A loja, localizada na rua Padre Chagas, possui um acervo com cerca de 3 mil peças

Com peças de mais de R$ 115 mil, brechó de luxo movimenta R$ 6,5 milhões e celebra 5 anos em Porto Alegre


A loja, localizada na rua Padre Chagas, possui um acervo com cerca de 3 mil peças

A 2nd Chance é um brechó de luxo que completou cinco anos em 2024. À frente da marca está o trio de amigas Julia Sperotto, Maria Pia Albuquerque e Julia Calazans. A loja, localizada na rua Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento, possui um acervo com cerca de 3 mil peças com valores que podem passar de R$ R$ 115 mil. Chanel, Louis Vuitton, Gucci, Prada, Balenciaga, Hermès, Dolce & Gabbana e Valentino são algumas das grifes internacionais presentes na boutique. Entre as etiquetas nacionais, o acervo conta com peças de Cris Barros, Martha Medeiros, Mixed e Adriana Degreas.Roupas, acessórios, bolsas, sapatos e joias, antes de comporem o estoque da 2nd Chance, passam por uma minuciosa curadoria para identificar o estado das peças e determinar se elas podem ser comercializadas pelo brechó. “Quando a peça não se encaixa no padrão, conversamos com as fornecedoras, sugerindo que doem o que já desapegaram, e muitas aceitam”, explica Júlia Calazans. Segundo ela, nesses casos, as roupas são encaminhadas para o brechó da Casa Madre Ana, onde todo o valor arrecadado com as vendas é doado.A ideia inicial do negócio partiu de Júlia Sperotto. Ainda em 2019, com filhos pequenos e buscando se reencontrar no mercado de trabalho, ela se aproximou da moda. “Minha mãe comentou um dia: ‘minhas amigas têm um monte de roupas e não sabem o que fazer com elas, e eu estou pensando em pegar essas roupas e vendê-las.’ Eu disse: ‘não, deixa que eu vou fazer isso’”, lembra. Assim, ela começou a buscar, entre amigos e conhecidos, mulheres interessadas em desapegar de peças e ganhar uma renda extra com isso.
A 2nd Chance é um brechó de luxo que completou cinco anos em 2024. À frente da marca está o trio de amigas Julia Sperotto, Maria Pia Albuquerque e Julia Calazans. A loja, localizada na rua Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento, possui um acervo com cerca de 3 mil peças com valores que podem passar de R$ R$ 115 mil. Chanel, Louis Vuitton, Gucci, Prada, Balenciaga, Hermès, Dolce & Gabbana e Valentino são algumas das grifes internacionais presentes na boutique. Entre as etiquetas nacionais, o acervo conta com peças de Cris Barros, Martha Medeiros, Mixed e Adriana Degreas.

Roupas, acessórios, bolsas, sapatos e joias, antes de comporem o estoque da 2nd Chance, passam por uma minuciosa curadoria para identificar o estado das peças e determinar se elas podem ser comercializadas pelo brechó. “Quando a peça não se encaixa no padrão, conversamos com as fornecedoras, sugerindo que doem o que já desapegaram, e muitas aceitam”, explica Júlia Calazans. Segundo ela, nesses casos, as roupas são encaminhadas para o brechó da Casa Madre Ana, onde todo o valor arrecadado com as vendas é doado.

A ideia inicial do negócio partiu de Júlia Sperotto. Ainda em 2019, com filhos pequenos e buscando se reencontrar no mercado de trabalho, ela se aproximou da moda. “Minha mãe comentou um dia: ‘minhas amigas têm um monte de roupas e não sabem o que fazer com elas, e eu estou pensando em pegar essas roupas e vendê-las.’ Eu disse: ‘não, deixa que eu vou fazer isso’”, lembra. Assim, ela começou a buscar, entre amigos e conhecidos, mulheres interessadas em desapegar de peças e ganhar uma renda extra com isso.
Em 2023, o negócio registrou R$ 6,5 milhões em vendas | TÂNIA MEINERZ/JC
Em 2023, o negócio registrou R$ 6,5 milhões em vendas TÂNIA MEINERZ/JC


“Muitas vendem porque precisam levantar dinheiro, a situação financeira mudou e elas descobrem que aqui é um bom lugar e uma forma interessante de conseguir esse dinheiro. Depois que começam a ver o retorno, passam a buscar, toda semana, uma peça para trazer e vender”, destaca Júlia Sperotto, que, logo depois, convidou Maria e Júlia para se juntarem como sócias.

O foco inicial do negócio era criar o acervo. O trio começou a buscar, em redes sociais, pessoas inseridas no mercado de luxo em Porto Alegre. Atualmente, as peças vêm de outras partes do Brasil também. Com um investimento inicial de R$ 15 mil para marcar a inauguração da loja, as empreendedoras realizaram um evento em um clube, onde conseguiram adquirir cerca de 5 mil peças.

Antes de ocupar o endereço atual, a 2nd Chance passou por outros dois locais, que se tornaram pequenos para o volume de peças. Atualmente, com 3 mil itens no acervo, a marca lançou um aplicativo que facilita o trâmite de compra e venda de produtos, incentivando ainda mais a economia circular.
O 2nd Chance tem um acervo de 3 mil peças de luxo | TÂNIA MEINERZ/JC
O 2nd Chance tem um acervo de 3 mil peças de luxo TÂNIA MEINERZ/JC


Em cinco anos de operação, a 2nd Chance já vendeu 13 toneladas de peças. “Devido à curadoria que fazemos, os clientes começaram a perceber que conseguem comprar peças praticamente novas, sem marcas de uso, por menos da metade do preço”, explica Calazans. “É quase como um carro, você vende o veículo e, com aquele valor, agrega na compra de um novo”, complementa.

Além disso, a sustentabilidade é um fator importante para o negócio. “Percebemos que, em Porto Alegre, o público ainda não estava muito receptivo em relação a isso. Mas, quando começaram a vender e ver o retorno, passaram a entender melhor a moda circular”, afirma Sperotto.
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Só no ano passado, o brechó movimentou R$ 6,5 milhões em vendas. A projeção para 2024 é atingir R$ 9 milhões. Atualmente, 70% das vendas são realizadas pelo e-commerce. Apesar do público principal ser Porto Alegre, outras cidades como São Paulo, Florianópolis e Curitiba apresentam um número expressivo de clientes. Para dar conta das peças recebidas e da logística da marca, as sócias alugaram recentemente uma sala em frente à loja para equipe de escritório, estúdio de fotos, triagem de peças e envio de pedidos online.
Julia Sperotto e Julia Calazans são as sócias do brechó de luxo em Porto Alegre | TÂNIA MEINERZ/JC
Julia Sperotto e Julia Calazans são as sócias do brechó de luxo em Porto Alegre TÂNIA MEINERZ/JC