De leite, de milho, doce, salgado, integral, branco. Com uma variedade que não caberia em uma página, o pão é protagonista nas refeições de muitas nações. São 6 mil anos de existência desse alimento originado da fermentação do trigo. Nesta semana, foi celebrado o Dia Mundial do Pão, comemorado em 16 de outubro. São muitas as histórias contadas pelo GeraçãoE de negócios que nasceram a partir deste alimento importante na história humana.
Entre tantos negócios, a Padaria Artesanal Padeiro Max (@padeiromax) é um dos empreendimentos que foca na produção de pães de fermentação natural. Com uma produção industrial, o negócio teve início em 2018, na Zona Sul de Porto Alegre. Atualmente, o estabelecimento ocupa uma casa no bairro Petrópolis. À frente do empreendimento está Max Borba, o padeiro, e Jane Mousquer, sócia e esposa de Max.
Entre os produtos oferecidos pela padaria, estão o baguete, o pão brioche, ciabatas, italiano, focaccias, multigrãos, integral, além da parte de confeitaria. O Padeiro Max conta também com um cardápio semanal, que disponibiliza produtos especiais, conforme o dia da semana. Os pães custam entre R$ 3,00 e R$ 26,00.
Assim como em outros negócios, a ideia de comercializar os pães começou em casa. “Em 2016, eu tinha voltado para o Brasil, após morar um tempo em Dublin. Cheguei aqui e vi que o pão era muito caro, ou não era muito gostoso. Comecei a fazer em casa para mim, um pão integral que a gente faz até hoje”, conta Max.
Ainda com produção para consumo próprio, Max percebeu que com 1kg de farinha, ele conseguia fazer até três pães, o que era muito para uma única pessoa. “Muitas vezes acabava sobrando. Passei a oferecer para vizinhos e amigos que me incentivaram a vender esses pães”, lembra. Na época, Max fazia um curso de confeiteiro no Senac e um dos professores o aconselhou a investir na panificação. Foi durante esse mesmo curso, que surgiu a oportunidade de trabalhar em um restaurante fazendo pães.
“Eu fazia os pães, mas ainda não os de fermentação natural. Depois de um tempo, passei a me interessar pela fermentação natural. Eu procurei por uma padaria, que fazia pães nesse estilo e trabalhei um ano e meio. Após esse período, veio a vontade de ter meu próprio negócio, porque eu vi uma oportunidade”, relata Max.
![O empreendimento fica na rua Eça de Queiroz, nº 561, bairro Petrópolis | TÂNIA MEINERZ/JC]()
O empreendimento fica na rua Eça de Queiroz, nº 561, bairro Petrópolis
TÂNIA MEINERZ/JC
O bairro Santa Tereza abrigou o primeiro ponto da Padaria Artesanal Padeiro Max. “A casa já tinha uma cozinha montada, tinha forno, tinha mesa, pias grandes. Era uma cozinha bem industrial montada”, conta o empreendedor que ficou um ano no local, até que em 2019 resolveu testar um novo ponto no bairro Petrópolis. Em uma pequena garagem, o negócio passou a crescer e conquistar o público da região. “A padaria começou a ser reconhecida e aí veio a pandemia de Covid-19, e foi quando a gente aumentou muito a nossa produção”, declara o empreendedor, afirmando que apesar dos desafios impostos pelo período, foi o momento que o negócio despontou.
Em janeiro de 2021, os empreendedores encontram a casa que abriga o empreendimento, atualmente. O espaço tem capacidade para uma produção industrial, além de um ambiente para expor os produtos e atender os clientes. Para dar conta de todo o processo, oito colaboradores compõem a equipe.
De acordo com Jane, são 80 a 90 pedidos por dia, de segunda a quarta. Nas quintas e sextas o número aumenta. “A gente busca muito equilibrar entre um negócio próspero, mas não ser sobrecarregado pelo trabalho. E nem sobrecarregar o resto da nossa equipe que trabalha de segunda a sexta seis horas por dia”, afirma a empreendedora.
![Baguetes estão entre os produtos oferecidos pela Padaria Artesanal Padeiro Max | TÂNIA MEINERZ/JC]()
Baguetes estão entre os produtos oferecidos pela Padaria Artesanal Padeiro Max
TÂNIA MEINERZ/JC
Com experiência como chef de cozinha na Irlanda, Max encontrou no pão uma oportunidade e um propósito. “Atuei em um restaurante de frutos do mar, mas naquela época eu ainda não fazia pão. O pão foi uma coisa que apareceu aqui. Vi uma oportunidade, tinha habilidade e o desejo de fazer bons pães que se mantenham em preço acessíveis e que esteja ao alcance de mais pessoas”, revela.
