"O fundamental não é que o ESG está na boca do empreendedor, mas do consumidor. As empresas que não se adaptarem terão problemas", projeta André Godoy, superintendente do Sebrae-RS, sobre um dos temas-chave para o empreendedorismo em 2024. Se ao longo de 2023 as discussões sobre clima, impacto ambiental e diversidade ganharam força, no próximo devem ter ainda mais relevância para os negócios.
De acordo com Godoy, na perspectiva das micro e pequenas empresas, a principal tendência para 2024 é o foco na nova economia, com destaque para a experiência de consumo. "Pequenos negócios têm que incorporar experiências de relacionamento com seus clientes procurando fidelizar essa relação", pontua o superintendente do Sebrae-RS. Para Godoy, um dos grandes pontos de atenção é a chegada das gerações mais novas ao mercado consumidor. Essas gerações fortalecem no mercado a exigência de transparência e fidelidade com os valores, eixo fundamental para a longevidade das empresas, garante Godoy. Nesta perspectiva, o ESG (sigla que corresponde às ações ambientais, sociais e de governança de uma empresa) seguirá em pauta.
Já para as startups, o foco deve seguir no uso da Inteligência Artificial (IA) na hora de solucionar as dores dos consumidores, além de contribuir para inovação nas empresas mais tradicionais. "Elas deverão focar muito em soluções que possam incorporar tecnologias disruptivas para prover soluções para o mercado de consumo, especialmente relacionado a negócios mais avançados. Atuar com soluções que incorporem IA para melhorar a experiência de seus consumidores, inclusive voltados para as perspectivas de eles serem fornecedores para médias e pequenas empresas", destaca o superintendente do Sebrae-RS.