A Organovita, de Garibaldi, já possui certificação de produção 100% orgânica válida para os Estado Unidos e Europa

Há mais de 25 anos no mercado, empresa da Serra que produz sucos orgânicos projeta expansão internacional


A Organovita, de Garibaldi, já possui certificação de produção 100% orgânica válida para os Estado Unidos e Europa

Situada na área rural de Garibaldi, na Serra Gaúcha, a Organovita, empresa focada na produção de sucos e farinhas 100% orgânicas, completa, em setembro 28 anos, de atuação. Mirando no mercado internacional e buscando se consolidar ainda mais no cenário local e nacional, o negócio familiar tem seus produtos presentes em todos os estados do País e, agora, possui certificações de autenticidade da produção orgânica válidas nos Estados Unidos e na Europa.O empreendedor Luiz Postingher fundou a Organovita em 1998 com objetivos muito menos ambiciosos que a internacionalização. Trabalhando com distribuição e venda de EPIs para vinícolas de cidades próximas à Garibaldi, Luiz sentiu-se incomodado com a fala de um empreendedor que utilizava agrotóxicos em grande parte de sua produção, especialmente nas uvas que seriam importadas, mas mantinha separadas algumas parreiras em que os agrotóxicos não eram utilizados para que sua família consumisse as frutas de forma mais saudável e natural. A partir daí, o empresário resolveu buscar fornecedores de uvas orgânicas para realizar o envase de sucos naturais para a família e amigos. Em poucos meses, vizinhos e conhecidos da família passaram a adquirir os sucos e Luiz fechou parcerias com produtores da Serra que não utilizavam agrotóxicos e desenvolveu maquinários próprios para processar uvas orgânicas. Inicialmente, a empresa foi nomeada Só Uva e produzia artesanalmente cerca de 2 mil litros de suco por ano.
Situada na área rural de Garibaldi, na Serra Gaúcha, a Organovita, empresa focada na produção de sucos e farinhas 100% orgânicas, completa, em setembro 28 anos, de atuação. Mirando no mercado internacional e buscando se consolidar ainda mais no cenário local e nacional, o negócio familiar tem seus produtos presentes em todos os estados do País e, agora, possui certificações de autenticidade da produção orgânica válidas nos Estados Unidos e na Europa.

O empreendedor Luiz Postingher fundou a Organovita em 1998 com objetivos muito menos ambiciosos que a internacionalização. Trabalhando com distribuição e venda de EPIs para vinícolas de cidades próximas à Garibaldi, Luiz sentiu-se incomodado com a fala de um empreendedor que utilizava agrotóxicos em grande parte de sua produção, especialmente nas uvas que seriam importadas, mas mantinha separadas algumas parreiras em que os agrotóxicos não eram utilizados para que sua família consumisse as frutas de forma mais saudável e natural.

A partir daí, o empresário resolveu buscar fornecedores de uvas orgânicas para realizar o envase de sucos naturais para a família e amigos. Em poucos meses, vizinhos e conhecidos da família passaram a adquirir os sucos e Luiz fechou parcerias com produtores da Serra que não utilizavam agrotóxicos e desenvolveu maquinários próprios para processar uvas orgânicas. Inicialmente, a empresa foi nomeada Só Uva e produzia artesanalmente cerca de 2 mil litros de suco por ano.
Hoje, a produção da Organovita é predominantemente sazonal, com um pico durante a safra da uva, que ocorre entre os meses de janeiro e março, quando são produzidos de 250 a 300 mil litros de suco de uva, carro-chefe da marca. A maçã vem em seguida, com cerca de 150 mil litros anuais. Outros sabores, como manga e goiaba, ainda estão ganhando espaço na produção da empresa, mas, de acordo com Giovani Postingher, gerente comercial da empresa, os novos sabores já demonstram boa aceitação por parte dos consumidores. A empresa também se dedica a fabricação de vinagres, cuja fermentação natural é guiada pelo clima, e de farinhas de bagaço de uva, que são processadas ao longo do ano. De acordo com Giovani, as máquinas que fazem a secagem, separação da casca e semente de uva e a moagem foram todas idealizadas e feitas por Luiz, tornando a Organovita, segundo ele, a única indústria brasileira a fazer farinha de casca de uva e de semente de uva de forma separada, sem unificar os rejeitos da produção do suco.

A Organovita levou o compromisso com a sustentabilidade para fora de seus rótulos. Giovani conta que toda a planta fabril, com aproximadamente 5 mil m², foi construída com materiais reaproveitados. Paredes, janelas e até os paralelepípedos foram reutilizados de outras construções, enquanto as pipas de vinho que decoram a propriedade vieram de uma vinícola desativada. A empresa também conta com um sistema de reaproveitamento da água da chuva e placas solares para geração de energia. "Não adianta você ter um produto orgânico, focado na saúde e no bem-estar, se a própria empresa não tem essas práticas sustentáveis", afirma Giovani.

Hoje, a Organovita considera seu processo de produção um processo semi-artesanal que preserva o sabor natural das frutas. Giovani explica que os produtos da empresa se destacam em mercados como São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, mas possuem distribuição em todos os estados do Brasil. A empresa também tem presença no mercado americano e busca expandir sua atuação na Europa e na América do Sul. "Queremos fortalecer cada vez mais a nossa presença internacional, mas sem esquecer de consolidar a nossa marca em solo gaúcho", explica Giovani.
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Além de continuar a expansão para o mercado interno e externo, a Organovita está investindo no turismo de experiência, oferecendo visitas guiadas pela fábrica e degustações. “Hoje, nosso foco principal é na parceria com a prefeitura aqui da cidade, pois queremos trazer as crianças, especialmente entre os 8 e 17 anos, para conhecerem esse processo, entenderem sobre como a comida é feita, mas também sobre reciclagem”, conta. Recentemente, a empresa conquistou a medalha de ouro pelo seu suco de uva na Associação dos Viticultores de Garibaldi, pelo terceiro ano consecutivo, e o prêmio de destaque em sustentabilidade da Bio Brazil Fair, com a farinha de maçã orgânica, feita com o subproduto da elaboração do suco e vinagre da fruta. Sobre os prêmios, Giovani descreve como "um reconhecimento pelo trabalho artesanal e pela qualidade que entregamos ao consumidor."