O Brado possui uma cozinha de produto e carta selecionada de vinhos gaúchos naturais

Novo restaurante do Bom Fim aposta em culinária sensível e sofisticada


O Brado possui uma cozinha de produto e carta selecionada de vinhos gaúchos naturais

“Brado é um grito, um desabafo, um alívio”, é assim que Matheus Karsten começa descrevendo a escolha do nome do novo restaurante do bairro Bom Fim. Matheus e Vinicius Gomes Cezar são amigos e sócios do local. Inaugurado no fim de 2024, a proposta vai além da palavra e privilegia a sensibilidade, tendo como símbolo do lugar o sabiá-laranjeira. Até para quem apenas passa pela calçada da rua Bento Figueiredo, a visão do restaurante é ampla. Com uma grande janela ao lado da entrada, é possível ver da rua as mesas, uma parte da cozinha, além da série de rótulos de vinhos que ficam expostos no local. “Tudo é visível. Desde o início, o foco foi deixar tudo muito aparente, gerando uma conexão com o interior do lugar e com todos que trabalham aqui”, descreve Vinicius. Explicando o conceito central do Brado (@bradopoa), que utiliza como símbolo o sabiá-laranjeira, o empreendedor diz que o pássaro representa a dualidade, do brutal e da sensibilidade. “O sabiá remete a isso na natureza. No nosso projeto, estes opostos estão em tudo. Desde a nossa arquitetura, que utiliza de um material bruto, mas que, ao mesmo tempo, é muito detalhado”, explica Vinicius.
Brado é um grito, um desabafo, um alívio”, é assim que Matheus Karsten começa descrevendo a escolha do nome do novo restaurante do bairro Bom Fim. Matheus e Vinicius Gomes Cezar são amigos e sócios do local. Inaugurado no fim de 2024, a proposta vai além da palavra e privilegia a sensibilidade, tendo como símbolo do lugar o sabiá-laranjeira.

Até para quem apenas passa pela calçada da rua Bento Figueiredo, a visão do restaurante é ampla. Com uma grande janela ao lado da entrada, é possível ver da rua as mesas, uma parte da cozinha, além da série de rótulos de vinhos que ficam expostos no local. “Tudo é visível. Desde o início, o foco foi deixar tudo muito aparente, gerando uma conexão com o interior do lugar e com todos que trabalham aqui”, descreve Vinicius.

Explicando o conceito central do Brado (@bradopoa), que utiliza como símbolo o sabiá-laranjeira, o empreendedor diz que o pássaro representa a dualidade, do brutal e da sensibilidade. “O sabiá remete a isso na natureza. No nosso projeto, estes opostos estão em tudo. Desde a nossa arquitetura, que utiliza de um material bruto, mas que, ao mesmo tempo, é muito detalhado”, explica Vinicius.
O espaço fica na rua Bento Figueiredo, nº 78 | TÂNIA MEINERZ/JC
O espaço fica na rua Bento Figueiredo, nº 78 TÂNIA MEINERZ/JC


No preparo dos pratos, o conceito se mantém, explica o chef. “Poucos ingredientes e potência na apresentação e na hora de comer. Isso entra no fazer despojado, mas sensível, sem amarras. O sabiá, que falávamos, é muito comum em Porto Alegre e em todo Brasil. Ele parece apenas sensível e bonitinho, mas ele está a todo momento bradando. Em todos os horários do dia, ele está sempre sendo uma potência. O restaurante também é o nosso brado, é a nossa expressão”, conclui Vinicius.
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A trajetória de Vinicius na cozinha iniciou em 2008 e, desde então, ele passou por diversas experiências na área. De acordo com ele, o tempo em que morou na Irlanda e em Londres foi uma oportunidade de conhecer restaurantes que contribuíram para a sua visão dentro da gastronomia. Além das passagens por restaurantes de Porto Alegre, o chef já deu aulas na área e trabalhou, durante os três últimos anos, no Armazém dos Importados. “Foram alguns anos pensando em abrir um lugar próprio. Acho que é uma forma de autonomia”, diz.

Formado em comércio exterior, Matheus tem 34 anos e entrou para o ramo da gastronomia aos 24 anos. Após ter trabalhado com nomes como Marcelo Schambeck, no restaurante Del Barbiere, e ter uma experiência de cinco anos no restaurante Cais, especializado em frutos do mar, em São Paulo, o empreendedor retornou ao Sul e embarcou no projeto do amigo de abrir um espaço em Porto Alegre. “Acredito que nós fazemos parte de uma nova geração na cozinha, e isso está nos pratos e na administração. Nos preocupamos em como o funcionário é tratado, as horas que ele está aqui dentro, por exemplo”, explica Matheus.

O Brado conta com uma cozinha de produto – aquela na qual os ingredientes são as estrelas e não o preparo em si. “Traremos sempre produtos legais, não queremos inventar a roda, queremos fazer comida gostosa da forma que acreditamos e com bons ingredientes. Além de propor pratos que as pessoas possam não conhecer ou não estão acostumadas a comer”, conta o empreendedor.

Dentro desta proposta, o restaurante trabalha com um projeto de educação do público em relação à produção de vinhos naturais no Rio Grande do Sul. “Só servimos vinhos. Somos muito fortes na produção de vinho natural. Boa parte da nossa produção vai para São Paulo, e queremos que o consumidor e esses produtores possam olhar para dentro do próprio Estado. Em outras regiões, estão admirando e apreciando os nossos produtos, queremos dar luz a isso”, pontua Matheus.

Hoje, o Brado possui em seu cardápio pratos como carne cruda, com tomate seco, avelã, alcaparra, queijo tulha e limão siciliano, por R$ 64,00, ou abobrinha assada, queijo de cabra fresco, tomate cereja assado e emulsão de ervas, vendido a R$ 49,00, mas as opções do menu estão em constante mudança. “A cada vez que o cliente vier, pode ter algo diferente, a mudança de um prato ou de um processo. Acreditamos na mudança orgânica, vemos o que está disponível e vamos trabalhando com isso. Aqui, o trabalho do garçom é muito importante, é sempre bom perguntar o que tem na casa no momento”, descreve.
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De acordo com o empreendedor, a cozinha do Brado é precisa e técnica, mas de baixa intervenção. “Quando um produto chega, entendemos como vamos tratá-lo. Nossa ideia é olhar um produto e ao reconhecer que ele é bom, pensar em maneiras de o valorizar”.

O sócio Vinicius complementa que esta maneira de trabalhar faz parte do conceito do lugar. “Como não pensamos muito em intervenção, buscamos o melhor ingrediente. Possuímos pratos com poucos elementos e não mascaramos isso. Também não os dividimos especificamente em entradas e pratos principais, pensamos em criar um cardápio onde o cliente possa montar a sua degustação.”

Parte importante do trabalho do Brado está no preparo dos produtos com dois equipamentos que permitem a potência de fogo, explicam os empreendedores, uma churrasqueira onde passam as proteínas e os vegetais, e um forno que chega até 500º, usado para gratinar diversos ingredientes.

Os empreendedores têm como aposta os vinhos naturais do Rio Grande do Sul | TÂNIA MEINERZ/JC
Os empreendedores têm como aposta os vinhos naturais do Rio Grande do Sul TÂNIA MEINERZ/JC



Local e horário de funcionamento do Brado

O Brado fica na rua Bento Figueiredo, n ° 78, no bairro Bom Fim. O restaurante está de portas abertas de terça a sábado, das 19h às 22h30min.