Ao perceber que novas demandas no mercado de comunicação estavam surgindo por conta dos avanços tecnológicos, a empreendedora Flávia Peres resolveu agir. Pensando em se diferenciar da concorrência, ela fundou, em 2023, a Euvatar Storyliving, empresa gaúcha de tecnologia e comunicação especializada em narrativas inovadoras baseada em Pelotas. Em 2024, a empresa ganhou notoriedade nacional ao criar um avatar do histórico escritor Machado de Assis, lançado no início do mês na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro.
Euvatar Storyliving
Flávia era proprietária de uma agência tradicional de comunicação, mas passou a se incomodar com a maneira com que os processos eram feitos neste mercado. “Entendi que o atendimento ao cliente estava um pouco saturado. Sempre com a mesma fórmula. Por outro lado, via que o avanço tecnológico estava trazendo novos formatos de comunicação e novas necessidades”, afirma a CEO da Euvatar.
Por ser uma estudiosa do meio tecnológico aplicado à comunicação, Flávia conheceu o conceito de storyliving - uma brincadeira com o termo storytelling - , que busca proporcionar aos receptores uma experiência mais imersiva com as histórias que estão sendo apresentadas a eles. A empreendedora, então, passou a estudar e desenvolver habilidades em realidade aumentada e novas tecnologias para aplicá-las na comunicação, principalmente em campanhas de marketing.
“Através das redes sociais, conseguimos interagir com a mensagem que nos é passada. Chamamos de Web 2, que é quando há uma interação com a mensagem através dos canais digitais. Só que estamos avançando para um outro momento, em que nós nos apropriamos da mensagem. Com a tecnologia, essa mensagem vai ser mais imersiva, então não seremos apenas receptores, nós seremos agentes ativos nesse contexto”, afirma Flávia.
Então, com a ideia em mente, a empreendedora passou a explorar os recursos de realidade aumentada disponíveis na época. Em 2020, seu sonho era criar um aplicativo capaz de escanear o rosto do usuário e transformá-lo em um avatar. Para isso, ela se conectou com uma desenvolvedora do Cazaquistão e o projeto foi um sucesso. Por ser da área da Comunicação e da Tecnologia, Flávia passou a comunicar e divulgar seus avanços, algo que, segundo ela, é uma grande dificuldade dos dois mercados.
Euvatar Storyliving
Flávia era proprietária de uma agência tradicional de comunicação, mas passou a se incomodar com a maneira com que os processos eram feitos neste mercado. “Entendi que o atendimento ao cliente estava um pouco saturado. Sempre com a mesma fórmula. Por outro lado, via que o avanço tecnológico estava trazendo novos formatos de comunicação e novas necessidades”, afirma a CEO da Euvatar.
Por ser uma estudiosa do meio tecnológico aplicado à comunicação, Flávia conheceu o conceito de storyliving - uma brincadeira com o termo storytelling - , que busca proporcionar aos receptores uma experiência mais imersiva com as histórias que estão sendo apresentadas a eles. A empreendedora, então, passou a estudar e desenvolver habilidades em realidade aumentada e novas tecnologias para aplicá-las na comunicação, principalmente em campanhas de marketing.
“Através das redes sociais, conseguimos interagir com a mensagem que nos é passada. Chamamos de Web 2, que é quando há uma interação com a mensagem através dos canais digitais. Só que estamos avançando para um outro momento, em que nós nos apropriamos da mensagem. Com a tecnologia, essa mensagem vai ser mais imersiva, então não seremos apenas receptores, nós seremos agentes ativos nesse contexto”, afirma Flávia.
Então, com a ideia em mente, a empreendedora passou a explorar os recursos de realidade aumentada disponíveis na época. Em 2020, seu sonho era criar um aplicativo capaz de escanear o rosto do usuário e transformá-lo em um avatar. Para isso, ela se conectou com uma desenvolvedora do Cazaquistão e o projeto foi um sucesso. Por ser da área da Comunicação e da Tecnologia, Flávia passou a comunicar e divulgar seus avanços, algo que, segundo ela, é uma grande dificuldade dos dois mercados.
“Passei a falar sobre esse novo momento da Comunicação. Dessa questão de autonomia do receptor da mensagem. Percebi a tecnologia cada vez mais presente em todas as áreas, mas vi que as áreas não estão prontas para receber a tecnologia, sobretudo na área da Comunicação. E o pessoal da Tecnologia, embora a comunicação também faça parte de todas as demais áreas, ainda tem essa dificuldade em se comunicar”, explica.
Mesmo sem um produto específico para vender, muitas empresas passaram a procurar Flávia interessadas no conceito. Assim, ela passou a desenvolver alguns produtos, o que transformou seu negócio em uma espécie de laboratório de Comunicação e Tecnologia. Em 2023, a empresa passou a se chamar Euvatar Storyliving oficialmente e segue com esse ideal experimental. Atualmente, conta com um time de desenvolvedores com integrantes do Cazaquistão, Alemanha, México e Brasil. “Esse time atua à mercê da criatividade, ou seja, todo o produto parte de uma ideia e, a partir disso, vemos se é possível criá-la ou não com as ferramentas tecnológicas que temos. De um lado, damos a mão para o pessoal da comunicação, trazendo a tecnologia. Do outro, para o pessoal da tecnologia trazendo a visão de comunicação”, afirma Flávia.
Mesmo sem um produto específico para vender, muitas empresas passaram a procurar Flávia interessadas no conceito. Assim, ela passou a desenvolver alguns produtos, o que transformou seu negócio em uma espécie de laboratório de Comunicação e Tecnologia. Em 2023, a empresa passou a se chamar Euvatar Storyliving oficialmente e segue com esse ideal experimental. Atualmente, conta com um time de desenvolvedores com integrantes do Cazaquistão, Alemanha, México e Brasil. “Esse time atua à mercê da criatividade, ou seja, todo o produto parte de uma ideia e, a partir disso, vemos se é possível criá-la ou não com as ferramentas tecnológicas que temos. De um lado, damos a mão para o pessoal da comunicação, trazendo a tecnologia. Do outro, para o pessoal da tecnologia trazendo a visão de comunicação”, afirma Flávia.
O avatar do Machado de Assis na ABL
Neste ano, em uma parceria com a Academia Brasileira de Letras (ABL) e a agência de comunicação Holding In.pacto, a Euvatar Storyliving fez um trabalho que foi destaque nos principais portais de notícias do País. A empresa pelotense foi responsável por dar forma e voz a Machado de Assis através de um avatar.
Em um processo realizado com base na Inteligência Artificial, o avatar do escritor é encarregado de receber o público durante nas visitas guiadas à sede da ABL, no Rio de Janeiro. Além disso, ele é capaz de conversar e responder perguntas. Ou seja, quem sempre sonhou em ouvir da boca do próprio Machado se a Capitu traiu ou não o Bentinho, agora terá essa oportunidade.
Em um processo realizado com base na Inteligência Artificial, o avatar do escritor é encarregado de receber o público durante nas visitas guiadas à sede da ABL, no Rio de Janeiro. Além disso, ele é capaz de conversar e responder perguntas. Ou seja, quem sempre sonhou em ouvir da boca do próprio Machado se a Capitu traiu ou não o Bentinho, agora terá essa oportunidade.
Flávia conta que, para a empresa, esse trabalho foi de extrema importância, não só pela notoriedade que recebeu, mas por retratar a essência da Euvatar Storyliving. “Acredito que tenha sido um marco para a história da empresa. Embora a gente tenha feito trabalhos importantes para outras marcas também, acho que esse conseguiu traduzir a própria empresa, misturando a arte com tecnologia”, afirma.
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Para a criação do avatar, a empresa trabalhou em conjunto com a Academia Brasileira de Letras em todo o processo. Por se tratar de um personagem histórico, todos os cuidados éticos e legais foram tomados. A própria ABL disponibilizou seu acervo, com as obras de Machado de Assis, para que as respostas oferecidas pelo avatar fossem as mais fiéis possíveis. “Como é um personagem que já existe, foi preciso tomar alguns cuidados. Todo o material utilizado teve como base o próprio acervo fornecido pela Academia e tudo foi conferido pelos próprios acadêmicos. Tivemos até uma sequência de testes para garantir que o personagem iria conseguir responder certas coisas”, explica Flávia.
Um desafio encontrado pela empresa foi a aparência do avatar. Apesar de ser um personagem histórico, poucas fotos de Machado de Assis estão presentes no acervo. “Temos um acervo de cerca de dez fotos de Machado, e, em cada uma, ele aparece com um rosto diferente. Então, fizemos uma integração de todas essas fotos para criar uma imagem unificada de Machado de Assis”, conta a CEO.
Além disso, uma questão historicamente recorrente acerca da aparência do autor foi levantada: a cor de sua pele. Alguns internautas demonstraram incômodo com a tonalidade da pele do avatar, acusando a empresa e a ABL de embranquecer o autor. “Quem for presencialmente na Academia Brasileira de Letras, vai ver que esse avatar não é branco. O primeiro vídeo publicado pela academia tem um reflexo muito forte na tela, nós solicitamos, inclusive, que a academia fizesse um outro vídeo para mostrar o avatar, como ele é de fato", afirma Flávia.
Um desafio encontrado pela empresa foi a aparência do avatar. Apesar de ser um personagem histórico, poucas fotos de Machado de Assis estão presentes no acervo. “Temos um acervo de cerca de dez fotos de Machado, e, em cada uma, ele aparece com um rosto diferente. Então, fizemos uma integração de todas essas fotos para criar uma imagem unificada de Machado de Assis”, conta a CEO.
Além disso, uma questão historicamente recorrente acerca da aparência do autor foi levantada: a cor de sua pele. Alguns internautas demonstraram incômodo com a tonalidade da pele do avatar, acusando a empresa e a ABL de embranquecer o autor. “Quem for presencialmente na Academia Brasileira de Letras, vai ver que esse avatar não é branco. O primeiro vídeo publicado pela academia tem um reflexo muito forte na tela, nós solicitamos, inclusive, que a academia fizesse um outro vídeo para mostrar o avatar, como ele é de fato", afirma Flávia.