Foram mais de 10 anos trabalhando como recrutadora para outras empresas até que Luciana Ditter Azevedo, 31 anos, decidiu que era a hora de um novo desafio. Apaixonada pelo setor, mas com o sonho de ditar as próprias regras, Luciana se demitiu para começar o próprio negócio. Hoje, está à frente da WeCollab, plataforma que oferece a possibilidade de candidatos avaliarem os processos seletivos de empresas.
A vontade de empreender sempre fez parte da vida de Luciana, mas a coragem só tomou frente quando a jovem passou a se questionar o porquê das empresas não buscarem melhorar um processo tão importante. “A ideia surgiu do meu anseio em dar voz às pessoas. Trabalhei por anos com recrutamento, então eu sabia de todas as etapas do processo seletivo, sabia o que acontecia”, declara Luciana.
A vontade de empreender sempre fez parte da vida de Luciana, mas a coragem só tomou frente quando a jovem passou a se questionar o porquê das empresas não buscarem melhorar um processo tão importante. “A ideia surgiu do meu anseio em dar voz às pessoas. Trabalhei por anos com recrutamento, então eu sabia de todas as etapas do processo seletivo, sabia o que acontecia”, declara Luciana.
A WeCollab nasce com o objetivo de mudar esse cenário, garante a empreendedora. "Quando digo que é uma espécie de Reclame Aqui, as pessoas entendem, mas não é só um lugar para reclamar. As empresas vão ter acesso ao conteúdo, vão poder responder. A ideia é que seja algo genuíno, uma troca entre as empresas e os candidatos", explica Luciana.
A plataforma foi lançada oficialmente em agosto e, em menos de cinco meses no ar, coleciona mais de 400 avaliações de candidatos. Os usuários podem realizar quantas avaliações quiserem, sem nenhum custo, basta preencher o formulário disponibilizado no site, que conta com 23 perguntas. Já para as empresas, o benefício, considera Luciana, se dá pelo relatório que será disponibilizado com todas as avaliações já feitas sobre a marca. "Hoje, as empresas até encaminham para uma avaliação após o processo seletivo, mas é uma avaliação da empresa, então imagina o receio do candidato de dar a sua opinião verdadeira e ser prejudicado. Isso acaba sendo ruim tanto para o candidato quanto para a empresa, que não vai receber um feedback tão justo. A WeCollab é algo separado da empresa, mas que reúne e disponibiliza todas essas informações", expõe.
Todas as avaliações são analisadas pela própria empreendedora, que repassa os comentários para a página da empresa na plataforma. Esse processo, por enquanto, é feito manualmente, mas o objetivo é que, em breve, a etapa seja automatizada. O custo para as empresas terem acesso aos dados completos varia de acordo com a quantidade de avaliações. "Se uma empresa tem mil avaliações lá, é definido um valor para ela ter acesso às avaliações, mas não será o mesmo que uma empresa pequena, que vai receber menos avaliações, pois não seria justo", pondera Luciana, que reforça: dados pessoais dos usuários não são compartilhados com as empresas avaliadas. "A empresa terá acesso à avaliação, claro, ao cargo e à vaga para que o candidato fez a entrevista, sem nenhuma informação pessoal", acrescenta.
Luciana lembra que não foi tão fácil dar vida a plataforma. Os custos para criar e lançar o site estavam acima do seu orçamento. Foi então que Andrey D’Almeida, atual sócio e investidor da WeCollab, entrou na jogada “Ninguém acredita na nossa ideia enquanto ela é um girino, mas ele está apostando muito, que a WeCollab terá, e já tem, um futuro”, declara Luciana sobre o sócio que investiu R$ 50 mil para lançar a plataforma.
Para o futuro, o plano da empreendedora é criar um aplicativo da WeCollab, além de seguir atualizando a plataforma e tornando-a cada vez mais colaborativa. "Nós nos posicionamos como defensores dos interesses do candidato que, nessa linha, é a ponta mais frágil. Temos uma grande movimentação no LinkedIn, com quase 10 mil seguidores, tudo orgânico", orgulha-se Luciana.