Primeiro andar era ocupado por 69 residentes e foi totalmente destruído após a cheia do Guaíba

Na retomada das atividades, Instituto Caldeira cria restaurante temporário e realoca empresas


Primeiro andar era ocupado por 69 residentes e foi totalmente destruído após a cheia do Guaíba

O Instituto Caldeira, localizado no 4º Distrito, teve seu primeiro andar inteiramente afetado pela enchente do mês de maio. No interior do prédio, as águas chegaram a ultrapassar os dois metros de altura, afetando todas as empresas localizadas no primeiro andar. O Caldeira retomou a operação nesta segunda-feira (10). De acordo com o instituto, 69 residentes ocupavam o pavimento e tiveram que ser realocados nos andares superiores do prédio para continuarem com as atividades.
O Instituto Caldeira, localizado no 4º Distrito, teve seu primeiro andar inteiramente afetado pela enchente do mês de maio. No interior do prédio, as águas chegaram a ultrapassar os dois metros de altura, afetando todas as empresas localizadas no primeiro andar. O Caldeira retomou a operação nesta segunda-feira (10). De acordo com o instituto, 69 residentes ocupavam o pavimento e tiveram que ser realocados nos andares superiores do prédio para continuarem com as atividades.
Marca da lama deixado pela enchente na recepção do instituto
Marca da lama deixado pela enchente na recepção do instituto TÂNIA MEINERZ/JC
O instituto teve que realizar adaptações para retornar com as atividades. “Fizemos uma série de iniciativas. Foram criadas mais de 200 posições de trabalho temporárias, onde podemos acomodar startups e empresas de pequeno e médio porte”, explica Pedro Valério, diretor executivo do Instituto Caldeira. Além disso, os residentes que tinham escritórios no andar afetado pela inundação foram realocados em salas adaptadas e até mesmo em espaços de outras empresas, que compartilharam suas estruturas no recebimento dessas outras organizações.
Além dos residentes, o primeiro andar do prédio abrigava espaços importantes como a Arena do Caldeira, que recebe muitos eventos, e a caldeira histórica do prédio, já desativada. Atualmente, cinco empresas realizam a limpeza do espaço e as equipes são separadas por zonas para dar conta da higienização completa do local.
Arena Caldeira, onde acontecem eventos do instituto
Arena Caldeira, onde acontecem eventos do instituto TÂNIA MEINERZ/JC


Com relação à retomada das atividades no primeiro pavimento, Pedro afirma que será realizada em fases. “Pretendemos, entre o fim de junho e início de julho, reinaugurar o espaço da Caldeira e o espaço da arena. Temos um cronograma de entregas e queremos ter, de fato, uma velocidade relevante, mas ainda vai depender, obviamente, da capacidade do instituto de angariar os recursos necessários para essa retomada”, relata o diretor.

No terceiro andar do instituto foi criado um restaurante provisório, batizado como RU do Caldeira, onde o instituto banca metade do valor do almoço. O espaço gastronômico Mule Bule, do Mercado Paralelo, está à frente do restaurante improvisado, desenvolvido para atender o local. Assim como diversos outros negócios, o Mule Bule também foi afetado pela enchente e, através dessa parceria com o instituto, segue operando no espaço.

Geração Caldeira

O Geração Caldeira é um programa do instituto destinado a jovens que queiram trabalhar no mundo da inovação e tecnologia. Após a enchente, o Caldeira lançou o De Volta Para Casa, uma ação junto aos jovens que já passaram pelo programa e foram atingidos pela cheia. Até o momento, o instituto já auxiliou 100 famílias afetadas pelas inundações. 

Mudanças e medidas

Mesmo com as dificuldades enfrentadas no ponto do 4º Distrito, o diretor executivo afirma que o Caldeira permanecerá na região. “Neste momento, não há chances de o instituto mudar; pelo contrário, o Caldeira nasceu em 2019 e escolheu o 4º Distrito, justamente, por entender as deficiências e desafios que acontecem nesta região e a oportunidade que uma instituição, com a articulação do Caldeira, poderia funcionar como um catalisador destas transformações”, afirma Valério, que garante que o hub seguirá às atividades no bairro.
De acordo com o diretor, as enchentes de maio acentuam a importância de organizações como o Caldeira reforçarem o seu compromisso em acelerar as transformações necessárias e ações concretas para o desenvolvimento da região.
No lado de fora, a água chegou aos três metros de altura.
No lado de fora, a água chegou aos três metros de altura. TÂNIA MEINERZ/JC

A partir disso, diretor executivo do Instituto Caldeira admite a necessidade de medidas urgentes de prevenção para que a história não se repita, como melhorias no sistema de drenagem, no que diz respeito à casa de bombas, avaliação e readequação da estrutura adequada das comportas, entre outras questões. “A gente acredita na possibilidade de praças de contenção, qualificação das galerias e isso tudo, obviamente, no que diz respeito a ações concretas que deveriam e podem ser endereçadas no curto espaço de tempo”, reflete.

Valério destaca que, apesar do episódio histórico trazer discussões, grande parte dos problemas já existia na região. “A questão dos alagamentos, por exemplo, já era uma situação recorrente do bairro”, comenta o diretor. “Entendemos que há um conjunto de iniciativas como a flexibilização de taxas como o IPTU, ITBI, ISSQN e alguns outros conjuntos de benefícios que, de alguma maneira, podem funcionar como catalisadores na atração de empresas, iniciativas e empreendimentos para o 4º Distrito”, conclui.

Informações gerais sobre o Instituto Caldeira

O instituto fica localizado na Tv. São José, n° 455, no bairro Navegantes. Atualmente, com o primeiro andar comprometido, o acesso deve ser feito pela rua Rua Frederico Mentz. O local funciona de segunda à sexta-feira das 8h30 às 18h.
 
 
 
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