Júlia De Luca, gerente de tecnologia no Itaú BBA, e Lucas Abreu, fundador da newsletter Sunday Drops, discutiram o assunto no South Summit

Tendências para 2025: a era da personalização e da Inteligência Artificial aplicada


Júlia De Luca, gerente de tecnologia no Itaú BBA, e Lucas Abreu, fundador da newsletter Sunday Drops, discutiram o assunto no South Summit

Durante o painel Tendências 2025, realizado no South Summit Brazil nesta quinta-feira (10), especialistas discutiram os principais movimentos que moldarão o mercado nos próximos anos. A conversa girou em torno da hiperpersonalização, do fortalecimento dos nichos e da aplicação prática da inteligência artificial.Júlia De Luca, gerente de tecnologia no Itaú BBA, destacou que a lógica de construir produtos para personas está sendo superada por uma abordagem individualizada. “Há um tempo, atendíamos personas. Com a IA, cada vez mais vamos ver a pessoa, uma oferta hiperpersonalizada para uma pessoa, e não para a persona.” Segundo ela, essa mudança representa uma transformação significativa para empresas emergentes, que passam a criar soluções específicas para cada consumidor.Lucas Abreu, fundador da newsletter Sunday Drops, concorda que a personalização é o caminho. “Sinto que o nicho é a nova massa”, afirmou. Para ele, o sucesso dos criadores de conteúdo e das marcas no futuro está em entender profundamente o público-alvo e dialogar de forma autêntica com ele. “Você está falando coisas que para ele não serão banais, vão trazer valor no dia a dia.”O crescimento de criadores de conteúdo também foi abordado. De acordo com Júlia, 200 milhões de pessoas no mundo se identificam como criadores de conteúdo. Apenas metade monetiza essa atividade, e 50 milhões atuam em tempo integral. Ela vê a autenticidade como uma demanda crescente. “No mundo da IA, de certa forma, a nossa cara é o grande diferencial. É muito mais do que a cara, é o que você está escrevendo.”No campo de Venture Capital, os painelistas abordaram uma nova configuração de mercado. Júlia mencionou que o investimento global no primeiro trimestre de 2025 foi de US$ 120 bilhões, mas quase um terço desse montante foi destinado à OpenAI. “Quando você expurga isso, de fato, a gente viu em outros setores uma relativa queda”, afirmou.Lucas explicou que os fundos consolidados continuam dominando o capital. “Está ficando cada vez mais difícil para os fundos que estão emergindo.” Júlia complementou: “a gente usa o termo investor friendly, então está muito melhor para o investidor do que para o empreendedor atualmente”. A Inteligência Artificial foi outro ponto central do debate. Lucas destacou a velocidade de evolução. “Estamos em uma curva que é muito mais rápida do que as últimas revoluções”, diz Júlia, reforçando exemplos práticos, citando que o Itaú já possui 1,2mil casos de uso de IA, sendo 400 com IA generativa, como a integração do Pix com WhatsApp. Ela também citou uma fala de Bill Gates, que destacou que “os 50 anos da Microsoft vão ser menos representativos do que faremos nos próximos 10”, em razão da IA. Sobre o papel do Brasil na revolução da IA, Júlia foi direta. “Não vai surgir um novo Large Language Model aqui no Brasil”, percebe. Porém, acredita que o País tem potencial para aplicar essas tecnologias de forma eficaz e personalizada. “Cada vez mais, a gente vai ver a aplicação de IA tropicalizar o nosso cotidiano.”Lucas reforçou essa visão, afirmando que a IA será onipresente. “Vai ser algo tão dentro do fluxo das empresas quanto é usar cloud hoje”, garante. Ambos concordaram que a chave está na aplicação prática e na produtização dos modelos. Lucas observa, que  “tudo vai ser sobre produto e distribuição. Quem criar o melhor produto, resolver o problema certo e conseguir distribuir, vence”.
Durante o painel Tendências 2025, realizado no South Summit Brazil nesta quinta-feira (10), especialistas discutiram os principais movimentos que moldarão o mercado nos próximos anos. A conversa girou em torno da hiperpersonalização, do fortalecimento dos nichos e da aplicação prática da inteligência artificial.

Júlia De Luca, gerente de tecnologia no Itaú BBA, destacou que a lógica de construir produtos para personas está sendo superada por uma abordagem individualizada. “Há um tempo, atendíamos personas. Com a IA, cada vez mais vamos ver a pessoa, uma oferta hiperpersonalizada para uma pessoa, e não para a persona.” Segundo ela, essa mudança representa uma transformação significativa para empresas emergentes, que passam a criar soluções específicas para cada consumidor.

Lucas Abreu, fundador da newsletter Sunday Drops, concorda que a personalização é o caminho. “Sinto que o nicho é a nova massa”, afirmou. Para ele, o sucesso dos criadores de conteúdo e das marcas no futuro está em entender profundamente o público-alvo e dialogar de forma autêntica com ele. “Você está falando coisas que para ele não serão banais, vão trazer valor no dia a dia.”

O crescimento de criadores de conteúdo também foi abordado. De acordo com Júlia, 200 milhões de pessoas no mundo se identificam como criadores de conteúdo. Apenas metade monetiza essa atividade, e 50 milhões atuam em tempo integral. Ela vê a autenticidade como uma demanda crescente. “No mundo da IA, de certa forma, a nossa cara é o grande diferencial. É muito mais do que a cara, é o que você está escrevendo.”

No campo de Venture Capital, os painelistas abordaram uma nova configuração de mercado. Júlia mencionou que o investimento global no primeiro trimestre de 2025 foi de US$ 120 bilhões, mas quase um terço desse montante foi destinado à OpenAI. “Quando você expurga isso, de fato, a gente viu em outros setores uma relativa queda”, afirmou.

Lucas explicou que os fundos consolidados continuam dominando o capital. “Está ficando cada vez mais difícil para os fundos que estão emergindo.” Júlia complementou: “a gente usa o termo investor friendly, então está muito melhor para o investidor do que para o empreendedor atualmente”. 

A Inteligência Artificial foi outro ponto central do debate. Lucas destacou a velocidade de evolução. “Estamos em uma curva que é muito mais rápida do que as últimas revoluções”, diz Júlia, reforçando exemplos práticos, citando que o Itaú já possui 1,2mil casos de uso de IA, sendo 400 com IA generativa, como a integração do Pix com WhatsApp. Ela também citou uma fala de Bill Gates, que destacou que “os 50 anos da Microsoft vão ser menos representativos do que faremos nos próximos 10”, em razão da IA. 

Sobre o papel do Brasil na revolução da IA, Júlia foi direta. “Não vai surgir um novo Large Language Model aqui no Brasil”, percebe. Porém, acredita que o País tem potencial para aplicar essas tecnologias de forma eficaz e personalizada. “Cada vez mais, a gente vai ver a aplicação de IA tropicalizar o nosso cotidiano.”

Lucas reforçou essa visão, afirmando que a IA será onipresente. “Vai ser algo tão dentro do fluxo das empresas quanto é usar cloud hoje”, garante. Ambos concordaram que a chave está na aplicação prática e na produtização dos modelos. Lucas observa, que  “tudo vai ser sobre produto e distribuição. Quem criar o melhor produto, resolver o problema certo e conseguir distribuir, vence”.