Quem vê Higino Henrique Freitas, 53 anos, na esquina da avenida Independência com a Praça Dom Sebastião, na saída do Colégio Marista Rosário, pode não saber que está diante de um empreendedor nato. Há mais de duas décadas no ponto, o pipoqueiro vende, em dias movimentados, R$ 450,00 em saquinhos de pipocas doces e salgadas. E, agora, planeja a sucessão. Com conhecimentos herdados da época em que atuava como metalúrgico, Henrique também monta carrinhos de venda e coloca a família no ramo dos ambulantes.
Mas ele não é o primeiro dessa linhagem. "Meu pai vendia algodão doce e pipoca, quando o carrinho ainda era de madeira. A minha madrinha é pipoqueira há 54 anos. É uma coisa que vem de berço", lembra. Hoje, além de Henrique, outras gerações da família também seguem no segmento. "Ajudei a plantar essa semente. Coloquei as minhas filhas, meu neto, meus irmãos e meu sobrinho no ramo", diz o empreendedor. As produções são independentes e têm seus carrinhos próprios, fabricados por Henrique.
A relação com a avenida Independência
Com mais de 20 anos de experiência no ramo, o pipoqueiro passa ensinamentos aos familiares para além das panelas. "Para tu teres um bom negócio, tem que respeitar todo mundo. O cliente sempre tem razão." E Henrique espelha essas noções empreendedoras no bairro Independência. "Tenho uma boa relação com toda a comunidade. Tem a banca de revistas, a fruteira, o chaveiro, o pessoal da Santa Casa e do transporte escolar. São todos meus amigos."
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As amizades construídas ajudam a aumentar as vendas do pipoqueiro na saída do Colégio Marista Rosário pela avenida Independência. É parte de uma tradição dos alunos do turno da tarde comprar pipocas doces e salgadas depois da aula. As opções partem de R$ 5,00 e podem receber complementos, como confetes, leite condensado, queijo e orégano.
As vendas na José Otão e na Redenção
As alternativas também são conhecidas pelos alunos que saem pela rua Irmão José Otão. No endereço, as filhas do pipoqueiro Daiane e Danielle Freitas chegam a vender R$ 700,00 em saquinhos de pipocas por dia. Aos fins de semana, Henrique desloca-se para a Redenção, onde estima arrecadar cerca de R$ 1,2 mil em dias agitados.