No #explorar desta semana, empreendedores compartilham relatos da linha de frente no amparo às pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul

Empreendedores na linha de frente no RS

No #explorar desta semana, empreendedores compartilham relatos da linha de frente no amparo às pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul


Empreendedor atua em resgates em Porto Alegre

ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC

Hassann Akmed, empreendedor à frente empreendedor à frente do Grupo Prontosul e do Complexo Quintal Dona Irena, atuou em cerca de 50 resgates por dia na região bairro Humaitá.
“Estamos direto no Humaitá fazendo resgates. Primeiro começamos com caiaque e standup, depois fizemos uma vaquinha entre amigos, compramos um barco e começamos a acelerar os resgates. Nos juntamos com a Polícia Civil na Dom Pedro e começamos a fazer a organização de resgates desse ponto. Esqueci todas as empresas por pelo menos uns 10 dias, deixei tudo para a equipe resolver. Nem estamos contabilizando prejuízos, só queremos que tudo passe. Sou um cara muito preparado fisicamente e mentalmente. Sabia que seria um caos, e não é todo mundo que aguenta. Pratico vários esportes aquáticos, então, tenho facilidade com isso. Todo mundo quer ajudar, e isso é muito legal, mas cada um tem que ir para a área onde é mais produtivo. É como administrar uma empresa, ver qual a melhor qualidade da pessoa e direcionar ela. Tudo é linha de frente. Não é porque estamos dentro d’água que tem uma maior ou menor importância. Temos equipe na parte de acolhimento, no abrigo, na parte médica, está tudo muito organizado aqui no Humaitá, mas sabemos que não é realidade de todos os lugares. Precisa de muita organização. Tem vindo muita doação, mas se for de forma desorganizada a ajuda não vai ser efetiva. Vai ter que ter muita iniciativa governamental, muita ajuda de grandes empresários, porque se não vai ser um resultado pior que da Covid.”

Rede distribui 2 mil marmitas por dia em Lajeado

QUIERO CAFÉ/DIVULGAÇÃO/JC
Matheus Fell, sócio-fundador da Quiero Café, conta sobre a produção de marmitas em Lajeado, onde tem duas unidades. Os pontos não foram atingidos, mas a cidade foi duramente afetada.

“Assim como na enchente de setembro de 2023, mobilizamos o time e tentamos fazer um movimento legal para ajudar. Não resolver, mas minimizar alguns problemas de todo esse caos. Na semana passada, fomos passando de porta em porta levando produtos de limpeza, de higiene. Em função das chuvas, os rios começaram a subir novamente e muitas das casas que tínhamos levado mantimentos começaram a encher. Isso está deixando uma tensão, atrapalha a esperança e a fé das pessoas, sentimento de que o trabalho foi em vão. Estamos atuando na frente de produção de marmitas, começamos fazendo na nossa estrutura na loja e na franqueadora. Depois, para aumentar a capacidade produtiva, nos unimos com um clube da cidade que cedeu espaço para gente somando esforços com muitos voluntários. Teve dia que chegamos a produzir 2 mil marmitas. Acho que é nesse momento que a gente como líder, independente da situação adversa, tem que motivar as pessoas. Muitas vezes, não estamos bem e precisamos entregar um sorriso e fé. Vemos líderes que foram diretamente impactados nos seus negócios e ainda assim estão ajudando causas. Não é nada diferente do que um líder precisa ser no seu dia a dia.”