A Galeria e Cafeteria Devora operará em soft opening até outubro

Com galeria de arte e cafeteria, nova operação no bairro Santana busca fomentar artistas locais


A Galeria e Cafeteria Devora operará em soft opening até outubro

Nascida da expansão da marca de joias Devora Ateliê, criada por Nou Devora, com apoio das amigas Anne Lima e Luiza Simões, a Galeria e Cafeteria Devora abriu suas portas, em sistema de soft opening, há um mês na rua Vicente da Fontoura, nº 1417, no bairro Santana. As empreendedoras, que já conheciam o ponto, viram na espaço com 300m² a possibilidade da realização dos planos do trio. De acordo com as sócias, o mobiliário foi construído pelas próprias empreendedoras, que reaproveitaram materiais que já estavam no local. Algumas peças, como o suporte para o futuro bar com banquetas, foram feitos com ferros abandonadas no prédio. As sócias também transformaram a placa da antiga ferragem que ocupava o ponto na porta da copa. O gesto, como conta Nou, foi uma forma de responder aos clientes que, mesmo após três anos do fechamento do antigo negócio, ainda perguntam sobre sua reabertura. De acordo com Anne, o trio já pensava em ter um espaço para apoiar artistas locais há bastante tempo, mas a virada de chave veio quando Nou começou a criar joias. Natural de Camaquã, no interior do Estado, Nou veio para Porto Alegre em 2017, quando entrou no curso de Design de Produto na Ufrgs. A empreendedora comenta que sempre teve uma veia artística muito forte, que acabou se destacando quando um conhecido lhe pediu para personalizar uma bicicleta.
Nascida da expansão da marca de joias Devora Ateliê, criada por Nou Devora, com apoio das amigas Anne Lima e Luiza Simões, a Galeria e Cafeteria Devora abriu suas portas, em sistema de soft opening, há um mês na rua Vicente da Fontoura, nº 1417, no bairro Santana. As empreendedoras, que já conheciam o ponto, viram na espaço com 300m² a possibilidade da realização dos planos do trio.

De acordo com as sócias, o mobiliário foi construído pelas próprias empreendedoras, que reaproveitaram materiais que já estavam no local. Algumas peças, como o suporte para o futuro bar com banquetas, foram feitos com ferros abandonadas no prédio. As sócias também transformaram a placa da antiga ferragem que ocupava o ponto na porta da copa. O gesto, como conta Nou, foi uma forma de responder aos clientes que, mesmo após três anos do fechamento do antigo negócio, ainda perguntam sobre sua reabertura.

De acordo com Anne, o trio já pensava em ter um espaço para apoiar artistas locais há bastante tempo, mas a virada de chave veio quando Nou começou a criar joias. Natural de Camaquã, no interior do Estado, Nou veio para Porto Alegre em 2017, quando entrou no curso de Design de Produto na Ufrgs. A empreendedora comenta que sempre teve uma veia artística muito forte, que acabou se destacando quando um conhecido lhe pediu para personalizar uma bicicleta.
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“As pessoas não sabiam que eu era artista, então achavam que ia ser uma personalização meio amadora. Quando percebi, eram filas e filas, às vezes grupos inteiros andando com bikes que pintei. O problema é que eu demorava demais, ou começava a cobrar mais caro e perderia muito do meu público, ou tentava fazer mais bicicletas, o que era difícil, já que é um trabalho que demora”, rememora Nou.

Foi neste momento que Anne sugeriu à amiga que entrasse no mundo da ourivesaria. De forma relutante, Nou iniciou a vida de ourives fazendo somente produtos de aço. Rapidamente, a artista sentiu mais confiança e passou a produzir joias de prata, ouro e pedras preciosas. As amigas passaram então a frequentar feiras de rua, mas não gostavam muito do ambiente. “Nas feiras de rua, às vezes, ficávamos mais de 12 horas no sol, muitas vezes sem uma musiquinha, um ambiente agradável para que os expositores se sintam bem. Se quem está ali para vender não se sente bem, já sabemos que o clima não vai ser bom, não vamos vender bem”, explica Anne.

Outra insatisfação das sócias foi com a experiência em espaços colaborativos. “Antes de abrir, fomos a diversos locais e, muitas vezes, as pessoas não sabiam explicar sobre um produto, em outras, nem mesmo apresentavam os produtos expostos. Ficamos com isso na cabeça, afinal, como as pessoas vão ter confiança de expor alguma coisa que nem é oferecida?”, questionou Anne. Foi a empreendedora, então, que tomou a frente e decidiu se especializar na área de gestão e marketing para que a galeria saísse do papel.

Natural de Campina Grande, Anne desembarcou na capital gaúcha aos nove anos. Em função da busca de sua mãe por trabalho, a empreendedora veio para o Rio Grande do Sul, mas sem nunca esquecer suas raízes paraibanas. A jovem conta que chegou a ingressar no curso de Biologia, também da Ufrgs. Foi neste período que percebeu que tinha reações alérgicas a cosméticos. Assim, ela criou a Anne’s Ateliê, uma marca de cosméticos naturais, veganos e artesanais com inspiração em sua família, que fabricava os próprios cosméticos.

Após compartilhar seu descontentamento a respeito das feiras de rua e espaços colaborativos com Luiza, as empreendedoras resolveram buscar aprimorar seus conhecimentos a fim de gerenciar seu próprio espaço. Atuando na área da revisão, Luiza veio de Goiânia para o Rio Grande do Sul estudar Letras na UFPel, em Pelotas. Hoje, Luiza comanda a Trato ao Texto, empresa de revisão. A partir do planejamento do espaço em três ambientes, Luiza hoje faz a curadoria dos títulos que compõe a parte do café e planeja expandir para realizar a curadoria junto de editoras para que a galeria passe a vender obras.
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Dividida em café, antessala e galeria, o propósito da Devora é ser um local acolhedor e que gere experiências ao público, além de ser um local de desejo para os expositores. De acordo com as empreendedoras, parte da experiência será, por exemplo, com as cerâmicas do local. Além de vender peças produzidas por uma artista local, a própria cafeteria utilizará as cerâmicas para que o público experiencie antes de levar para sua casa. A proposta central do espaço, no entanto, é fornecer suporte para que artistas possam expandir suas atividades e desenvolver novas formas de arrecadação.

A ideia é ser mais que um local de vendas para estes artistas, auxiliando estes micros e pequenos empreendedores com cursos com temas como precificação e fotografia de produtos, além de, no futuro, oferecer o galpão que fica no fundo da propriedade como um espaço mais amplo que servirá de ateliê para que artistas possam fazer trabalhos que exijam grandes espaços.

A galeria também promoverá eventos como oficinas de crochê e degustações de café, voltadas tanto para o público geral quanto para os expositores. De acordo com as empreendedoras, a reforma da galeria já está em seus passos finais. Entre os ajustes previstos, estão a instalação de um freezer, com a intenção de oferecer cervejas e sorvetes artesanais durante o verão.

De acordo com Anne, as empreendedoras realizaram um esforço ativo para conquistar os comerciantes da região, mas o reconhecimento veio mais rápido do que esperavam. Os donos de estabelecimentos próximos e moradores da região já visitaram e divulgaram o local, o que facilitou a integração à comunidade.

Endereço e horário de funcionamento da Galeria e Cafeteria Devora

O Café e Galeria Devora está localizado na rua Vicente da Fontoura, nº 1417, no bairro Santana. Durante o período de soft opening, o espaço está operando de segunda a sexta-feira, das 12h às 20h, abrindo aos fins de semana somente em eventos marcados. A intenção é expandir o funcionamento até as 22h após a abertura oficial, que ocorrerá em outubro.