Giovanni Jarros Tumelero, diretor-presidente do Jornal do Comércio, participou da missão do Instituto Caldeira ao Vale do Silício

Saiba quais são as tendências de Inteligência Artificial no Vale do Silício


Giovanni Jarros Tumelero, diretor-presidente do Jornal do Comércio, participou da missão do Instituto Caldeira ao Vale do Silício

O Instituto Caldeira, hub de inovação baseado em Porto Alegre, promoveu, de 29 de setembro a 4 de outubro, uma missão ao Vale do Silício com foco na Inteligência Artificial (IA). Um grupo de 30 empresários gaúchos visitou organizações que são referência no tema, como Nvidia e Google, e espaços de desenvolvimento de tecnologia, como Stanford Artificial Intelligence Lab, a fim de aprofundar conhecimento sobre as tendências quando o assunto é IA. Giovanni Jarros Tumelero, diretor-presidente do Jornal do Comércio, foi um dos líderes que viajou até o Vale do Silício.
O Instituto Caldeira, hub de inovação baseado em Porto Alegre, promoveu, de 29 de setembro a 4 de outubro, uma missão ao Vale do Silício com foco na Inteligência Artificial (IA). Um grupo de 30 empresários gaúchos visitou organizações que são referência no tema, como Nvidia e Google, e espaços de desenvolvimento de tecnologia, como Stanford Artificial Intelligence Lab, a fim de aprofundar conhecimento sobre as tendências quando o assunto é IA. Giovanni Jarros Tumelero, diretor-presidente do Jornal do Comércio, foi um dos líderes que viajou até o Vale do Silício.
Confira alguns insights de Giovanni a partir da Missão Caldeira:

1. São Francisco e o Vale do Silício

São Francisco é uma cidade que vem há muito tempo cultivando essa cultura do empreendedorismo e da inovação. É o berço, onde tudo começou, e as maiores tendências vêm de lá. É um ambiente onde estão as maiores empresas do mundo quando se fala em tecnologia. O know-how que eles têm é enorme em relação a isso. E a nossa viagem foi especificamente para ver as questões de Inteligência Artificial, porque é um tema que está sendo debatido há muito tempo, nos últimos dois anos com mais intensidade, porque a própria tecnologia evoluiu de uma maneira que está criando modelos disruptivos dentro das empresas. Por eles estarem mais adiantados, conseguimos aprender e saber o que vai acontecer no Brasil e em outras partes do mundo. A viagem foi muito importante para adiantarmos alguns processos e podermos aplicar essas tendências aqui já com certo atalho. Se aplicarmos sem ter um parâmetro, podemos tomar um caminho errado. E lá, vendo na prática, conseguimos diminuir os erros dessas ferramentas.

2. Networking com startups e investidores

Entramos em um ecossistema tão fascinante que é inspirador, justamente porque é onde nascem as empresas, e lá elas já surgem com esse cunho tecnológico. As startups, obviamente, têm o seu segmento, mas todas já nascem através da tecnologia e com a tecnologia, oferecendo serviços que vão ser disruptivos para as empresas. Tivemos a oportunidade, junto com o Caldeira, de ouvir as histórias de pessoas que criaram negócios que estão passando por rodadas de investimentos. São ideias que ainda não estão sendo aplicadas, mas estão sendo construídas. Falamos com investidores, startups, o que foi muito interessante e agregou muito, não diretamente pelos pontos apresentados, mas pelo mindset dessas pessoas: a forma como elas pensam, as soluções que eles trazem. Acredito que, aqui no Rio Grande do Sul, temos a mesma capacidade, falta só essa questão da cultura. Foi muito legal ter ido na missão com o Caldeira, porque é um instituto que está fazendo esse trabalho por aqui. E não tenho dúvida que, com essa viagem, eles também vão poder potencializar ainda mais o trabalho deles aqui para desenvolver essa cultura. Temos jovens incríveis, com muita criatividade e vontade de realizar esses objetivos, e o que falta é um empurrão, a visão de investidores. E tudo isso vimos lá com a maior naturalidade. Os investidores, às vezes, investem e não dá muito certo, mas eles colocam dinheiro em outras empresas que vão dar certo. É muito legal ver essa cultura de tentativas. As startups começam, quebram, as pessoas voltam com a ideia renovada, dá certo. Tem essa persistência. O que trouxe muito foi essa questão do ambiente, do ecossistema. É isso que temos que fazer aqui, porque temos as mesmas competências: temos jovens criativos, com vontade de realizar, mas temos que ter um ambiente preparado para isso.

3. IA como aliada nas empresas

Acredito que a IA veio para agregar, é uma ferramenta que vai ajudar no trabalho. Ela vai dar velocidade e ainda vai ser capaz de ajudar a criar novos processos. A implementação da IA vai fazer com que as empresas sejam mais ágeis, tenham menos trabalho manual, que é uma perda de tempo. A principal característica do ser humano não é a força do braço, é a inteligência. E a IA vai ajudar que a gente acabe com esses processos manuais e fique com a questão intelectual mais forte. Onde tem dados, a IA pode ser aplicada. Hoje, quando queremos saber algo da empresa, vamos atrás dos dados, fazemos levantamentos e manualmente fazemos um cruzamento desses dados para chegar na resposta que queremos. Isso pode levar duas horas, dois dias, 20 dias. E a IA pode fazer isso em segundos. Não tenho dúvidas que vai impactar diretamente no nosso negócio, nos negócios dos nossos fornecedores. Acredito que é um grande diferencial competitivo as empresas começarem, o quanto antes, a usar, conhecer e aplicar IA nas organizações. 
A Missão Caldeira visitou empresas que são referência em tecnologia, como a Nvidia | INSTITUTO CALDEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
A Missão Caldeira visitou empresas que são referência em tecnologia, como a Nvidia INSTITUTO CALDEIRA/DIVULGAÇÃO/JC

4. Porto Alegre como referência em inovação

Todas as capitais são lembradas por alguma coisa. Se pensamos no Rio de Janeiro, lembramos das praias bonitas, e esse é o potencial econômico da cidade. Porto Alegre sempre ficou em um limbo. As pessoas vêm aqui, chegam no aeroporto e vão para Gramado. Então, Porto Alegre se abraçando em algo que ela é boa, como a inovação, vai fazer com que as pessoas fiquem aqui. Porto Alegre também tem a fama de formar muito bem - temos as melhores universidades do Brasil -, mas as pessoas se formam e vão embora. Agora, tendo parques tecnológicos, empresas grandes se instalando aqui para abraçar, dar oportunidade para essas pessoas ficarem aqui e não irem para São Paulo, é maravilhoso. Hoje, Porto Alegre é conhecida como a capital da tecnologia, da inovação e do empreendedorismo. Porto Alegre está mudando para melhor.

5. Resultados da Missão Caldeira

A iniciativa do Caldeira foi muito nobre, porque eles viram a importância que isso tem. Se não fosse por essa organização, muitos dos empresários não teriam feito essa viagem e não trariam essas questões que eu estou trazendo com tanta empolgação. São lideranças que vão espalhar essa empolgação nas empresas. Eu era uma pessoa que tinha uma mentalidade, e, desde que voltei, não tenho dúvidas que tenho outra e que será importante para a empresa e para ajudar no ecossistema em geral. A IA precisa de pessoas, por isso é fundamental que esse conhecimento se espalhe.
O foco da Missão Caldeira era explorar as tendências de IA no Vale do Silício | INSTITUTO CALDEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
O foco da Missão Caldeira era explorar as tendências de IA no Vale do Silício INSTITUTO CALDEIRA/DIVULGAÇÃO/JC