Cada pacote leva 30 gyozas e o cardápio conta com seis opções de sabores, com valores partem de R$ 55,00

Com receita tradicional do Japão, casal produz gyozas em Porto Alegre


Cada pacote leva 30 gyozas e o cardápio conta com seis opções de sabores, com valores partem de R$ 55,00

O gosto pela culinária surgiu muito cedo na vida de Kenji Itakura. Apesar de ter nascido em solo brasileiro, foi criado em meio aos sabores e temperos japoneses do pai, Shun Itakura, que foi chef de cozinha no Japão. Hoje, Kenji leva adiante as receitas da família ao lado da esposa Jaqueline Freitas, com quem comanda a Gyoza Handmade, marca de gyozas 100% artesanais.
O gosto pela culinária surgiu muito cedo na vida de Kenji Itakura. Apesar de ter nascido em solo brasileiro, foi criado em meio aos sabores e temperos japoneses do pai, Shun Itakura, que foi chef de cozinha no Japão. Hoje, Kenji leva adiante as receitas da família ao lado da esposa Jaqueline Freitas, com quem comanda a Gyoza Handmade, marca de gyozas 100% artesanais.
O casal se conheceu em 2018, enquanto trabalhavam juntos em uma mesma operação - Kenji na cozinha e Jaqueline no bar. Por um tempo, seguiram apostando nas áreas que já tinham familiaridade e atuando com consultorias especializadas para bares e restaurantes. Com a chegada da pandemia em 2020, tiveram de se reinventar. “Estava no processo de entrar em um novo restaurante e, com a pandemia, fomos os dois dispensados. Foi aí que começamos com os gyozas”, lembra Jaqueline.
De forma despretensiosa, o casal passou a fazer as gyozas junto com a mãe de Kenji, que vendia pequenas quantidadespara amigos e familiares. “Ela fazia o suíno, mas vendia em casos bem pontuais, e começamos a fazer junto com ela. Na primeira leva, fizemos seis pacotes. O Kenji compartilhou no Instagram e em 10 minutos já vendemos todos”, rememora a empreendedora. “Desde a primeira venda que fizemos, corremos atrás para dar conta de atender porque sempre temos encomenda. Nunca passamos uma semana sem encomenda, mesmo que quiséssemos dar uma pausada, sempre tinha pedido”, acrescenta.
Com o aumento da demanda, a cozinha de casa ficou pequena para o negócio e a dupla passou a alugar uma cozinha na Associação da Cultura Japonesa de Porto Alegre. “Eu estava com um barrigão de grávida e a gente seguia produzindo, quase 15h, 16h de produção por dia. Mas foi muito legal esse período porque as pessoas compartilhavam muito, chamavam, diziam que todos os amigos estavam comendo e também queriam”, destaca Jaqueline. O casal permaneceu no local até 2021, quando Olívia nasceu e os sócios voltaram com as produções em casa por conta da pequena.
Joice Cunha/Divulgação/JC
Atualmente, são seis sabores de gyoza no cardápio: vegetariano com tofu, cogumelos com tofu, suíno, camarão, carne de costela e frango. Cada pacote leva 30 gyozas e os valores partem de R$ 55,00. Encomendas devem ser realizadas pelo Instagram (@gyoza.handmade) ou WhatsApp (51) 9118-9059 com uma semana de antecedência. Vale destacar que a dupla não vende os itens por unidade, sendo o pacote mínimo com três dezenas. “Tem muita gente que pede, que insiste, mas o mínimo no pacote são 30 unidades por conta do custo, senão teríamos prejuízo e não faria sentido”, explica.
Além da venda para o cliente final, a Gyoza Handmade também fornece os itens congelados para alguns restaurantes de Porto Alegre, como o Niko Sushi Club, que abriu recentemente na Galeria Casa Prado, no bairro Moinhos de Vento, e para Região Metropolitana, como o Aloha Sushi, no centro de Gravataí.
Em uma nova jornada, o casal acaba de adquirir o Suika Sushi, restaurante japonês localizado na rua São Luís, nº 526, no bairro Santana. O objetivo da dupla é manter a operação e cardápio do Suika, famoso pelo burrito de sushi e que já tem uma clientela fiel, mas o espaço também servirá como cozinha para produção e ponto de entrega das gyozas. “Apesar de estarmos há pouco tempo no Suika e termos feito pouquíssimas mudanças, já sentimos o resultado no faturamento”, ressalta Jaqueline, que se orgulha da trajetória trilhada ao lado do marido. “Já trabalhamos muito de madrugada, sem dormir, já foi uma loucura, mas hoje estamos num ritmo melhor. Para o nosso relacionamento foi muito bom, ficamos orgulhosos um do outro e damos muito certo trabalhando juntos”, destaca.
“Nós vemos que cada um na sua área - eu na cozinha e ela no administrativo - faz as coisas darem certo. Empreender é difícil, um desafio, e a cozinha é uma profissão muito cansativa, eu reclamo, mas gosto dessa adrenalina, é a única coisa que sei fazer. Me deixa muito feliz ver outras pessoas apreciando a comida que eu fiz”, revela Kenji.