O Moinho Wafers, negócio que tem como foco a produção de biscoitos holandeses, nasceu no porão da casa de Willem Vos e Alexandra Holdefer em Ivoti. O desejo de produzir o item típico partiu de Alexandra, que queria voltar ao mercado de trabalho. Assim, o casal de holandeses que chegou ao Brasil em 1995 começou a produzir o stroopwafel, de forma artesanal, em 2009.
O stroopwafel é um biscoito típico holandês feito com duas camadas de massa de biscoito e recheio de caramelo. No início, a venda acontecia para amigos e colegas de trabalho de Willem. O empreendedor rememora que a produção não passava de 100 pacotes de biscoito por dia.
A boa receptividade do produto foi acompanhado pela entrada dos biscoitos na rede de supermercados Zaffari. A produção limitada e manual levou a Moinho a restringir a distribuição a uma única loja. No entanto, quando a marca ganhou mais notoriedade, a Moinho teve um aumento significativo na procura. A partir disso, o supermercado aumentou suas encomendas, solicitando que o produto fosse distribuído em todas as lojas da rede.
A boa receptividade do produto foi acompanhado pela entrada dos biscoitos na rede de supermercados Zaffari. A produção limitada e manual levou a Moinho a restringir a distribuição a uma única loja. No entanto, quando a marca ganhou mais notoriedade, a Moinho teve um aumento significativo na procura. A partir disso, o supermercado aumentou suas encomendas, solicitando que o produto fosse distribuído em todas as lojas da rede.
Os produtos são feitos de forma artesanal em Ivoti, na Região Metropolitana
TANIA MEINERZ/JC
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Inicialmente, os desafios para a produção dos itens foram resolvidos com uma parceria com a empresa Daelmans, holandesa líder mundial na fabricação dos biscoitos, que contribuiu para a produção dos stroopwafels em grande escala. Esse parceiro se tornou sócio da empresa de Ivoti após cerca de 10 anos de colaboração. Durante esse período, a produção foi transferida do porão para um prédio adaptado, onde o artesanal se transformou em um processo semiautomático. Em 2012, quando a produção aumentou significativamente, Willem se juntou de forma definitiva ao negócio, deixando seu antigo trabalho em uma indústria de couro calçadista.
Em 2019, a empresa mudou para uma fábrica, onde está localizada até hoje, ainda em Ivoti. Quando trouxe o típico produto de seu país para o Brasil, Willem acreditava que os brasileiros iriam adorar - previsão que o empreendedor acredita ter acertado. Desde o início, ele diz que a aceitação foi unânime pelos consumidores.
Durante os 15 anos de trajetória do Moinho Wafers, Willem enfrentou diversos desafios que exigiram paciência e resiliência. Um dos principais aprendizados do holandês como empreendedor foi a necessidade de adaptação constante em um país complexo como o Brasil, como define. Thomas Daelmans, representante da Daelmans que chegou ao Brasil há três meses, destaca a importância da paciência ao lidar com a burocracia e com as mudanças frequentes nas regras, como no caso do ICMS. Lucas Vos, filho de Willem, complementou mencionando que, no Brasil, muitas vezes, as soluções parecem mais complicadas que em outros lugares.
Mesmo com os desafios, o Moinho Wafers expandiu significativamente sua presença pelo País. Atualmente, os produtos estão disponíveis em aproximadamente 15 estados. A entrada na Casa Santa Luzia, em São Paulo, foi considerada um importante marco para o crescimento da empresa, funcionando como vitrine que impulsionou a popularidade do produto.
A pandemia da Covid-19 também teve um impacto positivo nas vendas. “As pessoas ficaram mais em casa, deram mais valor em investir numa coisa boa para comer”, pontua Willem. Apesar do momento inicial de incerteza, as vendas cresceram durante o período, com a demanda aumentando conforme os consumidores buscavam opções mais naturais e artesanais.
Mais recentemente, a enchente em maio de 2023 afetou a logística e o faturamento, embora a fábrica da Moinho Wafers não tenha sido diretamente atingida. Clientes e transportadoras enfrentaram dificuldades, resultando em interrupções nas entregas e na produção de matérias-primas.
Inicialmente, os desafios para a produção dos itens foram resolvidos com uma parceria com a empresa Daelmans, holandesa líder mundial na fabricação dos biscoitos, que contribuiu para a produção dos stroopwafels em grande escala. Esse parceiro se tornou sócio da empresa de Ivoti após cerca de 10 anos de colaboração. Durante esse período, a produção foi transferida do porão para um prédio adaptado, onde o artesanal se transformou em um processo semiautomático. Em 2012, quando a produção aumentou significativamente, Willem se juntou de forma definitiva ao negócio, deixando seu antigo trabalho em uma indústria de couro calçadista.
Em 2019, a empresa mudou para uma fábrica, onde está localizada até hoje, ainda em Ivoti. Quando trouxe o típico produto de seu país para o Brasil, Willem acreditava que os brasileiros iriam adorar - previsão que o empreendedor acredita ter acertado. Desde o início, ele diz que a aceitação foi unânime pelos consumidores.
Durante os 15 anos de trajetória do Moinho Wafers, Willem enfrentou diversos desafios que exigiram paciência e resiliência. Um dos principais aprendizados do holandês como empreendedor foi a necessidade de adaptação constante em um país complexo como o Brasil, como define. Thomas Daelmans, representante da Daelmans que chegou ao Brasil há três meses, destaca a importância da paciência ao lidar com a burocracia e com as mudanças frequentes nas regras, como no caso do ICMS. Lucas Vos, filho de Willem, complementou mencionando que, no Brasil, muitas vezes, as soluções parecem mais complicadas que em outros lugares.
Mesmo com os desafios, o Moinho Wafers expandiu significativamente sua presença pelo País. Atualmente, os produtos estão disponíveis em aproximadamente 15 estados. A entrada na Casa Santa Luzia, em São Paulo, foi considerada um importante marco para o crescimento da empresa, funcionando como vitrine que impulsionou a popularidade do produto.
A pandemia da Covid-19 também teve um impacto positivo nas vendas. “As pessoas ficaram mais em casa, deram mais valor em investir numa coisa boa para comer”, pontua Willem. Apesar do momento inicial de incerteza, as vendas cresceram durante o período, com a demanda aumentando conforme os consumidores buscavam opções mais naturais e artesanais.
Mais recentemente, a enchente em maio de 2023 afetou a logística e o faturamento, embora a fábrica da Moinho Wafers não tenha sido diretamente atingida. Clientes e transportadoras enfrentaram dificuldades, resultando em interrupções nas entregas e na produção de matérias-primas.
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Foco em novos mercados
Desde dezembro de 2023, a capacidade da fábrica da Moinho foi dobrada. Thomas, que veio para o Brasil para assumir o cargo de gerente de vendas, está focado em lançar a marca Daelmans no País, além de expandir a presença da Moinho na América Latina, com o objetivo de alcançar novos mercados.
Hoje, 15 anos depois de começar a produção em um porão, os empreendedores consideram os feedbacks positivos dos clientes a parte mais gratificante, destacando a diferença em vender um produto que entusiasma as pessoas. “Quando vim para o Brasil, trabalhava na indústria do couro, onde as pessoas não eram entusiasmadas. Hoje, fico feliz por vender um produto que as pessoas amam”, diz Willem.
Hoje, 15 anos depois de começar a produção em um porão, os empreendedores consideram os feedbacks positivos dos clientes a parte mais gratificante, destacando a diferença em vender um produto que entusiasma as pessoas. “Quando vim para o Brasil, trabalhava na indústria do couro, onde as pessoas não eram entusiasmadas. Hoje, fico feliz por vender um produto que as pessoas amam”, diz Willem.
Produzidos em Ivoti, os biscoitos típicos holandeses estão disponíveis em 15 estados brasileiros
Stéfani Rodrigues/Especial/JC
Recentemente, a empresa participou da Feira da Rosca e do Mel, em Ivoti, onde visitantes de diversas partes do Estado contaram que foram para a cidade especialmente para provar os biscoitos feitos na hora. A paixão pelo negócio levou Lucas a estudar Engenharia de Alimentos, buscando melhorar continuamente o produto.
Mesmo com parte da empresa sob comando da Daelmans, Willem considera o Moinho Wafers uma empresa familiar. Essa característica é fundamental, pois os valores familiares e o cuidado com os funcionários são aspectos importantes para o sucesso e a sustentabilidade do negócio, acredita o empreendedor. Thomas acrescenta que empresas familiares pensam no longo prazo, trabalhando para beneficiar as gerações futuras.