Uma das regiões mais tradicionais de Porto Alegre abriga desde negócios clássicos a novidades da Capital

Moinhos de Vento reúne negócios tradicionais e atrai novos empreendedores focados na renovação do público


Uma das regiões mais tradicionais de Porto Alegre abriga desde negócios clássicos a novidades da Capital

Tido como o bairro mais nobre da cidade, o Moinhos de Vento tem sua origem na extensão da avenida 24 de Outubro, antigamente chamada de Caminho dos Moinhos de Vento, local onde, de fato, se produzia trigo por famílias de origem açoriana. A região é, de certo modo, uma continuidade de outro ponto relevante em Porto Alegre, a rua Duque de Caxias, no Centro Histórico. Com o crescimento da região central, os casarões familiares começaram a se deslocar para outro ponto alto da cidade e ao mesmo tempo próximo da área comercial e industrial da época. O bairro abrigou a antiga sede do Grêmio, conhecido como Fortim da Baixada, nas proximidades da atual rua Mostardeiro. O bairro já contou com prado de corridas de cavalos e sedia, até hoje, o Hospital Moinhos de Vento, que se chamava, até 1942, Hospital Alemão. Por ser um bairro muito movimentado e cheio de atrativos, a região também conta com diversas opções noturnas e gastronômicas.
Tido como o bairro mais nobre da cidade, o Moinhos de Vento tem sua origem na extensão da avenida 24 de Outubro, antigamente chamada de Caminho dos Moinhos de Vento, local onde, de fato, se produzia trigo por famílias de origem açoriana. A região é, de certo modo, uma continuidade de outro ponto relevante em Porto Alegre, a rua Duque de Caxias, no Centro Histórico. Com o crescimento da região central, os casarões familiares começaram a se deslocar para outro ponto alto da cidade e ao mesmo tempo próximo da área comercial e industrial da época. O bairro abrigou a antiga sede do Grêmio, conhecido como Fortim da Baixada, nas proximidades da atual rua Mostardeiro. O bairro já contou com prado de corridas de cavalos e sedia, até hoje, o Hospital Moinhos de Vento, que se chamava, até 1942, Hospital Alemão. Por ser um bairro muito movimentado e cheio de atrativos, a região também conta com diversas opções noturnas e gastronômicas.


Dicas para curtir o bairro

Para quem curte a gastronomia lusitana, o @vivendaportuguesarestaurante na rua Visconde do Rio Branco apresenta a culinária da chef Salete, num belo casarão de época. Já a turma da moda, tem de visitar o @gabrielaverribrand, na rua Dinarte Ribeiro, e conhecer as novidades apresentadas pela Gabriela Verri. E para quem busca um espaço para sediar sua empresa, a @flowork_br é dos melhores em termos de network da cidade. Isso sem falar da vista do rooftop, que acolhe diversos eventos corporativos.

* Vinícius Mitto, professor, arquivista e edita o blog Bah Guri bahguri.rs e o Instagram @bahguri.rs

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Hamburgueria da Padre Chagas acredita em mudança de perfil para fortalecer a região

Antes consagrada pelos bares, a rua Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento, possui, hoje, menos opções de divertimento noturno. Em compensação, empreendimentos de outras vertentes gastronômicas têm se juntado à região, como o Rancho 141 Burger House. Inaugurada no fim do ano passado no número 216 da via, a hamburgueria aposta na mudança de perfil do público e do comércio para a retomada econômica da Padre Chagas.

São diversos os motivos que ajudam a explicar as transformações. O principal deles rememora um momento da pandemia. Na época, por aglomerações na região, a prefeitura restringiu o funcionamento de bares, lanchonetes e similares. A medida, que ainda segue em vigor, exige que os estabelecimentos, a partir da meia-noite, funcionem apenas na parte interna. "Thomas, Dublin e diversos outros enchiam quase todos os dias. Após a pandemia, isso mudou. Hoje, os públicos da Padre Chagas e do Moinhos de Ventos são os moradores do bairro e os funcionários das empresas", entende João Pedro Ribeiro, que, ao lado de Cláudio Rossi, Lucas Nikoloff e Marcos Wildt, é proprietário do Rancho 141 Burger House.
Para adequar-se as mudanças da região, a marca - que também possui uma sede na rua Dinarte Ribeiro, nº 141 - busca criar uma nova comunidade de negócios. "Como Porto Alegre está abrindo outros espaços, como a Orla, o 4º Distrito, temos que criar uma unidade para trazer essa perspectiva de um bairro nobre, seguro e aconchegante", diz João Pedro.
E isso, segundo o empreendedor, já vem acontecendo. "Há dois anos, estava praticamente tudo fechado. Agora, já dá para ver obras recomeçando. A ideia é que, até o fim do ano, tenha uma retomada bem forte da Padre Chagas e um aumento da circulação no bairro", destaca João Pedro, sobre a chegada de novos negócios no Moinhos de Vento. Esse novo movimento, como planeja o sócio do Rancho 141 Burger House, deve estar concentrado durante o dia. Os sócios da hamburgueria, pensando nisso, incluíram, no cardápio, opções de almoço executivo, café e milk-shake, além dos hambúrgueres.


Destaques do cardápio


Com inspirações na estética das clássicas lanchonetes norte-americanas, o Rancho 141 Burger House aposta em hambúrgueres simples - mas de qualidade. São mais de 10 opções de fast-food disponíveis no menu. O destaque, nesse sentido, é o crispy bacon burger, um lanche com duas carnes, cheddar, molho, cebola na chapa e crispy bacon, que custa R$ 33,00 e, com a adição de batata frita e refrigerante, R$ 48,00.

O Rancho 141 Burger House está aberto todos os dias, do meio-dia à meia-noite. A operação também está disponível no iFood.

Desde 1970 no Moinhos de Vento, Xuvisko é referência em rodízio de pizzas em Porto Alegre

Onde a pizza encontra o rock n' roll. É assim que o empreendedor Antônio Costa Fernandes define a Xuvisko Pizzas, pizzaria que faz parte da história da região desde 1970. O tradicional ponto, localizado na avenida Cristóvão Colombo, nº 927, já passou pelas mãos de diferentes empresários gaúchos, mas, desde 1987, o responsável pelo espaço é Antônio.

Durante o primeiro ano de operação, a Xuvisko operava como churrascaria, mas, percebendo a demanda da região, os donos na época decidiram mudar o rumo do negócio. "Eles resolveram fazer o sistema de pizzas igual ao espeto corrido, criaram o rodízio, que não tinha em Porto Alegre, fomos pioneiros", destaca Antônio, que passou a comandar o estabelecimento em 1987 ao lado do irmão, Clóvis Acosta Fernandes, também conhecido como o Gaúcho da Copa. Falecido em 2015, Clóvis acompanhou, desde 1990, a seleção brasileira pilchado nas cores do País e ganhou notoriedade nacional "Foi ele que comprou, trabalhamos 20 anos juntos aqui. Meu irmão nunca vinculava à imagem dele com a pizzaria, mas foi ele que fez tudo isso aqui, tem muito dele na Xuvisko", comenta o empreendedor.

Com mais de 50 anos de história no bairro, Antônio lembra o início da operação, que prosperou por anos até a chegada dos shoppings na cidade. "Houve uma época em que as pessoas abandonaram os bairros e foram para os shoppings, os comércios de bairro sofreram muito com isso. A concorrência está muito grande hoje", pondera o empreendedor, que define a Xuvisko como uma pizzaria da comunidade. Mas, apesar das dificuldades, Antônio acredita que existe uma possível retomada acontecendo na região. "Acho que as coisas podem voltar fortes por conta do 4º Distrito, a revitalização é um caminho possível, mas Porto Alegre é sazonal. A Goethe vivia lotada no meu tempo, hoje morreu, a Padre Chagas está bem diferente do que era, hoje tem muita coisa concentrada na Cidade Baixa", reflete.


Tradição que passa de geração em geração


Para o empreendedor, é a relação de proximidade com a clientela que faz com que a pizzaria esteja de pé há tantos anos. "Tudo que faço aqui, faço pensando no público fiel que temos, nessas pessoas que frequentam a casa desde o início, que conheço o pai, a mãe, os filhos. Gostamos que as pessoas se sintam parte da nossa história, dá uma satisfação a mais desenvolver algo bom para elas", diz Antônio, que nota uma renovação no público da Xuvisko. "Quando é aniversário, principalmente, vem muita gurizada, gente entre 15 e 18 anos, muitos que os pais ou avós comiam aqui e conhecem desde pequenos, dá uma felicidade de ver", afirma.
Sendo um grande entusiasta do rock n' roll e, principalmente, do rei do rock, Elvis Presley, Antônio fez questão de, ao longo dos anos, incorporar diferentes referências do universo do ritmo na Xuvisko. As paredes da casa são repletas de quadros, fotos e artigos de diferentes personalidades do rock. Hoje, a casa é um ponto de encontro para os amantes do estilo musical e conta, em noites pontuais, com música ao vivo, algumas destas por conta de covers do Elvis. "Temos muitos músicos que vêm aqui, pessoal do rock n' roll, é pensando neles que a gente vai melhorando. Os jogos americanos de mesa são todos de álbuns de rock, contando a história daquele álbum ou do artista", comenta o empreendedor, que, uma vez que outra, solta a voz no microfone do restaurante.


Cardápio em constante renovação


Em 1986, havia apenas 10 sabores no cardápio. Hoje, a casa tem mais de 50 opções, entre salgadas e doces, com criações próprias da Xuvisko. "Se nos anos 1980 servíssemos uma pizza de brócolis, o cliente jogava no garçom e diria que não veio aqui para comer salada. Aos poucos, fomos adicionando mais sabores e nos adequando às exigências, acompanhando o mercado", pontua Antônio. Alinhado à regra nacional, o carro-chefe da casa é a pizza de calabresa, seguida dos sabores quatro queijos e marguerita.

A Xuvisko abre ao público todos os dias, das 18h às 23h30min, e, além do rodízio, conta com sistema de pizzas à la carte, também disponível na tele-entrega.

Negócio que une bar e brechó aposta na estética do futebol para fidelizar clientes no Moinhos de Vento

O futebol é a principal paixão nacional. É o esporte mais popular do País e, por consequência, impulsiona o comércio de inúmeros empreendedores e empreendedoras ao redor do Brasil. Um bom exemplo disso é o Brechó do Futebol, bar e brechó em Porto Alegre focado na cultura futebolística latino-americana. O estabelecimento oferece chopes, drinks, petiscos e conta com uma loja dedicada à compra e venda de artigos do esporte. Hoje, o empreendimento possui três sedes na cidade, sendo uma delas no Moinhos de Vento.

O Brechó do Futebol começou em 2010, quando Carlos Caloghero, um dos sócios e fundador do empreendimento, comprou uma camisa pela internet e revendeu, percebendo, assim, que poderia empreender nessa área. Com essa ideia em mente, Carlinhos, como é conhecido, abriu uma sede no Centro da Capital focada exclusivamente em compra e vendas de camisas e outros artigos relacionados ao futebol.

Com o tempo, os amigos do empreendedor passaram a frequentar a loja para ver jogos e o local virou uma espécie de ponto de encontros. Assim, surgiu a ideia de criar um bar onde as pessoas pudessem se divertir e acompanhar os principais jogos, tudo isso em um local ambientado com a temática do futebol.


Um negócio, duas operações diferentes


Hoje, a operação se divide em duas: o brechó e o bar. As duas contam com ambientes, direções, faturamento e funcionários diferentes. "As duas coisas se completam por estarem no mesmo ambiente. Às vezes, o pessoal vem consumir no bar e compra uma camiseta, mas são duas operações completamente distintas", conta Adriano Azambuja, gerente do bar da sede do Moinhos de Vento. A unidade abriu as portas em 2020, no início da pandemia, quando os sócios viram uma oportunidade de expansão. Por conta das restrições sanitárias, o empreendimento foi inaugurado apenas no fim daquele ano. Segundo Adriano, a relação com o bairro é positiva. Apesar de ter pouca relação com os outros empreendedores da região, o gerente garante que o Moinhos de Vento é um bom local para comandar um negócio.

"Desde o início, fomos muito bem acolhidos pelo bairro. Temos muitos clientes fiéis que vêm tanto em dia de jogo quanto em dia que não tem", comenta.
O principal movimento do bar é nos dias que a dupla Grenal entra em campo. Os torcedores costumam lotar o espaço para acompanhar seus times e, em partidas mais importantes, o Brechó do Futebol disponibiliza um telão para quem quiser acompanhar a partida do lado de fora. "Nesses dias, a casa enche. Não tem lugar pra sentar. Quando é grande mesmo, tipo Grenal, colocamos telão do lado de fora e a rua lota", conta Adriano.

Para aumentar o público em dias que a dupla Grenal não joga, Adriano usa sua criatividade. Transmite partidas de outras modalidades esportivas - como futebol americano e basquete - e, nas quartas feiras, sedia um campeonato de poker no segundo andar do estabelecimento.
O empreendimento oferece petiscos e comidas de bar, com drinks e chopes também presentes no cardápio. Quando se trata dos chopes oferecidos no estabelecimento, o foco são produtos artesanais locais.


Raridades para quem ama futebol

O brechó da unidade do Moinhos fica localizado no subsolo do estabelecimento e conta com cerca de 2 mil peças, incluindo camisetas, cachecóis, bermudas e outros artigos esportivos. O destaque vai para as camisetas utilizadas por profissionais durante as partidas oficiais. Por lá, é possível encontrar camisetas usadas por jogadores da dupla Grenal e também da seleção brasileira. Os preços das peças variam bastante. Segundo João Fischer, responsável pela loja do Moinhos de Vento, as peças infantis custam, em média, menos de R$ 100,00, já as adultas variam de R$ 200,00 até quase R$ 1 mil. A operação gastronômica do Brechó do Futebol funciona nas segundas das 11h30min às 19h, de terça a sábado das 11h30min até a meia-noite e, aos domingos, das 15h às 23h. Já o brechó opera de segunda a sábado, das 13h às 19h.

Coco do Parcão completa 14 anos e aposta em nova cafeteria no Parque

Em 2009, Fábio Carvalho decidiu que alugaria um carrinho ambulante para vender água de coco no Parque Moinhos de Vento, mais conhecido como Parcão. Na época, a escolha, como ele conta, até parecia um pouco inusitada: os frequentadores do parque não tinham a cultura de consumir a água do fruto. Passados 14 anos, a percepção que fica é que a aposta no Coco do Parcão deu certo. Na última quinta-feira, Fábio, em parceria com a filha Nicole Carvalho, inaugurou a Tiny Café, nova cafeteria no ponto ao lado do carrinho na avenida 24 de Outubro.

A decisão de expandir o negócio no Moinhos de Vento tem em vista o processo de renovação do bairro e do próprio Parcão. “As melhorias no parque geram um retorno para nós”, entende Fábio. E essa relação com o segundo parque mais antigo de Porto Alegre – só ficando atrás da Redenção – é o que complementa a experiência do empreendedor. “Se fosse do outro lado da rua não seria legal”, acredita o proprietário do negócio, destacando as vantagens de fazer parte de um dos cartões-postais do Moinhos de Vento. “É uma ligação de comércio de rua. Tu crias muitas amizades aqui”, completa. Mas os laços não estão restritos às interações humanas: os pets também gostam de uma água de coco e são clientes fiéis da operação. “Faz bem para eles. As rações ressecam o intestino do animal, e a bebida ajuda a hidratar”, diz Fábio.
Ringo Starr – não o baterista dos Beatles, mas, sim, um cão morador do bairro Moinhos de Vento – prova isso. A cena ocorreu durante a entrevista. O cachorro encravou as patas na frente do Coco do Parcão, na rua 24 de Outubro, nº 697. A tutora do pet logo entendeu que não sairia dali sem uma água de coco. Dito e feito: os dois se renderam à tentação.
Para adquirirem esse sabor tão amado pelos clientes, os cocos, mesmo que sejam finalizados no Moinhos de Vento, são colhidos em um lugar bem longe dali. É de uma plantação de coqueiros no Espírito Santo que vem o coco vendido no Parcão. Vindas de terras capixabas, as frutas são encaminhadas para um depósito refrigerado na zona norte de Porto Alegre e, posteriormente, levados ao Parcão em um tuk-tuk, um triciclo motorizado que transporta até 150 cocos. No parque, acontece a extração da água do coco, comercializada em copos e garrafas, que custam R$ 10,00 e R$ 15,00, respectivamente. O Coco do Parcão está aberto todos os dias, das 7h45min às 19h. Outra opção disponível é o leite de coco verde. “O leite de coco normal, tu não consegues tomar. É mais utilizado na cozinha. Já o leite de coco verde, tu consegues usar na culinária e para beber”, explica Fábio, que, no verão, estima vender mais de 5 mil cocos por mês. Os produtos também são comercializados no iFood. A casca que sobra do processo de extração das iguarias do fruto é transformada em fibra. O item é muito utilizado em diversos setores econômicos em função de suas características de durabilidade, rigidez, impermeabilidade e resistência.


Expansão dentro do Moinhos


Os procedimentos, como afirma Fábio, são trabalhosos, mas é perceptível a gratificação que ele sente pela caminhada. “Amo fazer isso. Gosto de conversar, de atender, não estou pelo dinheiro”, diz o empreendedor, que planeja expandir a marca e comercializar os produtos também em mercados da região. E foi pensando neste perspectiva de ampliar os horizontes do negócio, sem deixar de lado o bairro, que Fábio e Nicole deram vida ao Tiny Café. O cardápio da cafeteria conta com opções que unem os sabores do coco e do café, como o café com leite de coco verde e o café gelado com água de coco, pensado para os dias mais quentes. Outras alternativas mais tradicionais, como café expresso, pão de queijo e chocolate quente, também compõe o menu. O novo quiosque está localizado praticamente ao lado do Coco do Parcão. Os quiosques, aliás, são muito parecidos para respeitar as normas da região. “Tem que ser móvel, a cor tem que ser verde, tem uma série de restrições. Tem que ter força para manter o serviço de ambulante”, comenta Fábio, sobre os pilares de sustentação dos negócios do Parque Moinhos de Vento.

Profissionais passeiam com mais de 100 cães por dia no Moinhos de Vento

Trabalhando com passeios de cães em Porto Alegre desde 1997, Juliano Savino é um dos dog walkers que circula pelo bairro Moinhos de Vento. Em equipe formada por sete pessoas, o grupo de passeadores chega a circular com mais de 100 cães por dia na capital gaúcha.

Como todo apaixonado por cães, Juliano imaginou que seu destino profissional era a Medicina Veterinária, mas, após passar um ano no curso, descobriu o seu verdadeiro rumo. "Desisti porque os cachorros não gostam de veterinários, é algo completamente diferente do que faço hoje. Meu foco nos passeios são a obediência e comportamento social", afirma Juliano, que calcula ter caminhado mais de 125 mil quilômetros em passeios com cães ao longo dos anos.
A média de cães que participam de um passeio é de 12, mas, em alguns casos, os profissionais chegam a caminhar com até 25 cachorros. "Trabalhamos em colaboração, ninguém é chefe de ninguém, mas, às vezes, surgem situações de emergência, alguma questão de saúde, e precisamos passear com os cachorros de outro colega, mas 25 é o máximo que conseguimos", explica.

Morador do bairro, Juliano afirma que, por realizar os passeios na região há muitos anos, teve sua parcela de participação em alguns espaços do bairro, como o cachorródromo do Parcão. "Levei tantos cães no parque, por tantos anos, que a minha presença lá criou o hábito de outras pessoas também irem com os cachorros. Não digo que sou plenamente responsável pelo cachorródromo do parque, mas meu trabalho influenciou muito na existência do espaço", reflete o empreendedor. Mas, apesar de ter realizado muitos passeios no Parcão, o espaço preferido de Juliano, hoje, para levar os cães, é o cachorródromo do Dmae, também localizado no bairro. "É um espaço fechado, gradeado, com apenas uma porta, então é onde eu mais levo os cachorros hoje", compartilha.
Os passeios partem de R$ 25,00, mas os valores podem variar a depender da frequência, caso semanal ou mensal, e se o tutor deseja treinamento, atividade também oferecida pelo grupo de passeadores. "A imensa maioria das pessoas que vê, acha fantástico, pede para tirar foto, sempre fazem as perguntas básicas como 'por que eles não brigam?', mas é simples, não brigam porque não é permitido brigar", explica Juliano.


Como funcionam os passeios


Antes de iniciarem nos passeios, os cães passam por uma avaliação e, se necessário, treinamento, para que estejam aptos. "Raramente os cães vão encontrar comida no chão e querer disputar. Nós temos um incidente por ano, de sermos atacados por outro cachorro, por exemplo", comenta. Os passeadores também oferecem outros serviços, como hospedagem, acompanhamento em hospital veterinário, transporte e adestramento. "Realizamos diferentes atividades que auxiliam na vida de quem tem cachorro, mas os focos são os passeios", declara Juliano, que pode ser contato por WhatsApp (51 99280- 5117).

Novidade no Moinhos de Vento, escola de yoga celebra recepção e mira expansão

Yoga para todo mundo. É baseado nesse princípio que a Escola Kaiut opera há cinco anos em Porto Alegre. O espaço, comandado por Luciana Costa e Ana Cláudia Costa, busca oferecer uma prática acessível para pessoas de todos os gêneros, idades e dentro das limitações de cada um.
Fundada por Luciana em 2018, a escola aplica o método Kaiut de yoga - idealizado por Francisco Kaiut há 35 anos -, que entrou na vida da sócia após enfrentar um problema de saúde. Médica e doutora em endocrinologia, Luciana buscava uma prática que aliasse diversas frentes. "Por conta das minhas dores na coluna, fui atrás de uma atividade que integrasse a parte da ciência, o funcionamento do corpo humano moderno, com a meditação e a neurociência. Foi aí que conheci o trabalho do Francisco", lembra Luciana, que iniciou de forma despretensiosa, já que a intenção não era realizar uma nova formação para mudança de carreira, mas auxiliar na sua própria saúde.
"Fui realizar a formação em Gramado e, ali pelo quarto mês, comecei a aplicar nas minhas pacientes com fibromialgia, que sentiam dor, algumas posições. Falava para sentarem no chão, botar a mão ali, o pé aqui. Era para ser uma prática pessoal e, quando vi, já estava dando aula", rememora. O primeiro endereço da escola foi no bairro Auxiliadora, onde ficou por quatro anos até a mudança para o Moinhos de Vento, em março de 2022, que acompanhou, também, uma mudança na sociedade do negócio. "A Ana Cláudia era minha aluna, sabia que eu estava querendo me mudar. Então, começou a me falar do prédio onde ela já trabalhava. No início, deu um frio na barriga, questionava se as turmas iam vir até aqui, mas todas vieram e chegaram muitas mais", afirma Luciana, que, hoje, não enxerga a escola em outro bairro. "Encontrei aqui o que imaginava quando abri a escola lá em 2018, que é essa conexão da cidade com a natureza. Foi tão bom que faz uma semana que vim morar aqui", comenta Luciana.
Localizada na rua Hilário Ribeiro, nº 202, a escola conta com mais de 100 alunos, em sua grande maioria mulheres na faixa dos 40 e 50 anos. A procura pelas aulas aumentou e segue aumentando desde a mudança de endereço. A dupla já planeja expandir o espaço para acomodar ainda mais pessoas, já que, hoje, a sala disponível comporta 18 pessoas. "Vou ficar no bairro, vou quebrar todas essas paredes e colocar 200 alunos no chão", diverte-se Luciana, reforçando a importância da prática para o bem estar físico, mental e emocional. "Digo que ir para o tapetinho é que nem escovar os dentes. Todos os dias, 10 minutos de prática, já vai entendendo e sentindo a diferença de um corpo funcional. O que eu faço hoje, com 55 anos, aos 40, não tinha condições", reflete a empreendedora.

Guia divulga e conecta empreendedores do bairro Moinhos de Vento

Foi entendendo a importância do senso de comunidade para o desenvolvimento dos negócios e para o fortalecimento da economia local que a jornalista Letícia Bührer criou o Moinhos+, guia do bairro Moinhos de Vento que tem como objetivo divulgar as iniciativas da região. A plataforma é online e, no Instagram (@moinhosmaisoficial), conta com mais de 16 mil seguidores, formados por empreendedores e por admiradores do bairro.

Letícia conta que sempre nutriu uma grande paixão pelo empreendedorismo e por histórias inspiradoras. A ideia de criar o projeto veio a partir de sua experiência trabalhando com Marketing e Empreendedorismo Digital desde 2015. "Gosto muito de projetos inovadores, então surgiu a ideia do Moinhos+ para engajar, apoiar e dar visibilidade aos empreendedores e aos negócios locais", lembra Letícia.

Desde sua criação, o projeto tem atendido às expectativas de Letícia e, segundo a empreendedora, também tem contribuído para os negócios da região. "Fomos muito bem recebidos e acolhidos pelos empreendedores. Eles gostam bastante do projeto, tanto que recebemos muitas mensagens de agradecimento", afirma Letícia.

Com foco no online, a página no Instagram é o principal meio de divulgação da iniciativa e é por lá que acontecem as principais trocas entre os empreendedores. Letícia conta que o senso de comunidade que surgiu a partir do projeto é motivo de orgulho e revela que as redes sociais são fundamentais para proporcionar o diálogo entre os negócios.

"Tem um forte senso de comunidade na própria página do Instagram. Por exemplo, quando fazemos uma postagem de uma empresa que chegou no bairro, os próprios vizinhos dão boas-vindas nos comentários e acabam criando ações em parceria", explica a jornalista.
Além das redes sociais, o guia do bairro Moinhos de Vento também possui um site, ideia criada, conforme Letícia, pelos próprios empreendedores.

"Muitos solicitaram uma página fixa além da rede social. Criei o moinhoismais.com.br para quem busca outras informações sobre os estabelecimentos e negócios do bairro", explica Letícia, garantindo que a plataforma sempre procura dar destaque para os rostos por trás dos negócios ali divulgados. Isso, de certa forma, humaniza os estabelecimentos, contribuindo para o sentimento de comunidade que a iniciativa busca enfatizar.

"O projeto veio para valorizar e dar visibilidade aos empreendedores, valorizando os negócios locais. Então, quando um estabelecimento chega ao bairro Moinhos de Vento, fazemos a divulgação do negócio e colocamos na foto da postagem o empreendedor que está à frente da operação. A ideia é essa: valorizar, apoiar e dar boas-vindas", explica.


Um bairro focado na renovação


Letícia acredita que o bairro Moinhos de Vento é muito bom para empreender. Apesar de ser um bairro muito tradicional de Porto Alegre, ele não está parado no tempo, e, segundo ela, não deixa de se reinventar. "O Moinhos de Vento é considerado por muitos um dos bairros mais charmosos de Porto Alegre, então tem toda essa atmosfera elegante. Ao mesmo tempo, é um bairro que não para de se reinventar através de inovações no comércio. Pela própria página conseguimos ver que sempre tem novos empreendedores chegando", afirma.
Outro diferencial da região, pela percepção da empreendedora, é os diferentes públicos que frequentam o bairro, fazendo do Moinhos de Vento um ponto atrativo para diversos tipos de empreendimentos.

"É um bairro que consegue conciliar toda essa questão de ruas arborizadas e casarões antigos com empreendimentos modernos. Tem rede hoteleira, shopping, pontos turísticos. Então, é uma área que acolhe moradores, frequentadores e, até mesmo, turistas", percebe Letícia.


Fique por dentro das novidades do Moinhos de Vento


As novidades do bairro são publicadas diariamente nos canais do Moinhos+. Saiba mais pelo Instagram (@moinhosmaisocial), pelo site (www.moinhosmais.com.br) ou pelo WhatsApp (51 99591-538).