Complicações logísticas causadas por bloqueios de vias foram bastante mencionadas pelos empreendedores

Governo divulga levantamento parcial de danos aos negócios afetados


Complicações logísticas causadas por bloqueios de vias foram bastante mencionadas pelos empreendedores

O Gabinete de Apoio ao Empreendedor, criado pelo governo do Estado e coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), apresentou o levantamento parcial das empresas que sofreram danos em razão das enchentes.
O Gabinete de Apoio ao Empreendedor, criado pelo governo do Estado e coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), apresentou o levantamento parcial das empresas que sofreram danos em razão das enchentes.
Os dados utilizados para mensurar os impactos foram extraídos do formulário preenchido pelos empreendedores. De 15 a 29 de maio, o documento registrou participação de 15,2 mil empresas gaúchas. O objetivo, com base nos resultados, é ter mais clareza para estruturar linhas de apoio ao setor empresarial.
Segundo dados preliminares, 61,5% dos empreendedores tiveram seu negócio muito impactado pelas enchentes, enquanto 37% não estão em operação. Outro dado que chama a atenção é que 85% das empresas não possuem qualquer tipo de seguro contra perdas ou danos.

O formulário separou os empreendimentos em agronegócio, comércio, indústria e serviços. No agro, o principal impacto relatado foi a perda parcial da produção, seguido de danos à infraestrutura das propriedades. No comércio, a pesquisa focou nas dificuldades logísticas, sendo que as estradas e acessos bloqueados foram as maiores dificuldades informadas.

O fechamento das vias também foi citado como um entrave pelo setor da indústria, com 50% das empresas destacando que o escoamento de seus produtos está em condição grave, mas factível com esforço adicional. O mesmo problema foi relatado pelo setor de serviços, que considera os acessos danificados como o principal impacto (56%).

O titular da Sedec, Ernani Polo, fez um apelo para que mais empreendedores preencham o formulário. "Precisamos do maior número possível de participantes para ter um melhor entendimento das perdas. Isso nos ajudará na formatação de linhas de crédito adequadas para o perfil de cada empresa”, destacou. 
Das 15,2 mil respostas ao formulário, 36,5% são de microempresas, que tiveram o maior número de participantes, seguidas pelos microempreendedores individuais (26%) e empresas de pequeno porte (23%).