A Physic está desde 2021 operando no Rubem Berta com o objetivo de fomentar a oferta de serviços de qualidade no bairro

Clínica de saúde e bem-estar para mulheres conquista clientela na zona norte de Porto Alegre


A Physic está desde 2021 operando no Rubem Berta com o objetivo de fomentar a oferta de serviços de qualidade no bairro

Acreditando no potencial do Rubem Berta e com a missão de oferecer serviços de qualidade para os moradores do entorno, Patrícia Brasil comanda, desde 2021, a clínica de saúde integrativa para mulheres Physic. Com foco no bem-estar, o espaço, que fica na rua Alberto Rangel, nº 466, conta com serviços multidisciplinares, como yoga, tratamento para dores crônicas, atendimento nutricional e psicológico. "É tudo voltado para saúde. Não trabalhamos com nenhuma linha voltada à estética, nem para nada que não seja a qualidade de vida", explica a empreendedora. 
Acreditando no potencial do Rubem Berta e com a missão de oferecer serviços de qualidade para os moradores do entorno, Patrícia Brasil comanda, desde 2021, a clínica de saúde integrativa para mulheres Physic. Com foco no bem-estar, o espaço, que fica na rua Alberto Rangel, nº 466, conta com serviços multidisciplinares, como yoga, tratamento para dores crônicas, atendimento nutricional e psicológico. "É tudo voltado para saúde. Não trabalhamos com nenhuma linha voltada à estética, nem para nada que não seja a qualidade de vida", explica a empreendedora. 
Patrícia conta que o desejo de empreender no bairro veio quando, após sua graduação em Educação Física e especialização em lesões e dores crônicas, começou a trabalhar em outras regiões da Capital. "Trabalhei muito tempo no Moinhos de Vento, no Menino Deus, nos bairros mais nobres, mas sempre tive a sensação de que devia alguma coisa para o Rubem Berta, porque todo mundo tinha que sair daqui para ter esse atendimento", lembra a empreendedora. E foi na casa onde passou boa parte da vida que encontrou o caminho para começar a tocar o negócio. "Eu saí de casa, meu irmão também, e a casa foi ficando vazia. Vi uma oportunidade de usar o espaço de uma forma que pudesse contribuir para todo mundo na região. Comecei sozinha em 2013, com atendimentos mais individuais. Pós-pandemia, abri CNPJ e trouxe todo mundo junto", conta sobre o atual modelo de negócio.

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Tânia Meinerz/JC
 
Hoje, a Physic conta com diversos serviços de saúde, todos exclusivos para mulheres. A escolha, explica Patrícia, tem como objetivo tornar o espaço mais acolhedor. "As mulheres têm uma tendência a querer cuidar mais da saúde. As pacientes que têm dores crônicas, que precisam um atendimento psicológico, nutricional, muitas vezes estão mais fragilizadas, e vi nisso um público que precisa de mais acolhimento, mais cuidado, um ambiente mais confortável onde possa expor essa vulnerabilidade. Por isso usamos o livre de padrões na parede, porque é um ambiente onde as mulheres podem se libertar, se sentirem acolhidas e confortáveis, trazendo suas dores, traumas", garante Patrícia sobre a operação. Os serviços funcionam com hora marcada de forma individual ou em grupos, como na yoga, e os valores variam de acordo com a modalidade, ficando entre R$ 100,00 a R$ 250,00.

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Para Patrícia, um dos aspectos que auxilia quem empreende na região é a escassez de serviços de qualidade que, segundo ela, ainda impera no bairro. "Quando as pessoas conhecem o serviço, elas têm muita gente para indicar. É um bairro com poucas referências de saúde", percebe a empreendedora, destacando a rede de apoio que construiu com outras mulheres que comandam negócios no bairro. "Nós vamos tentando trocar contatos, experiências, se ajudar em datas comemorativas para fazermos alguma divulgação juntas. Vamos fazendo uma rede de apoio em que uma vai indicando a outra", conta, ressaltando que essa nova geração de empreendedoras têm trazido um novo olhar para o bairro. "Todas nós somos as primeiras da família a empreender assim e aqui. É um olhar muito diferenciado de qualidade de serviço. Tentamos nos especializar o máximo possível para crescer, porque, estando aqui, tem que ter um diferencial. Se for um profissional comum, não se destaca. Para uma pessoa da região da avenida Assis Brasil vir até aqui, tem que ter um diferencial muito grande. Temos esse desafio de trazer mais qualidade do que quem está num bairro mais nobre, porque não temos o diferencial da localização, então precisamos ganhar em todo resto", avalia. 
Tânia Meinerz/JC
Além da parceria com empreendedoras, Patrícia prioriza profissionais do bairro para compor os serviços da Physic. "Todas são de menos de 1 Km, todo mundo é de perto. Prezamos muito por manter as pessoas por aqui", afirma Patrícia. Para ela, um dos principais desafios de empreender na região é quebrar estigmas negativos que o bairro carrega. "Sinto uma necessidade de conseguir quebrar essa má visão da região, de que as pessoas daqui não são tão boas, que tu vais ser assaltado. Porto Alegre é insegura em todos os lugares. Sinto que posso fazer ainda mais para as pessoas entenderem que tu podes ter qualidade em qualquer lugar. Sinto que falta a região aparecer mais para o lado bom, porque todas as notícias são horríveis. Todas as partes ruins aparecem muito, e tudo que tem de bom fica em segundo plano. Isso dá uma desmotivada", lamenta. 
No entanto, apesar das dificuldades, o clima na Physic é de muita fé no potencial do Rubem Berta. Para potencializar ainda mais o desenvolvimento da região, o foco de Patrícia, para o futuro, são os eventos fechados aos fins de semana, modalidade de serviço que começou neste mês.