Conhecido por ser um polo de lojas de tecidos, o bairro Sarandi foi uma das regiões mais afetadas pelas enchentes de maio. Entre os muitos comércios desse setor afetados pelas cheias, está a Têxtil Partenon, uma loja de tecidos tradicional no bairro. O negócio está em Porto Alegre desde 1985, inicialmente na avenida Bento Gonçalves, no Partenon. A marca, criada pelo empreendedor Nelson Medeiros, mudou de endereço em 2010 e, em março de 2022, Leonardo Ferreira, de 18 anos, se uniu ao seu padrinho como sócio do negócio.
Com mais de cinco mil tipos de tecido, a loja opera no formato atacarejo. Segundo Leonardo, o principal diferencial do estabelecimento é a variedade de produtos ofertados. "Nosso carro-chefe é o oxford. Algumas empresas trabalham apenas com as cores mais comuns, como preto, branco e marinho. Aqui, conseguimos oferecer uma infinidade de cores", relata o sócio.
Leonardo começou a ajudar no negócio familiar durante a pandemia de Covid-19, quando tinha apenas 14 anos. Na época, Nelson, sócio-fundador da marca, precisava de alguém mais presente na loja física, pois ele reside no Paraná. "Tive a oportunidade de conhecer melhor a empresa e entender como ela funcionava. Desde então, venho me preparando para, um dia, assumir o negócio junto com ele", conta Leonardo.
Com mais de cinco mil tipos de tecido, a loja opera no formato atacarejo. Segundo Leonardo, o principal diferencial do estabelecimento é a variedade de produtos ofertados. "Nosso carro-chefe é o oxford. Algumas empresas trabalham apenas com as cores mais comuns, como preto, branco e marinho. Aqui, conseguimos oferecer uma infinidade de cores", relata o sócio.
Leonardo Ferreira e Patrícia Dutra estão à frente da operação da Têxtil Partenon, no bairro Sarandi
JULIA FERNANDES/ESPECIAL/JC
Leonardo começou a ajudar no negócio familiar durante a pandemia de Covid-19, quando tinha apenas 14 anos. Na época, Nelson, sócio-fundador da marca, precisava de alguém mais presente na loja física, pois ele reside no Paraná. "Tive a oportunidade de conhecer melhor a empresa e entender como ela funcionava. Desde então, venho me preparando para, um dia, assumir o negócio junto com ele", conta Leonardo.
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A loja atende um público diversificado, desde grandes indústrias conhecidas no mercado de confecção do RS até costureiras e comércios menores da região. De acordo com Patrícia Dutra, funcionária há 30 anos e gerente da Têxtil Partenon, o movimento pós-enchente ainda não se recuperou como deveria. "Temos muitos clientes locais, como costureiras do bairro, que perderam suas casas e ainda não conseguiram voltar. Além disso, clientes de fora, como empresas de Roca Sales, também não retornaram", explica Patrícia.
A loja ficou de portas fechadas por quase um mês, acumulando um prejuízo de R$ 2 milhões. Segundo o sócio, 40% do estoque foi perdido devido à enchente. Leonardo conta que no sábado, dia 4 de maio, a água estava a 2 km de distância da loja. Mesmo preocupados, a equipe não acreditava que a enchente chegaria no estabelecimento, pois está localizada em uma parte mais alta do bairro. No mesmo dia, o grupo que trabalhava já estava reduzido, pois muitos colaboradores já haviam perdido suas casas, em consequência do transbordo do Arroio Sarandi.
"Estávamos muito assustados. Na parte da manhã, os poucos funcionários que estavam trabalhando a gente dispensou, porque não sabíamos o que poderia acontecer. Levantamos pouca coisa de estoque e como a nossa loja é horizontal, não tinha muito o que fazer. No fim, a água chegou a 1,5 metro dentro da loja", comenta Leonardo, que teve de paralisar as atividades no mês em que ocorre o maior volume de vendas no ano.
"Foi, literalmente, tudo por água abaixo", desabafa Patrícia. A gerente explica que, no verão, os meses de setembro, outubro e novembro são bem movimentados, mas ainda assim não superam o volume de vendas do inverno em termos de valor. O comércio retomou as atividades no dia 28 de maio, mas operando com um estoque reduzido.
A loja atende um público diversificado, desde grandes indústrias conhecidas no mercado de confecção do RS até costureiras e comércios menores da região. De acordo com Patrícia Dutra, funcionária há 30 anos e gerente da Têxtil Partenon, o movimento pós-enchente ainda não se recuperou como deveria. "Temos muitos clientes locais, como costureiras do bairro, que perderam suas casas e ainda não conseguiram voltar. Além disso, clientes de fora, como empresas de Roca Sales, também não retornaram", explica Patrícia.
A loja ficou de portas fechadas por quase um mês, acumulando um prejuízo de R$ 2 milhões. Segundo o sócio, 40% do estoque foi perdido devido à enchente. Leonardo conta que no sábado, dia 4 de maio, a água estava a 2 km de distância da loja. Mesmo preocupados, a equipe não acreditava que a enchente chegaria no estabelecimento, pois está localizada em uma parte mais alta do bairro. No mesmo dia, o grupo que trabalhava já estava reduzido, pois muitos colaboradores já haviam perdido suas casas, em consequência do transbordo do Arroio Sarandi.
"Estávamos muito assustados. Na parte da manhã, os poucos funcionários que estavam trabalhando a gente dispensou, porque não sabíamos o que poderia acontecer. Levantamos pouca coisa de estoque e como a nossa loja é horizontal, não tinha muito o que fazer. No fim, a água chegou a 1,5 metro dentro da loja", comenta Leonardo, que teve de paralisar as atividades no mês em que ocorre o maior volume de vendas no ano.
"Foi, literalmente, tudo por água abaixo", desabafa Patrícia. A gerente explica que, no verão, os meses de setembro, outubro e novembro são bem movimentados, mas ainda assim não superam o volume de vendas do inverno em termos de valor. O comércio retomou as atividades no dia 28 de maio, mas operando com um estoque reduzido.
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"Quando voltamos, não havia tempo para pensar muito. Só queríamos trabalhar, limpar e reabrir. Estive aqui durante a pandemia, mas são situações diferentes. Ambas impactaram muito o comércio, mas, na pandemia, nosso estoque estava intacto, nossa loja estava inteira. Nas enchentes, perdemos muito; não era só reabrir e recomeçar. Foi difícil", desabafa Leonardo.
Apesar dos prejuízos, o quadro de 19 colaboradores foi mantido. Patrícia conta que o compromisso da marca com os funcionários é um dos motivos que a fazem acreditar no negócio após 30 anos. "Isso é muito importante. Ser valorizado, receber nossos salários em dia, independentemente de pandemia ou enchente, e não deixar ninguém desassistido. Isso nos dá segurança", diz a gerente.
Compromisso e responsabilidade que Leonardo, mesmo com pouca idade, parece entender bem. "Temos 19 funcionários, o que significa 19 famílias que dependem de nós. Não podemos simplesmente abandonar o barco. Há pessoas aqui com 20 anos de casa, mais tempo de trabalho do que eu tenho de vida", declara.
Mesmo com os desafios impostos tanto pela pandemia quanto pela enchente, a marca olha para o futuro e busca inovar no mercado de tecidos, além de se adaptar às novas formas de vender seus produtos. "Temos a ideia de continuar, crescer cada vez mais e evoluir, mas, antes de tudo, nos restabelecer após esse período", afirma Leonardo.
Sendo uma das funcionárias mais antigas do estabelecimento, Patrícia é uma figura conhecida no Instagram da marca, presente nos vídeos e conteúdos que a Têxtil Partenon desenvolve online. A gerente entende a importância de se adaptar às mudanças. "Começamos em um momento em que nem fazíamos notas ou orçamentos no computador. Tudo era anotado à mão. Quando começamos a usar computadores, ficamos assustados, mas hoje vejo a importância de nos adaptarmos ao digital. Quem não se adapta a essa nova realidade fica para trás."
"Quando voltamos, não havia tempo para pensar muito. Só queríamos trabalhar, limpar e reabrir. Estive aqui durante a pandemia, mas são situações diferentes. Ambas impactaram muito o comércio, mas, na pandemia, nosso estoque estava intacto, nossa loja estava inteira. Nas enchentes, perdemos muito; não era só reabrir e recomeçar. Foi difícil", desabafa Leonardo.
Apesar dos prejuízos, o quadro de 19 colaboradores foi mantido. Patrícia conta que o compromisso da marca com os funcionários é um dos motivos que a fazem acreditar no negócio após 30 anos. "Isso é muito importante. Ser valorizado, receber nossos salários em dia, independentemente de pandemia ou enchente, e não deixar ninguém desassistido. Isso nos dá segurança", diz a gerente.
Compromisso e responsabilidade que Leonardo, mesmo com pouca idade, parece entender bem. "Temos 19 funcionários, o que significa 19 famílias que dependem de nós. Não podemos simplesmente abandonar o barco. Há pessoas aqui com 20 anos de casa, mais tempo de trabalho do que eu tenho de vida", declara.
Mesmo com os desafios impostos tanto pela pandemia quanto pela enchente, a marca olha para o futuro e busca inovar no mercado de tecidos, além de se adaptar às novas formas de vender seus produtos. "Temos a ideia de continuar, crescer cada vez mais e evoluir, mas, antes de tudo, nos restabelecer após esse período", afirma Leonardo.
Sendo uma das funcionárias mais antigas do estabelecimento, Patrícia é uma figura conhecida no Instagram da marca, presente nos vídeos e conteúdos que a Têxtil Partenon desenvolve online. A gerente entende a importância de se adaptar às mudanças. "Começamos em um momento em que nem fazíamos notas ou orçamentos no computador. Tudo era anotado à mão. Quando começamos a usar computadores, ficamos assustados, mas hoje vejo a importância de nos adaptarmos ao digital. Quem não se adapta a essa nova realidade fica para trás."
Mesmo acreditando que a inovação é fundamental para a evolução da marca que está a mais de 30 anos no mercado gaúcho, Patrícia acredita que o segredo está em detalhes que deveriam ser a base de todo negócio. “Uma das coisas que eu acho bem importante é a seriedade com o nosso cliente. Prezamos muito pela qualidade e pela seriedade. Quando a gente trata o nosso cliente com respeito, com honestidade e com qualidade a gente fideliza mais”, pondera.