Três tendências de consumo que vão redefinir os negócios em 2025


Cada mudança econômica, cultural ou tecnológica ressoa nas escolhas das pessoas, criando padrões que empreendedores atentos podem aproveitar. É fascinante observar como as tendências emergem e se consolidam, muitas vezes revelando um comportamento que parece contraditório: a busca por um passado nostálgico em um presente tecnológico, ou a necessidade de conexão em um mundo fragmentado.
Cada mudança econômica, cultural ou tecnológica ressoa nas escolhas das pessoas, criando padrões que empreendedores atentos podem aproveitar. É fascinante observar como as tendências emergem e se consolidam, muitas vezes revelando um comportamento que parece contraditório: a busca por um passado nostálgico em um presente tecnológico, ou a necessidade de conexão em um mundo fragmentado.
Com base em anos de pesquisa na PGB Inteligência, identificamos movimentos que não apenas apontam para onde estamos indo, mas também mostram como as pessoas estão reagindo às incertezas do mundo. Reunimos essas reflexões no nosso mais recente Trend Book, uma ferramenta que convida empreendedores a mergulhar em tendências que moldam mercados e criam novas oportunidades. Aqui, compartilho três grandes insights que podem ser o diferencial competitivo para 2025.
1. O ressurgimento dos colecionadores - Os colecionadores representam um perfil de consumidor que está profundamente conectado ao resgate do passado. Essa tendência é impulsionada por uma busca por exclusividade e autenticidade, em um mundo cada vez mais massificado e veloz.
Estes consumidores valorizam produtos com história, edições limitadas e itens que remetem a um design atemporal. Exemplos práticos são o aumento do interesse por peças vintage, brechós de luxo e colaborações artísticas únicas. A geração Z, por exemplo, lidera esse movimento, com figuras como Olivia Rodrigo popularizando o uso de roupas vintage em grandes eventos.
Além disso, mercados como o de livros impressos têm ganhado destaque, mesmo em meio ao declínio geral da leitura no Brasil. Movimentos como o BookTok mostram que há um público engajado disposto a investir em produtos que promovam narrativas significativas e memoráveis.
Para empreendedores, isso é um chamado à curadoria cuidadosa: entregar experiências de consumo personalizadas, como embalagens exclusivas ou edições assinadas, pode agregar um valor intangível aos produtos e serviços.
2. Clash geracional - Outra tendência marcante é o clash geracional, integração de diversas gerações no mercado, que não se limita ao consumo, mas também ao mercado de trabalho. Esse conceito reflete os desafios e as oportunidades de integrar diferentes gerações em equipes, onde valores, ambições e formas de aprendizado muitas vezes entram em choque.
Vivemos em uma era de corrida por talentos: empresas enfrentam dificuldades para encontrar profissionais qualificados em áreas como tecnologia e ecologia, enquanto setores tradicionais como manufatura e educação têm sofrido com baixa procura. Para lideranças e empreendedores, a habilidade de criar times multipotenciais, conciliando as qualidades únicas de cada geração, será essencial.
Dentre os desafios, a gestão de expectativas é crucial. Enquanto a geração Z traz um foco em propósito e sustentabilidade, a geração X muitas vezes prioriza estabilidade e resultados imediatos. Para superar essas barreiras, líderes devem investir em estratégias de upskilling, programas de mentoria intergeracional e ambientes de trabalho colaborativos.
3. O cenário estético do regenerativo - Por fim, exploramos o conceito regenerativo, um cenário estético profundamente conectado à ecologia e à "ecoansiedade". Aqui, o foco desloca-se do ser humano como centro das decisões de design para um paradigma mais amplo, onde a vida como um todo é priorizada.
Inspirado por conceitos como o Life Centered Design, de Bruce Mau, o regenerativo desafia indústrias a repensarem suas práticas produtivas. O objetivo não é apenas minimizar danos ambientais, mas regenerar o ecossistema, promovendo soluções que priorizem o equilíbrio natural.
Este movimento aposta em tendências como design de produtos biodegradáveis, construções que imitam ecossistemas naturais e soluções baseadas em economia circular. Para empreendedores, esta é uma oportunidade de inovar e atender a um público cada vez mais preocupado com as consequências climáticas e com práticas industriais responsáveis.
Ao explorar os colecionadores, o clash geracional e o cenário regenerativo, percebemos que o mercado de 2025 será moldado pela interseção entre passado, presente e futuro. Para empreendedores, essas tendências não apenas apontam direções promissoras, mas também destacam a importância de ouvir o consumidor e de se adaptar a suas demandas.