O Boteco Cambucá (@boteco.cambuca) precisou enfrentar a força das enchentes de maio logo no período de sua inauguração. Com a proposta de resgatar os sabores típicos brasileiros e com foco em cachaças artesanais, o negócio pretende ser um ambiente de celebração e preservação da cultura do País em Porto Alegre, mais precisamente no bairro Cidade Baixa.
Lucas Marra, empreendedor que deu vida ao Cambucá, conta que o boteco teria as suas portas abertas pela primeira vez no dia 05 de maio, mas as águas começaram a subir no dia 03. “Tivemos medo de abrir logo depois da enchente, medo de tudo voltar. Mas precisávamos faturar, todo nosso dinheiro estava aqui. Conseguimos nos reerguer 20 dias depois, duas semanas foram apenas de limpeza”, relembra.
Lucas Marra, empreendedor que deu vida ao Cambucá, conta que o boteco teria as suas portas abertas pela primeira vez no dia 05 de maio, mas as águas começaram a subir no dia 03. “Tivemos medo de abrir logo depois da enchente, medo de tudo voltar. Mas precisávamos faturar, todo nosso dinheiro estava aqui. Conseguimos nos reerguer 20 dias depois, duas semanas foram apenas de limpeza”, relembra.
No boteco, é exposto um tapete que ficou submerso nas águas durante todos os dias em que o local esteve fechado. A pintura que havia no tecido se transformou, e agora, o tapete fica pendurado em uma parede e registra para os clientes parte da história do bar.
A proposta de valorização está por todo o ambiente, das bebidas às músicas. Com a intenção de aproximar o público, o boteco atualiza playlists que dão o clima do local, e que podem ser acessadas no perfil do Spotify do estabelecimento (Boteco Cambucá). O bar também recebe bandas locais, como conta o empreendedor. “Queríamos que tocasse forró na inauguração, chamamos a banda Chinelo e Meia, um grupo de Porto Alegre. Depois disso, tivemos aqui a Roberta Moura & Trio Mandê, que fazem um som de músicas afro-brasileiras. Temos em vista mais apresentações que conversam com o boteco para os próximos meses”.
No cardápio, as opções dão ênfase às cachaças, que são feitas de maneira artesanal. “Produzimos todas aqui, e com base, principalmente, na experiência. Temos de gengibre e de maracujá com mel, das primeiras e mais pedidas. Outros casos são a de banana, que demora quase um mês para incorporar, ou a de guaco, poejo e mel, que tem inspiração em um xarope que minha mãe fazia e virou uma cachaça”, conta.
Os ingredientes usados nas bebidas são adquiridos em Porto Alegre, com exceção do jambu, que vem de Minas Gerais. Originária da Amazônia, a erva é o centro de uma das cachaças do Boteco Cambucá e, de acordo com o empreendedor, chama atenção por sua característica de adicionar uma sensação vibrante na ingestão.
O boteco conta também com opções de drinks, todos preparados com as cachaças da casa. “Um dos drinks que mais gostamos é o Caldo de Canha. Eu adoro ir à feira todo fim de semana, e é religioso tomar um caldo de cana nesses momentos, então era um desejo adicionar no cardápio. Com esse drink, unimos a cachaça e a cana”, conta Lucas. Além disso, é possível encontrar opções de vinhos, todos rótulos são da Suspeito, de Porto Alegre.
Para o futuro, ele explica que a ideia é montar uma cozinha para o próximo mês e desenvolver um cardápio de petisco com base na culinária dos povos indígenas. Atualmente, o bar trabalha com as cachaças que são vendidas a R$ 8,00, com exceção dos sabores que levam jambu, que saem por R$ 10,00. Os drinks da casa vão de R$18,00 a R$26,00 cada.
No cardápio, as opções dão ênfase às cachaças, que são feitas de maneira artesanal. “Produzimos todas aqui, e com base, principalmente, na experiência. Temos de gengibre e de maracujá com mel, das primeiras e mais pedidas. Outros casos são a de banana, que demora quase um mês para incorporar, ou a de guaco, poejo e mel, que tem inspiração em um xarope que minha mãe fazia e virou uma cachaça”, conta.
Os ingredientes usados nas bebidas são adquiridos em Porto Alegre, com exceção do jambu, que vem de Minas Gerais. Originária da Amazônia, a erva é o centro de uma das cachaças do Boteco Cambucá e, de acordo com o empreendedor, chama atenção por sua característica de adicionar uma sensação vibrante na ingestão.
O boteco conta também com opções de drinks, todos preparados com as cachaças da casa. “Um dos drinks que mais gostamos é o Caldo de Canha. Eu adoro ir à feira todo fim de semana, e é religioso tomar um caldo de cana nesses momentos, então era um desejo adicionar no cardápio. Com esse drink, unimos a cachaça e a cana”, conta Lucas. Além disso, é possível encontrar opções de vinhos, todos rótulos são da Suspeito, de Porto Alegre.
Para o futuro, ele explica que a ideia é montar uma cozinha para o próximo mês e desenvolver um cardápio de petisco com base na culinária dos povos indígenas. Atualmente, o bar trabalha com as cachaças que são vendidas a R$ 8,00, com exceção dos sabores que levam jambu, que saem por R$ 10,00. Os drinks da casa vão de R$18,00 a R$26,00 cada.
O Cambucá, árvore que dá nome ao boteco, é uma espécie amazônica e nativa do bioma da Mata Atlântica. Como resultado do desmatamento, a planta tem o status de vulnerável à extinção, de acordo com os critérios da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais).
“Sabemos que a destruição da fauna está matando os animais que disseminam a semente do Cambucá, que caem no solo e apodrecem. O Cambucá, que temos aqui no boteco, está se reerguendo, ele passou pela enchente e ficou afundado na água, algo que também aconteceu em decorrência das mudanças climáticas”, aponta o empreendedor.
Lucas explica que para falar de Brasil, era necessário valorizar a cultura dos povos originários do país, mas que isto está sendo construído com estudo e orientação, até mesmo de clientes com quem troca informações no dia a dia do bar. “Não poderíamos nos apropriar de uma cultura. No local onde estamos hoje, existe um histórico negativo em termos de estabelecimento, estamos ressignificando isso”.
Ele detalha que as paredes pintadas na cor terracota e luz quente propõem um ambiente aconchegante e conectado às raízes da terra. “Foi buscando essas referências que construímos o conceito do boteco. Acreditamos que é um importante momento para falar de preservação e gostamos muito da história do Cambucá enquanto árvore”. Lucas ainda aponta um elemento importante, o grafismo Tupi-Guarani que simboliza “a festa onde todos comem e bebem”, presente no cardápio do boteco, marcando a identidade do lugar.
“Sabemos que a destruição da fauna está matando os animais que disseminam a semente do Cambucá, que caem no solo e apodrecem. O Cambucá, que temos aqui no boteco, está se reerguendo, ele passou pela enchente e ficou afundado na água, algo que também aconteceu em decorrência das mudanças climáticas”, aponta o empreendedor.
Lucas explica que para falar de Brasil, era necessário valorizar a cultura dos povos originários do país, mas que isto está sendo construído com estudo e orientação, até mesmo de clientes com quem troca informações no dia a dia do bar. “Não poderíamos nos apropriar de uma cultura. No local onde estamos hoje, existe um histórico negativo em termos de estabelecimento, estamos ressignificando isso”.
Ele detalha que as paredes pintadas na cor terracota e luz quente propõem um ambiente aconchegante e conectado às raízes da terra. “Foi buscando essas referências que construímos o conceito do boteco. Acreditamos que é um importante momento para falar de preservação e gostamos muito da história do Cambucá enquanto árvore”. Lucas ainda aponta um elemento importante, o grafismo Tupi-Guarani que simboliza “a festa onde todos comem e bebem”, presente no cardápio do boteco, marcando a identidade do lugar.
Endereço e horário de funcionamento
O Boteco Cambucá está localizado na rua José do Patrocínio, n° 1254, no bairro Cidade Baixa. O estabelecimento funciona de quinta a sábado, das 17h à meia-noite.