Cadastre-se e veja todas as vantagens de assinar o JC!
Faça cadastro no site do JC para comentar.
Não é necessário ser assinante
Já é cadastrado?
456
1133129
30 de Novembro de 2023 às 09:09
ge nos bairros
Giovanna Sommariva, Isadora Jacoby, Jamil Aiquel, João Pedro Cecchini
GE
Giovanna Sommariva, Isadora Jacoby, Jamil Aiquel, João Pedro Cecchini
O GE nos Bairros de novembro contemplou a região da zona sul de Porto Alegre
Bairro Ipanema une negócios tradicionais e empreendedores estreantes
Giovanna Sommariva, Isadora Jacoby, Jamil Aiquel, João Pedro Cecchini
O GE nos Bairros de novembro contemplou a região da zona sul de Porto Alegre
Para quem, assim como eu, não mora na Zona Sul, visitar a região é sempre um respiro. É surpreendente que, mesmo a poucos minutos do Centro da Capital, exista um espaço tão norteado pela natureza. Durante a produção do GE nos Bairros Ipanema, foram muitas as reflexões que surgiram nas conversas entre a equipe sobre os benefícios de morar ou empreender nessa região. O verde das árvores, a proximidade com o Guaíba, as ruas mais calmas e menos verticalizadas apresentam uma outra Porto Alegre, igualmente cheia de graça. No entanto, durante os dias em que visitamos os negócios que compõem essa edição, a Capital registrou, novamente, volumes expressivos de chuva, provocando alagamentos severos em vários pontos da cidade, inclusive no bairro tema de novembro. Presenciamos a angústia de quem empreende por lá frente ao avanço do rio e a ausência de infraestrutura para resolver mais rapidamente os prejuízos causados pela cheia do Guaíba, como a dificuldade de circulação na região.
Para quem, assim como eu, não mora na Zona Sul, visitar a região é sempre um respiro. É surpreendente que, mesmo a poucos minutos do Centro da Capital, exista um espaço tão norteado pela natureza. Durante a produção do GE nos Bairros Ipanema, foram muitas as reflexões que surgiram nas conversas entre a equipe sobre os benefícios de morar ou empreender nessa região. O verde das árvores, a proximidade com o Guaíba, as ruas mais calmas e menos verticalizadas apresentam uma outra Porto Alegre, igualmente cheia de graça. No entanto, durante os dias em que visitamos os negócios que compõem essa edição, a Capital registrou, novamente, volumes expressivos de chuva, provocando alagamentos severos em vários pontos da cidade, inclusive no bairro tema de novembro. Presenciamos a angústia de quem empreende por lá frente ao avanço do rio e a ausência de infraestrutura para resolver mais rapidamente os prejuízos causados pela cheia do Guaíba, como a dificuldade de circulação na região.
Mesmo com essas adversidades, saímos encantados por Ipanema. Um bairro de negócios identificados com a região e com a natureza poderosa que o define.
Inspirada no conto 'O Gato Preto', de Edgar Allan Poe, livraria abre na Zona Sul
O espaço será inaugurado nesta sexta-feira (1) no Ipanema Sports
A Livraria Gato Preto é a mais nova operação da avenida Cel. Marcos, nº 2.353, no complexo esportivo, comercial e de lazer Ipanema Sports. O espaço começa a operar nesta sexta-feira (1). A novidade é inspirada no clássico conto de terror “O Gato Preto”, escrito por Edgar Allan Poe, com referências espalhadas pelas estantes e em artigos próprios da marca. O negócio comercializa livros novos e usados para todas as idades, além de souvenirs que remetem às obras.
Aline Giustina e Vivian Tork são as sócias da operação. A dupla é parceira em negócios há 15 anos, período em que se dedicaram aos mercados de eventos e de decoração. Mas cansaram da folia que o segmento requer e, agora, decidiram apostar em um novo nicho. “Com o fechamento das grandes livrarias, comecei a pensar em negócios menores, de bairro, que fossem mais acessíveis”, diz Aline, que precisava de uma sócia para dar continuidade ao projeto.
A amiga Vivian foi a solução. “Nós duas gostamos de livros. Foi o maior presente que eu ganhei. Ela poderia ser minha filha. É uma filha que eu gostaria de ter”, comenta Vivian. Impulso para a abertura do negócio, os gatos também são um gosto em comum da dupla. “O gato preto dá sorte, é mágico. A inspiração é porque adoramos gatos e o conto do Allan Poe ‘O Gato Preto’”, explica Aline sobre as referências da livraria.
A escolha pelo ponto dentro de um complexo com outras operações passa pela necessidade de conexão com o público local. O Ipanema Sports une empreendimentos e famílias e assemelha-se a uma pequena comunidade – ou pequena vila, como define a Aline. “Conseguimos agregar gastronomia, cultura, lazer, educação e esportes em um único lugar. Também temos a beleza do Guaíba, do pôr do sol. É um privilégio. O espaço é seguro, bonito e promissor”, considera a empreendedora.
Estas características, no entanto, não são exclusivas do complexo. O bairro de Ipanema como um todo está crescendo em perspectivas econômicas, como observa Vivian. “Neste ano, abriram muitos novos negócios. Antes, era preciso sair do bairro para ir ao médico, por exemplo. Agora, já encontramos tudo aqui. Temos que privilegiar isso.” No entanto, como também analisa a empreendedora, o nicho dos livros ainda é pouco explorado na região. Com a nova operação, as sócias planejam aproveitar essa lacuna de ercado. “Queremos transformar a Zona Sul em um lugar mais cultural”, destaca Vivian.
A Livraria Gato Preto oferece livros novos e usados para todas as idades. A curadoria é baseada no estímulo da reflexão do leitor. “É uma filosofia, além de um comércio. Os livros são muito ricos e contemplam diversos horizontes. Nosso objetivo não é apenas vender livros, é formar talentos”, aponta Aline. Além das obras propriamente ditas, a operação comercializa artigos que remetam às produções literárias, como pelúcias, almofadas e abajures. “São coisas nem tão óbvias, mais sutis. É algum objeto que aparece no cenário de algum livro e que o cliente vai poder comprar e levar para casa”, explica Aline.
Clubes de leitura, eventos para autógrafos, saraus e jantares temáticos também estão no radar das empreendedoras da Livraria Gato Preto. “Vamos fazer eventos para os pais e para as crianças, como, por exemplo, um chá da tarde com tudo decorado de Alice no País das Maravilhas. Mas sempre com o livro presente, esse é o nosso grande diferencial”, destaca Aline. O objetivo é fomentar diversas vertentes do universo literário. “Temos uma parceria com uma agência de viagens, e eles vão vir para a livraria falar sobre um destino através de uma obra”, complementa.
A novidade abrirá as portas nesta sexta-feira (1). Ansiosas para a inauguração, as sócias garantem bom recebimento da clientela mesmo antes do início das atividades. “Tem muita gente torcendo por nós, carente disso e querendo participar. Vamos crescer juntos”, ressalta Aline. Para o futuro do negócio, as empreendedoras da Livraria Gato Preto prospectam novas unidades. “Queremos ficar bastante tempo aqui, que o futuro seja longo. Quem sabe abrir outras livrarias em Porto Alegre também”, projeta Aline.
Localizada na avenida Cel. Marcos, nº 2.353, no complexo esportivo, comercial e de lazer Ipanema Sports, a Livraria Gato Preto opera todos os dias, das 9h às 19h.
Em frente ao calçadão de Ipanema, carrinho de pipoca conquista clientela na Zona Sul
O espaço é pensado para acolher famílias com filhos e conta com brinquedos e pula-pula
Após anos sonhando em ter o próprio negócio, o casal Alessandra Goulart e Gerson Garcia apostou tudo de uma só vez. Em 2017, ambos se demitiram dos seus trabalhos e investiram R$ 2 mil em insumos e um carrinho de pipoca. Hoje, a dupla está à frente da Pipoca de Ipanema Gourmet, operação à céu aberto que gera filas de espera em frente ao calçadão de Ipanema, na zona sul de Porto Alegre.
A escolha pelo carrinho de pipoca, de acordo com a dupla, foi pensando na praticidade do ingrediente. Ideia que, pouco tempo depois, mostrou-se muito equivocada. “De fácil não tem nada. Queimava uma e jogava no lixo, enquanto isso, o cliente ali esperando. Fizemos muitas receitas da internet, testamos, isso até desenvolver a nossa. Hoje, nós gourmetizamos a pipoca, dificultamos mais o processo ”, admite Gerson, entre risos.
A trajetória empreendedora do casal, porém, não foi fácil. Iniciantes no ramo, tiveram de retirar o carrinho de pontos de venda enquanto ainda não tinham o alvará, documento que a dupla desconhecia ser necessário para ambulantes. “Éramos muito leigos. Nossa família não tinha essa cultura de empreender. Inclusive, foram todos contra a gente largar os nossos empregos, mas botamos a cara a tapa e tocamos ficha”, lembra Alessandra.
Enquanto não se estabeleciam em um espaço próprio, os sócios passaram por alguns endereços, principalmente de restaurantes próximos que ofereceram apoio e um local para guardar o carrinho à noite. “O pessoal do restaurante Radical, aqui do lado, nos deu um apoio surreal. Viram que nós éramos tranquilos e só queríamos trabalhar, então ofereceram para colocarmos o carrinho ali na calçada, tudo regularizado”, comenta a sócia. Porém, as filas que davam voltas na rua geraram incômodo em outros ambulantes, que denunciaram o casal.
“A Alessandra estava em recuperação, tinha feito uma cirurgia. Eu estava cuidando dela e do negócio sozinho, fazia um mês que o alvará tinha vencido, então, quando eles vieram, levaram tudo embora. Só jogaram o carrinho dentro do caminhão e foram. Isso me abalou muito, chorei, fiquei mal, não sabia nem como contar para ela”, rememora Gerson.
O processo de regularização e resgate do carrinho, que poderia levar até oito meses para ser resolvido, ocorreu em uma semana. O feito, garante a dupla, foi graças ao apoio da clientela, majoritariamente do bairro, que se solidarizou com o caso. “Fizemos um post contando o que aconteceu e teve muita curtida, compartilhamento. O pessoal falava em fazer vaquinha, protesto, passeata aqui na frente. Ali nós vimos que tinha muita gente nos apoiando e isso incomodou. Conversamos com a Smic (Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio) e conseguimos agilizar o processo”, explica Alessandra, orgulhosa da relação construída com a vizinhança.
Há pouco mais de um ano, o casal está situado em um terreno à céu aberto, localizado na esquina da avenida Laranjeiras com a avenida Guaíba, nº 11158, em frente ao calçadão de Ipanema. “Esse terreno era abandonado. O pessoal jogava muito lixo, moradores de rua dormiam aqui, era só mato. Além de muito assalto na rua, os vizinhos se incomodavam muito, então, quando entramos para limpar e arrumar, o pessoal ficou muito feliz, passava aqui e comemorava. Nós demos vida para esse espaço, agora as pessoas se sentem seguras para sair, tem iluminação, movimento na rua”, destaca Gerson.
O público-alvo do espaço, garante a dupla, são famílias, e a decoração do terreno é pensada para atender a criançada, com brinquedos e pula-pula à disposição.
São mais de 20 coberturas de pipoca, entre doces e salgadas, com sabores como marshmallow e leite ninho. As opções estão disponíveis em diferentes tamanhos, com valores que variam entre R$ 8,00 e R$ 24,00. Além do lanche, agora, o negócio conta com crepe e açaí, alterações feitas para atender a demanda da clientela. A Pipoca Gourmet atende de terça-feira a domingo, das 14h às 21h.
Tradicional açougue da Zona Sul fornece hambúrgueres para Applebee's e Hard Rock Café
Há mais de 50 anos, Zanini Carnes é referência no bairro Ipanema, da zona sul de Porto Alegre
Um negócio familiar que, há 55 anos, atende os moradores do bairro Ipanema, na Zona Sul de Porto Alegre. Esse é o Zanini Carnes, localizado na avenida Tramandaí, nº 806, que, além dos cortes de carne, conta com fruteira, mercearia com grande variedade de vinhos e assados prontos para levar.
O empreendimento abriu em 1968, quando a família Zanini chegou à capital gaúcha. O casal Neusa e Ângelo Zanini trabalhava, originalmente, com plantio de arroz, mas, por influência de outros familiares que já atuavam em açougues, decidiram se mudar para Porto Alegre e abrir uma operação no segmento.
A primeira sede da Zanini Carnes era localizada em uma pequena casa, próxima do ponto atual. Na época, o bairro Ipanema não era tão ocupado como é atualmente. Muitos moradores de outras áreas da Capital iam à região apenas aos fins de semana para aproveitar o balneário. Mesmo assim, os empreendedores persistiram. Cerca de 10 anos depois, a região passou a receber mais moradores.
Em 1988, após o falecimento de Ângelo, Luis Eduardo, filho do casal, assumiu a operação com sua mãe e com suas irmãs. Luis eventualmente comprou a parte de suas irmãs e assumiu o negócio. Foi na gestão dele, no início dos anos 1990, que o empreendimento passou a oferecer os serviços de fruteira e mercearia. Outra mudança idealizada pelo empreendedor foi a parte dos assados. De quarta-feira a domingo, o Zanini Carnes oferece cortes prontos para os clientes consumirem em casa.
Em 2012, foi a vez da próxima geração dos Zanini entrar no negócio. João Rafael e Pablo Zanini, filho e sobrinho de Luis, também passaram a fazer parte do empreendimento. "Eu e meu primo fomos criados atrás do balcão. Mas foi a partir de 2012 que passamos mesmo a fazer parte do quadro da empresa. Então, eu cuido da parte administrativa e meu primo e meu tio cuidam da parte operacional", explica Pablo.
Nesses últimos 10 anos, o Zanini Carnes cresceu significativamente, como contam os sócios. Segundo Pablo, o empreendimento viu seu faturamento aumentar em aproximadamente 10 vezes. Foi nesse período que o espaço físico da loja aumentou de 50 m² para 400 m². Outra mudança relevante foi a implementação da indústria de carnes no negócio. Atualmente, o Zanini Carnes produz hambúrgueres e linguiças que são vendidas no próprio açougue e em alguns outros pequenos negócios da região.
Além disso, a casa de carnes possui parceria com hamburguerias e com redes de restaurantes espalhadas pela Capital, como o Applebee's e o Hard Rock Café. Por lá, os hambúrgueres oferecidos aos clientes são produzidos pela família Zanini.
Com todas essas mudanças, o Zanini Carnes subiu de patamar. Apesar disso, Pablo garante que ainda se trata de um negócio bem familiar.
"A minha tia trabalha aqui, minha mãe e a esposa do meu tio também trabalham aqui. Temos uma relação muito próxima com os clientes. Claro que, com o crescimento do negócio, um pouco disso se perde, mas é muito comum chegar clientes que foram atendidos pelo meu avô ou que vinham aqui com o pai desde criança. Meu tio gosta muito de atender, então ele ainda tem um contato maior com o público", conta Pablo.
O Zanini Carnes está localizado na rua Tramandaí, nº 806, no bairro Ipanema, em Porto Alegre, e opera de segunda-feira a domingo, das 8h às 20h30min.
Restaurante leva tradição italiana para o bairro Ipanema
O La Cittadella está no bairro desde 2020 e celebra a boa conexão com a vizinhança
Com a missão de levar a autêntica culinária italiana para a Zona Sul, o La Cittadella opera, desde 2020, na avenida Guaíba, nº 1.380, no bairro Ipanema. A operação, no entanto, surgiu neste formato em 2016, no bairro Tristeza. Com um cardápio 100% italiano - dos pratos até o idioma em que é escrito -, o negócio busca fortalecer a tradição da família de Deomir Rigotti, mais conhecido como Belo, nome por trás da operação.
O empreendedor conta que a sua aproximação com a gastronomia começou enquanto ainda atuava como bancário, por volta de 1984. Foi nesse período que, em dupla jornada, começou a atuar no restaurante Fratello Sole. "Comecei como copeiro, com um olho na sardinha e um no gato, aprendendo tudo", lembra Belo. Em 1994, frente a uma possível transferência para São Paulo, veio a certeza: era a hora de apostar na gastronomia. Assim, iniciou sua primeira jornada em um restaurante com seu sócio, Fausto, amigo que deixou saudades e inspiração para a operação atual do La Cittadella. "O filetto alla Fausto é o carro-chefe", conta sobre o filé com ervas e vinho, acompanhado de cogumelos, batata e pão quente, que compõe o cardápio.
Depois da jornada em sociedade, Belo decidiu apostar no voo junto da família. Abriu, em 2016, o La Cittadella no bairro Tristeza. O negócio permaneceu no endereço até 2020, quando, em função da pandemia, surgiu a necessidade da mudança. Os clientes fiéis, conta Belo, acompanharam o negócio, que fica em frente ao Guaíba. A vista, afirma, agregou tanto ao negócio quanto à qualidade de vida. "As pessoas, quando estão preparadas para sair de casa, ligam perguntando se conseguimos reservar as mesas de frente para o Guaíba. Tem sido uma boa aposta", percebe o empreendedor, que também aponta ganhos na rotina de trabalho. "Melhorou a minha vida. A produção é em uma salinha toda envidraçada, então mudou a qualidade de vida para quem está na cozinha. O astral também é bem diferente", garante Belo, responsável pela produção na cozinha, enquanto seu filho, Felipe, toca a parte administrativa e sua esposa, Sílvia, fica responsável pela parte nutricional da operação.
Para Belo, a região, apesar ter recebido novos negócios nos últimos anos, ainda está atrás da Zona Norte na preferência de quem empreende. "Se tu olhares, percebes que muitos poucos ficam aqui, muitos vão para Zona Norte, que está apinhada de churrascaria, galeterias, casa de massas. A Zona Sul parece uma cidade dormitório", pondera Belo, destacando que há muitas oportunidades para incrementar a gastronomia da região. Ainda assim, ele conta que, além do público da vizinhança, há, cada vez mais, quem se desloque para ir no restaurante. "Tem vindo muita gente da zona norte para cá. A região tem se valorizado", acredita.
O La Cittadella opera de segunda a sexta-feira, das 18h às 23h. Aos fins de semana, das 11h às 15h e das 18h às 23h.
Centro esportivo, comercial e de lazer reúne 1,8 mil associados em Ipanema
O Ipanema Sports tem o conceito 'tudo no mesmo lugar' para facilitar a rotina das famílias que frequentam o espaço
Com espaço para prática de 20 modalidades esportivas, centro comercial com 16 empreendimentos - dois deles relatados nesta edição do GE nos Bairros, a escola de inglês Choices to Grow e a Livraria Gato Preto - e áreas ao ar livre para lazer e eventos, o Ipanema Sports centraliza diversas operações em um único complexo. O negócio está localizado na avenida Cel. Marcos, nº 2.353, em um terreno de 24 mil m². São cerca de 1,8 mil associados e 120 colaboradores contratados de maneira direta e indireta.
Quem comanda o Ipanema Sports é Fernando Artur Sassen. O centro esportivo, comercial e de lazer busca ofertar diferentes tipos de soluções para facilitar a rotina de famílias. "O objetivo é que as pessoas consigam fazer tudo no mesmo lugar", destaca Fernando. Além das áreas para realização de atividades físicas, como academia, beach tennis, futebol, ginástica, judô, patinação e dança, o complexo conta com um espaço para lojas. As operações são independentes e miram o segmento de serviços, como beleza e gastronomia.
Mas nem sempre o Ipanema Sports esteve presente em um setor tão amplo. Em 1995, quando o empreendimento nasceu, o foco eram as partidas de paddle. À beira do antigo Balneário de Ipanema, em um terreno que, desde 1935, a família Sassen veraneava, foram construídas quadras de um dos esportes mais em alta naquele momento, como recorda Fernando.
O negócio passa a agregar outras modalidades e operações a partir de 2001. "Não dá para ficar fazendo a mesma coisa sempre. Os produtos têm seus ciclos. A inovação está no meu DNA", reflete o empreendedor sobre as mudanças promovidas no complexo. Os investimentos mais recentes somam R$ 1 milhão e foram destinados a uma nova área de pesos livres na academia e uma sala exclusiva para aulas de bicicleta.
As constantes reformas buscam proteger e atualizar o espaço de 28 anos. Afinal, é parte do planejamento do proprietário do Ipanema Sports - que carrega o bairro em seu domínio - manter-se no endereço. A maioria dos associados reside nas proximidades, e a região está economicamente valorizada, como observa Fernando. "O bairro de Ipanema está crescendo muito. Estamos em um local centralizado na Zona Sul, em uma avenida com bastante fluxo e próximos de shoppings e de duas escolas bem renomadas." O complexo, inclusive, é sede para aulas de Educação Física dos alunos do Ensino Médio do colégio João Paulo I da Zona Sul. Outro ponto favorável da região destacado por Fernando é a sua composição. O bairro, como observa, é formado basicamente por casas e prédios residenciais. E estar mais próximo do público é um aspecto positivo para o Ipanema Sports. "Tu não vais fazer atividade esportiva, no mínimo três vezes por semana, se não for perto de casa", pontua Fernando, que também valoriza a proximidade com a natureza. "É uma coisa que a Zona Sul tem muito. Estamos numa parte bem arborizada de Porto Alegre."
Por isso, os próximos investimentos do Ipanema Sports devem enriquecer ainda mais esse contato com o verde. Uma área de convivência externa com deck é uma das apostas do empreendedor para o futuro. "As pessoas não vêm só para malhar, vêm para sociabilizar também, formar grupos, sentirem-se incluídas", diz Fernando. Para os próximos anos, também está nos planos aumentar o espaço comercial.
Hoje, o Ipanema Sports comporta 16 operações do segmento de serviços, como lavagem de carro, salão de beleza, massagem, loja de suplementos, cafeteria, escola de inglês e livraria. Em relação aos esportes, o complexo oferece aulas de 20 modalidades, além dos locais para prática. Os planos são para todas as idades e partem de R$ 299,00. O Ipanema Sports também conta com espaços para eventos, com capacidade para até 200 convidados. O local comporta até 200 veículos em seu estacionamento.
Localizado na avenida Cel. Marcos, nº 2.353, o Ipanema Sports, na parte das atividades físicas, está aberto todos os dias. Durante a semana, o local funciona das 6h às 22h. Aos sábados, das 9h às 17h. Aos domingos, das 9h às 13h. A parte comercial segue um horário alternativo, assim como o segmento de eventos.
Com aulas de robótica, programação e jardinagem, escola de inglês da Zona Sul aposta em experiências no idioma
Operando no complexo Ipanema Sports, a Choices to Grow atende alunos de todas as idades e conta com aulas ao ar livre
Localizada no complexo Ipanema Sports, a Choices to Grow é uma escola de inglês pensada para que os alunos experienciem a língua estrangeira em todos os aspectos de suas vidas.
Comandada pela pedagoga Vivian Lamb Rahn, o local oferece aulas para pessoas de todas as idades, mas tem como foco os mais jovens, dos 6 anos aos 16 anos, e disponibiliza atividades no contraturno, com aulas de robótica e culinária, ministradas em inglês.
Vivian se apaixonou pela pedagogia desde muito cedo. A empreendedora ministra aulas de inglês aos 17 anos e, desde então, nunca mais pensou em outra coisa. Ela chegou a cursar a faculdade de Turismo, mas logo viu que seu futuro estava na Educação.
"Comecei a dividir meu tempo trabalhando em hotel e dando aulas de inglês, mas sempre que estava em uma área, sentia falta da outra. Resolvi fazer psicopedagogia, que juntava os dois mundos", lembra.
Em 2008, Vivian passou a dar aulas em uma franquia de escolas de inglês na Capital. Em 2010, virou diretora da escola em que ministrava. Em 2011, comprou o empreendimento, que ficava no mesmo local em que a Choices to Grow está localizada atualmente. "Foi uma trajetória bem legal. De professora, para coordenadora pedagógica, para diretora. É uma época que lembro com muito carinho", afirma Vivian.
Apesar disso, a franquia na qual Vivian trabalhava foi vendida, e a marca descontinuada. Essa mudança não agradou a empreendedora, que resolveu partir para o próximo desafio. "Queria trabalhar em um lugar que tivesse um viés mais pedagógico. Em uma franquia, isso pode ser difícil, já que algumas trabalham com um foco mais comercial. Mas eu queria algo que fosse mais legal, que fosse minha cara. Então, comecei a desenvolver uma marca própria em 2016 ", relembra Vivian.
O sonho da marca própria, porém, teve de ser adiado com a chegada de seu primeiro filho. Abrir uma nova escola do zero enquanto cuida de uma criança pequena seria uma tarefa árdua, diz Vivian. Assim, a empreendedora resolveu abrir mais uma franquia, desta vez de uma empresa que carregava alguns dos mesmos ideais pedagógicos que ela. Mesmo assim, Vivian ainda sonhava com a sua própria escola. Neste ano, com a criação da Choices to Grow, sua visão saiu do papel. Dona da própria marca, a empreendedora tem liberdade para implementar todas as mudanças que julgar necessárias.
"Quero escolher o que acho melhor para os meus alunos. Quero poder escolher o melhor material didático. E é daí que vem o nome Choices. Para poder fazer, justamente, as escolhas que nos fazem ser melhor para o mundo", explica a empreendedora.
Um dos principais diferenciais da Choices to Grow, percebe Vivian, é o sistema after school, onde os alunos podem escolher clubes de diferentes atividades para vivenciar o inglês no dia a dia. A escola oferece aulas de robótica, programação, música, jardinagem, além de artes e dramatização - todas ministradas na língua estrangeira.
Outro ponto muito exaltado pela pedagoga é a localização da escola. Estar situada dentro de um complexo como o Ipanema Sports faz com que os alunos tenham integração com outras atividades, sem deixar o inglês de lado. Além disso, a segurança do local e o contato com a natureza também são pontos de destaque, já que é muito comum que os alunos da Choices to Grow saiam da sala para ter aula na pracinha, por exemplo.
"Minha ideia é que os pais possam chegar em casa e ter um tempo de qualidade com seus filhos. Quando se tem criança, tu chegas em casa depois do trabalho e ainda tens que fazer um monte de coisa, brincar, fazer o tema. Fica corrido, não tem um tempo de qualidade. Então, se tu puderes fazer tudo isso antes, melhor. Portanto, eles vêm de manhã para cá, fazem o inglês, um futebol ou uma ginástica no Ipanema Sports, robótica, uma coisa diferente, e, depois, quando chegam em casa, já está tudo certo", explica.
Apesar do foco ser os jovens, adultos também são bem-vindos no local. Vivian conta que muitos pais agendam aulas particulares para aguardar seus filhos. A Choices to Grow também oferece aulas de conversação online para os adultos que já dominam o idioma, mas precisam de um espaço para praticar.
Atualmente com 250 alunos, a escola disponibiliza aulas de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 20h, com turma de, no máximo, 12 alunos. Para mais informações, acesse o Instagram (@choicestogrow).
Terceiro melhor pizzaiolo do mundo comanda pizzaria no bairro Ipanema
A Soul Pizza opera apenas em formato delivery na zona sul de Porto Alegre
Unindo oportunidade e necessidade, o chef Rodrigo Hennemann foi um dos tantos empreendedores que tiveram de se reinventar durante a pandemia. Há 15 anos comandando uma empresa de eventos, setor fortemente abalado durante o período de isolamento social, Rodrigo decidiu transformar um hobby em negócio. Entusiasta de massas e pizzas, apostou no setor para lançar a Soul Pizza, que opera, desde 2020, em formato de delivery na zona sul de Porto Alegre.
A aposta, no entanto, foi certeira. Em 2022, trabalhando há menos de dois anos no segmento, Rodrigo foi reconhecido como o melhor pizzaiolo do Brasil. O prêmio foi o primeiro de muitos, que estão estampados na recepção da pizzaria para quem quiser ver. A conquista mais recente foi em Roma, na 21ª edição da Pizza World Cup, e o gaúcho garantiu a terceira colocação no torneio.
Mesmo com os reconhecimentos mundiais, Rodrigo reforça o desejo em manter a Soul como uma pizzaria de bairro, especialmente pelo carinho que possui pela região. "Viemos para cá em 2019, mas a gente se apaixonou. É um bairro incrível, tem tudo aqui, é diferente de qualquer outro lugar. A Zona Sul, como um todo, é uma cidade à parte, ou eles te amam ou te odeiam, eles se indicam, se falam, incentivam muito o comércio local", destaca Gláucia Hennemann, sócia-fundadora da Soul.
Apesar do pouco tempo como morador e empreendedor no bairro, Rodrigo já celebra a boa relação construída com a vizinhança. "Nós temos uma relação muito próxima com os clientes. É claro que o foco é financeiro, é vender, mas transcende um pouco no que a gente quer entregar para o cliente", pontua o chef. A parceria com outros comércios locais também é um ponto de destaque no bairro da Zona Sul. De acordo com Gláucia, nos primeiros meses de operação, a parceria com outros empreendedores foi essencial. "Fizemos cupons de descontos exclusivos para os clientes da ferragem aqui do lado, da academia, da agropecuária. Para ser acolhido aqui, não adianta ser só um comércio burocrático. Tem redes grandes que vêm para cá e acabam fechando, mas a agropecuária pequena segue ali, firme, há mais de 20 anos", reflete Rodrigo.
A paixão pela região, inclusive, inspirou a dupla a desenvolver uma edição especial de caixas de pizza que homenageia Ipanema. O carinho pelo bairro é tanto que, mesmo com todas as conquistas internacionais, Rodrigo não considera deixar a região.
Um dos diferenciais da Soul Pizza, garante o chef, é o preparo artesanal de diferentes ingredientes. Desde a massa, que é feita em um processo de longa fermentação de 72h, até o tomate seco utilizado nos preparos. "Ele não gostou de nenhum e inventou que iria fazer. O tomate fica mais de oito horas no forno, mas é algo que tu nunca comeste igual. É tenro, adocicado, macio, e esses detalhes começam a ser características da Soul Pizza. É elaborado, com carinho e, claro, com técnica", ressalta Gláucia.
Hoje, a Soul Pizza conta com 26 opções de sabores salgados e seis doces, além de duas variações de massa e opção de queijo sem lactose. São três tamanhos disponíveis e os valores variam entre R$ 51,00 e R$ 184,00. Por enquanto, o negócio opera apenas como delivery na Zona Sul, mas a dupla estuda a expansão da tele-entrega para outras regiões da Capital.
A Soul Pizza está localizada na avenida Oswaldo Gonçalves Cruz, nº 627, e opera nas sextas e sábados, das 18h30min às 23h e, nos outros dias, das 18h30min às 22h30min.