8 mil habitantes. Atualmente, além dos atendimentos na UBS, atividades de prevenção são organizadas pela médica cubana Mercedes Gonzalez Pavo.
Para Pelissaro, o cancelamento foi uma “surpresa desagradável para todas as cidades interioranas”. Visitas em casa, palestras e a utilização de medicamentos fitoterápicos são ações desenvolvidas desde a chegada dos cubanos. Caso a vaga não seja preenchida imediatamente, a assistência será afetada. "Uma das qualidades desses profissionais é a capacidade de lidar com ervas medicinais para a prevenção de doenças", complementa o vice-prefeito.
Outro problema é que o custo que é pago pelo programa vai recair no município, que terá de buscar substituto. Pelissaro diz que com a saída de Mercedes, Santa Cecília do Sul passará a gastar, em média, R$ 25 mil reais por mês com um médico ou R$ 300 mil ao ano.