A iniciativa fomentou o desenvolvimento de espaços para pets no bairro

Profissionais passeiam com mais de 100 cães por dia no Moinhos de Vento


A iniciativa fomentou o desenvolvimento de espaços para pets no bairro

Trabalhando com passeios de cães em Porto Alegre desde 1997, Juliano Savino é um dos dog walkers que circula pelo bairro Moinhos de Vento. Em equipe formada por sete pessoas, o grupo de passeadores chega a circular com mais de 100 cães por dia na capital gaúcha.
Trabalhando com passeios de cães em Porto Alegre desde 1997, Juliano Savino é um dos dog walkers que circula pelo bairro Moinhos de Vento. Em equipe formada por sete pessoas, o grupo de passeadores chega a circular com mais de 100 cães por dia na capital gaúcha.
Como todo apaixonado por cães, Juliano imaginou que seu destino profissional era a Medicina Veterinária, mas, após passar um ano no curso, descobriu o seu verdadeiro rumo. "Desisti porque os cachorros não gostam de veterinários, é algo completamente diferente do que faço hoje. Meu foco nos passeios são a obediência e comportamento social", afirma Juliano, que calcula ter caminhado mais de 125 mil quilômetros em passeios com cães ao longo dos anos.

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A média de cães que participam de um passeio é de 12, mas, em alguns casos, os profissionais chegam a caminhar com até 25 cachorros. "Trabalhamos em colaboração, ninguém é chefe de ninguém, mas, às vezes, surgem situações de emergência, alguma questão de saúde, e precisamos passear com os cachorros de outro colega, mas 25 é o máximo que conseguimos", explica.
Morador do bairro, Juliano afirma que, por realizar os passeios na região há muitos anos, teve sua parcela de participação em alguns espaços do bairro, como o cachorródromo do Parcão. "Levei tantos cães no parque, por tantos anos, que a minha presença lá criou o hábito de outras pessoas também irem com os cachorros. Não digo que sou plenamente responsável pelo cachorródromo do parque, mas meu trabalho influenciou muito na existência do espaço", reflete o empreendedor. Mas, apesar de ter realizado muitos passeios no Parcão, o espaço preferido de Juliano, hoje, para levar os cães, é o cachorródromo do Dmae, também localizado no bairro. "É um espaço fechado, gradeado, com apenas uma porta, então é onde eu mais levo os cachorros hoje", compartilha.
TÂNIA MEINERZ/JC
Os passeios partem de R$ 25,00, mas os valores podem variar a depender da frequência, caso semanal ou mensal, e se o tutor deseja treinamento, atividade também oferecida pelo grupo de passeadores. "A imensa maioria das pessoas que vê, acha fantástico, pede para tirar foto, sempre fazem as perguntas básicas como 'por que eles não brigam?', mas é simples, não brigam porque não é permitido brigar", explica Juliano.

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Como funcionam os passeios

Antes de iniciarem nos passeios, os cães passam por uma avaliação e, se necessário, treinamento, para que estejam aptos. "Raramente os cães vão encontrar comida no chão e querer disputar. Nós temos um incidente por ano, de sermos atacados por outro cachorro, por exemplo", comenta. Os passeadores também oferecem outros serviços, como hospedagem, acompanhamento em hospital veterinário, transporte e adestramento. "Realizamos diferentes atividades que auxiliam na vida de quem tem cachorro, mas os focos são os passeios", declara Juliano, que pode ser contato por WhatsApp (51 99280- 5117).