A inovação não está restrita apenas a grandes empresas tecnológicas. No esporte, um novo formato vem ganhando espaço entre atletas e pessoas que buscam resultados em um menor período de tempo: a aquabike. A modalidade consiste na união entre ciclismo e esportes aquáticos. Em 2018, o Body Lounge Claudia Fachin trouxe a tecnologia para Porto Alegre, sendo o primeiro centro de treinamento da América Latina com aquabike.
"Sempre quis ser pioneira em alguma coisa na atividade física", ressalta Claudia. Em 2017, o centro foi o primeiro a trabalhar com eletroestimulação no Brasil, garante a empreendedora. Após alguns anos, sentiu a necessidade de trazer uma novidade para o estúdio, e foi durante uma feira de trabalho em Miami que conheceu a aquabike. "Queria algum aeróbico que efetivamente fizesse a diferença na vida das pessoas, sem ser esteira ou bicicleta, coisas comuns que as pessoas encontram no dia a dia", lembra.
Como funciona a aquabike
A prática ocorre por meio do ciclismo submerso. Em alguns centros, é possível encontrar a modalidade em piscinas, porém, no caso da Body Lounge, trata-se de um tanque de 350kg, com 16 jatos direcionados. A cápsula inicia vazia e enche aos poucos, com água em temperatura aquecida, em torno de 28ºC. Conforme se pedala, a temperatura da água sobe, podendo chegar até 38ºC.
Um dos principais destaques da aquabike, como explica Claudia, é a capacidade de personalizar a prática para as necessidades individuais de cada pessoa. Os jatos, por exemplo, podem ser ajustados para diferentes posições, fazendo pressão e gerando força em locais estratégicos. "Nós temos um aluno cadeirante aqui, realizamos uma reabilitação com fortalecimento de membros inferiores. Prendemos os pés dele nos pedais e direcionamos os jatos para a parte de baixo do corpo, tirando a pressão da frente e aumentando a de trás. Isso faz com que as pernas dele se mexam e ele pedale sem nem perceber, reforçando a musculatura das pernas", descreve. "Hoje, ele largou a cadeira de rodas e anda só com o andador", acrescenta.
Atletas de diferentes esportes também são um público fiel da modalidade. Nomes como Anderson Águia, tetra campeão mundial de Futvôlei, e Paulo Miranda, ex-jogador do Grêmio, utilizam a aquabike em busca de um melhor condicionamento físico. "O atleta, normalmente, trabalha livre, não está acostumado a trabalhar submerso. O foco aqui é trabalhar a respiração do atleta, reforçando cardio, pulmonar, resistência e força", explica Cláudia. A modalidade não tem restrições e pode ser praticada por crianças, idosos e gestantes. "É uma atividade dentro da água, de baixo impacto, então podemos dosar o treinamento para quem quiser", afirma.
As aulas têm duração de 1 hora e são acompanhadas por um profissional durante todo o tempo. O estúdio conta com aulas avulsas, por R$ 150,00, planos mensais, que partem de R$ 500,00, e trimestrais, no valor de R$ 1,4 mil. Os treinos com a aquabike ocorrem apenas nas terças e quintas-feiras, pois, como define Cláudia, a cápsula é o xodó da casa. "Brinco que coloco ela para trabalhar só duas vezes por semana para conservação. É uma tecnologia polonesa, foi um ano e dois meses só para trazer ela de lá. Não tem nenhum técnico próximo que seja especializado, não tem peças, então qualquer manutenção é muito difícil", admite.
Informações gerais sobre a Body Lounge Claudia Fachin
A aquabike está disponível na unidade do bairro Moinhos de Vento, localizada na rua Dr. Florêncio Ygartua, nº 288, que opera de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 20h30min. A Body Lounge também tem uma sede na avenida Senador Tarso Dutra, nº 595, no bairro Petrópolis, que segue os mesmos horários de atendimento.