Atentos às novas demandas do mercado, Susana Kakuta, Juliana Suzin e Alsones Balestrin lançaram, nesta quinta-feira (21) durante o South Summit, a Startup Academy. A edtech conta com investimento da Atitus Educação e tem como objetivo oferecer aos estudantes um curso de graduação ágil, com duração de dois anos, focado na construção de uma startup.
Com mais de 20 anos de experiência na educação voltada ao empreendedorismo e à inovação, os cofundadores da Startup Academy perceberam um gap de mercado no que diz respeito à formação de Ensino Superior. "Estávamos percebendo essa grande distância entre o que o mercado da educação superior oferece e o que essa nova geração - ou quem está precisando requalificar sua formação - precisa. Fatores como tempo, prática e tecnologia que, no universo tradicional do ensino superior, são pouco considerados", avalia Susana, cofundadora da iniciativa.
Assim, surgiu a Startup Academy, primeiro curso superior certificado pelo Ministério da Educação (MEC) com foco na formação de novos empreendedores a partir de uma metodologia orientada à criação de startups. "Nossa proposta é oferecer um curso que faça sentido para quem está ingressando, garantindo empregabilidade e mudança de mindset, para que as pessoas tenham segurança que, ao final da jornada, conseguirão colocar o seu negócio de pé", define Juliana, cofundadora e CEO da Startup Academy, garantindo que, ao término de 24 meses, o aluno sairá com um diploma reconhecido e um negócio escalável. A Startup Academy faz parte das novidades do projeto de expansão da nova Escola de Negócios e Tecnologia da Atitus Educação, que investirá, até 2027, R$ 100 milhões com o objetivo de oferecer aos alunos uma formação conectada com o dia a dia.
Como funciona para ingressar na Startup Acadmey
O primeiro curso disponibilizado pela edtech é Startup Business: Gestão de Negócios Inovadores. O objetivo é que, até 2027, chegue a 10 o número de cursos da inciativa. Seguindo as premissas do MEC, os alunos podem ingressar utilizando a nota do Enem ou uma redação em que relatem seus objetivos com a formação. As aulas são realizadas de forma virtual e complementadas por encontros presenciais nos hubs parceiros da edtech distribuídos pelo Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo. "Unimos o melhor do híbrido com a flexibilidade de ter o presencial. O conteúdo será totalmente remoto, mas vamos promover, com todos os parceiros, eventos e talks que estarão nos hubs no Brasil inteiro. As pessoas, conforme sua proximidade e possibilidade, podem estar presencialmente conosco. Mas parte de 90% do curso pode ser feito de forma remota", explica Juliana.
O foco na experiência remota, garante Susana, faz parte da estratégia de ampliar horizontes, premissa da Startup Academy. "Não somos uma edtech do Rio Grande do Sul. Nosso projeto inicia no Brasil, e queremos expandir especialmente para América Latina e países de língua portuguesa. Até 2027, estaremos internacionalizados sem dúvidas nenhuma", projeta a cofundadora. A fim de atender esse propósito de uma formação sem fronteiras, a Startup Academy firmou parceria com plataforma global Coursera. Desta forma, os alunos poderão complementar seus estudos por meio de conteúdos extracurriculares ofertados por instituições de ensino superior de diferentes países. "A nossa parceria com a Coursera resolve um dos principais pontos de expectativa de um aluno de ensino superior, que é a possibilidade de customizar sua carreira e de forma global", acredita Susana. A cofundadora acredita que a proposta de ressignificar o Ensino Superior é desafiadora, mas encontrará receptividade no mercado. "Sabemos que toda inovação, quanto mais radical, mais impacto tem no mercado, considerando um tempo de maturação. O que estamos fazendo é muito diferente, então acreditamos que muita gente vai entender de cara nossa linguagem, mas existem aqueles que vão buscar compreender. Estamos tão disruptivos em relação ao tradicional que é uma quebra de paradigmas", avalia Susana.
A CEO da Startup Academy também destaca que a ideia encontra afinidades com o perfil de quem, hoje, está saindo da escola para encarar novos desafios. "Estamos muito em contato com o Ensino Médio e vemos muitos alunos falando sobre nova economia, startups, mas não sabem bem por onde começar. Enxergam o empreendedorismo como uma possibilidade de carreira, mas não tem nada explícito que mostre para eles como fazer. A gente vem para educar esse mercado", garante Juliana, reforçando a importância do Ensino Superior. "Hoje, vemos que as startups de sucesso têm por trás um CEO com uma formação sólida. Queremos reforçar essa tese para os empreendedores que a educação continua sendo importante, ela abre portas", afirma.