Morador de Capão da Canoa há oito anos, Adilson Tomazi tem o empreendedorismo no sangue. Desde 2016, o jovem está no comando do Quiosque do Vavazão, espaço na beira da praia com drinks, cerveja, petiscos e atrações musicais.
Os responsáveis por dar início ao que se tornaria o negócio da família foram Vanderlei e Valdecir Tomazi, pai e tio de Adilson, respectivamente. Em 2000, os irmãos abriram o Quiosque do Vavá, que, na época, operava no calçadão de Capão da Canoa. "Quando fizeram a reforma do calçadão, em 2016, que mudou toda a estrutura dos quiosques de beira de praia aqui em Capão, o meu tio saiu e o filho dele, Alex, passou a comandar o Vavá. Depois, surgiu o Vavazinho, que é do Joessandro, filho mais novo", explica Adilson sobre a estrutura dos negócios que, atualmente, operam na beira da praia, no centro da cidade.
Com a mudança nas licitações dos quiosques em 2016, Adilson decidiu seguir os passos dos primos e investir no próprio espaço. "Quem não quer morar e trabalhar na praia e ter essa qualidade de vida? Eu disse para o meu tio que também queria um quiosque e entrei junto, foi aí que abrimos o Vavazão", lembra o empreendedor. Os outros dois espaços seguem em operação até hoje, há poucos metros do quiosque comandado por Adilson.
Há quase uma década morando e trabalhando no Litoral, o empreendedor garante que a experiência está sendo tudo o que sempre quis. "Poder montar o meu negócio, empreender, ganhar dinheiro e viver na praia, como não seria bom?", reflete Adilson, com um sorriso no rosto.

Assim como outros negócios do Litoral, o Vavazão também sentiu um aumento no movimento durante e após o período da pandemia.
"Capão é vida. Está todo mundo vindo morar aqui após a pandemia por conta da qualidade de vida. Até quem trabalha em Porto Alegre pega a freeway e chega lá rapidinho, ou em home office", destaca Adilson, que também enxerga a importância do seu negócio para o crescimento do comércio na cidade. "O Vavazão, querendo ou não, trouxe muita gente para cá. Nós ajudamos Capão a ser o que é. Só no Carnaval, tinham 15 mil pessoas aqui na beira", comenta o empreendedor.
Com o alto movimento, surge também a necessidade de agregar mais opções para a clientela. Além de oferecer itens clássicos de um quiosque de beira de praia, como drinks, cerveja e petiscos, Adilson conta que a clientela também o pressiona para inovar.
"Já não somos mais um quiosque, o Vavazão é um evento. A galera fica perguntando o que vai ter, o que vou fazer de especial", expõe. O evento da virada de ano contou com apresentações de DJs e rodas de pagode.

Mas, apesar da paixão pelo Litoral, Adilson admite que nem tudo é fácil para quem empreende na praia. "A prefeitura não oferece nenhum auxílio, nós precisamos bancar tudo no peito, não tem nenhum apoio", lamenta o empreendedor. Por conta da sazonalidade, Adilson enxerga uma falta de interesse em investimentos na região, o que acaba desmotivando quem tenta inovar. "Ninguém quer investir, não pensam para a frente. Para ter noção, agora, na virada, nós tivemos uma estrutura de seis por quatro metros de altura aqui. Só na estrutura de som gastei R$ 15 mil para trazer um negócio diferente para cá", comenta o empreendedor sobre o Ano-Novo.
O carro-chefe do cardápio, entre os petiscos, é a violinha. Nas bebidas, a cerveja e a caipirinha são as preferidas da clientela, garante Adilson.
O quiosque conta com mais de 20 colaboradores e abre as portas durante a alta temporada, entre os meses de dezembro e março.
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