Ainda em 2024, a indústria gaúcha de salgadinhos deve migrar para uma nova fábrica para atender a produção das novas opções

Há 76 anos no mercado, Pastelina produz 25 mil pacotes por dia e prepara lançamento de novos sabores


Ainda em 2024, a indústria gaúcha de salgadinhos deve migrar para uma nova fábrica para atender a produção das novas opções

Clássico gaúcho, a Pastelina celebra, em 2024, 76 anos de presença no mercado. A marca de salgadinhos, que produz 25 mil pacotes diários, está em fase de preparação para um novo momento de sua história. Ainda neste ano, a fábrica, que fica no bairro Floresta desde a criação da marca, migrará para um novo espaço, dobrando a capacidade de produção. A expansão se dá em razão dos novos lançamentos. Em abril, além da versão tradicional e da integral, os sabores queijo, bacon e salsa chegarão às gôndolas dos supermercados. O objetivo é manter a marca atualizada e em constante renovação.  
Clássico gaúcho, a Pastelina celebra, em 2024, 76 anos de presença no mercado. A marca de salgadinhos, que produz 25 mil pacotes diários, está em fase de preparação para um novo momento de sua história. Ainda neste ano, a fábrica, que fica no bairro Floresta desde a criação da marca, migrará para um novo espaço, dobrando a capacidade de produção. A expansão se dá em razão dos novos lançamentos. Em abril, além da versão tradicional e da integral, os sabores queijo, bacon e salsa chegarão às gôndolas dos supermercados. O objetivo é manter a marca atualizada e em constante renovação.  
Marcelo Gonçalves, CEO da Pastelina que atua há cerca de 20 anos na empresa, afirma que o momento da marca é de expansão, movimento que vem para atender a demanda trazida pelos consumidores. "A Pastelina é uma empresa que já ultrapassou seus 75 anos. Não é uma empresa aventureira. Procuramos sempre dar uma atenção especial para o nosso cliente. Em breve, vamos lançar Pastelina Sabores. Vamos ter mais três itens para completar a família Pastelina de forma bem mais ampla e atendendo o pedido do nosso consumidor", afirma Marcelo,  que a mudança é estratégica para manter a marca competitiva. "Hoje, temos vários concorrentes. Tem que procurar o diferencial na qualidade do produto agregada ao atendimento. Não pode perder espaço no mercado. Nos mantivemos sempre competitivos, mas não queríamos que a nossa história ficasse perdida em um único produto. E nossos clientes e apreciadores começaram a pedir para inovarmos. Então, foi atendendo essa demanda", conta sobre os novos sabores. 
TÂNIA MEINERZ/JC

Mais sabores, nova fábrica

Para dar conta do novo volume de produção com a chegada das novas versões, a Pastelina se prepara para sair do endereço que ocupa desde sua inauguração. "Em 2024, teremos uma fábrica nova com maquinário novo, mais moderno. Hoje, nossa máquina empacota cerca de 500 fardos por dia, e estamos comprando uma que vai chegar a 950, vai praticamente dobrar. Estamos em negociação com espaços para construir uma fábrica em torno de 2,5 mil m²", revela o CEO, afirmando que ainda não se sabe se a marca seguirá em Porto Alegre ou migrará para a Região Metropolitana. "É um ano de grandes mudanças, de grandes investimentos. A nova administração da Pastelina está buscando perdurar a imagem da empresa, porque ela estava entrando numa ideia melancólica, de só ir para pessoas a partir dos 35 e 40 anos. Estamos resgatando que a Pastelina é do jovem em diante." 
Apesar do foco na inovação, Marcelo garante que poucas mudanças aconteceram no produto ao longo de sete décadas. Na receita, que leva farinha de trigo, sal, água e óleo vegetal, apenas duas alterações: o óleo de soja deu lugar ao de palma e o sal foi reduzido, mudanças que têm como objetivo deixar o produto mais saudável. "Não usamos nenhum tipo de conservante. Tem um cuidado e se aproxima de todos os índices mais naturais possíveis. Reduzimos em torno de 20% do sódio. A gente se preocupa e só vamos continuar crescendo se continuarmos com essa política", acredita o CEO.

De olho no mercado de Santa Catarina

Presente em 8 mil pontos de venda no Rio Grande do Sul, a Pastelina mira, além do crescimento fabril, a expansão de vendas. "Estamos desbravando o mercado catarinense, com algumas parcerias de grandes redes", conta Marcelo, destacando que, apesar do crescimento, o que mais o orgulha é uma cena do cotidiano. "Não tem alegria maior que estar no supermercado e ver quando a pessoa chega na gôndola, pega o produto e coloca no carrinho. Isso dá um orgulho", afirma. A venda para grandes redes, no entanto, não é o único foco da Pastelina. O CEO da empresa conta que há muitas vendas para varejistas menores e que todas essas frentes são valorizadas. "A Pastelina tem, dentro de sua política e sua história, o cliente que compra um fardinho e o que compra 1 mil fardos. Para nós, tem o mesmo valor. Pode não ter o mesmo peso, mas temos a mesma consideração."
 A relação com a clientela, salienta, é um dos alicerces da marca. "Não adianta ter um bom nome. Não podemos esquecer que quem nos fez chegar até aqui é o nosso público. Isso nos traz um orgulho muito grande e uma responsabilidade com o nosso consumidor", avalia Marcelo.
TÂNIA MEINERZ/JC

Tradição que se renova

Hoje, Augusto Nogueira é o único proprietário da marca, que tem Marcelo na linha de frente da gestão. "Nos anos 1960, houve a venda e saiu da família. A empresa era de dois portugueses que trouxeram a receita", recapitula o CEO sobre a história da empresa. Nesta data, Augusto comprou a marca junto de dois sócios, que saíram da Pastelina em 2021. Para o CEO, que começou como vendedor e foi alçando posições ao longo de 20 anos, a marca representa um sonho realizado. "A Pastelina faz parte da minha vida, da minha história. Sou apaixonado pela empresa que eu carrego a bandeira", afirma. 
A Pastelina fechou 2023 em crescimento, como afirma Marcelo, que atribui os resultados positivos à relação com os consumidores. "O principal combustível desse crescimento é o respeito ao nosso cliente. Sem ele, pode ter a melhor marca, que não se tem nada", garante o CEO, orgulhoso da sua trajetória pessoal dentro da marca. "O que mais me dá orgulho é representar uma empresa com 76 anos cujo maior patrimônio são os clientes. O resumo de tudo é orgulho, responsabilidade, respeito e valorização de  todos: da empresa, do produto, dos parceiros e do cliente. Só assim iremos buscar ultrapassar mais 75 anos", projeta.