Há 23 anos ocupando o mesmo ponto na rua General Lima e Silva, nº 552, na Cidade Baixa, a loja de roupas femininas Profana lançou uma coleção especial que homenageia o bairro mais boêmio da capital gaúcha. A iniciativa é uma parceria entre Simone Vallier Moro, 49 anos, proprietária da Profana, e a jornalista Tatiana Gappmayer, 46, criadora de conteúdo e idealizadora do perfil @pelacidadebaixa no Instagram.
A dupla já havia trabalhado em conjunto, mas, neste ano, uniu forças para homenagear o bairro por meio de peças com estampas exclusivas, produzidas com diferentes fotografias da região, todas registradas por Tatiana ao longo dos anos no bairro em que mora - e muito admira -, a Cidade Baixa. “Gosto muito dos registros da Tati, acho que são impregnados de amor, cuidado. Ela retrata muito bem o bairro, com uma emoção de quem vive aqui, de quem gosta do bairro, então a ideia era trazer toda essa energia para a coleção”, declara Simone.
A dupla já havia trabalhado em conjunto, mas, neste ano, uniu forças para homenagear o bairro por meio de peças com estampas exclusivas, produzidas com diferentes fotografias da região, todas registradas por Tatiana ao longo dos anos no bairro em que mora - e muito admira -, a Cidade Baixa. “Gosto muito dos registros da Tati, acho que são impregnados de amor, cuidado. Ela retrata muito bem o bairro, com uma emoção de quem vive aqui, de quem gosta do bairro, então a ideia era trazer toda essa energia para a coleção”, declara Simone.
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Com uma seleção de 30 fotos, a dupla buscou dar preferência às imagens que mais representassem o bairro e o entorno. “Expandimos um pouquinho os limites geográficos da CB, vamos um pouco para o Centro Histórico, para a Redenção, porque a ideia é representar a região, todos os pontos tradicionais”, explica Tatiana.
Entre as 18 estampas disponíveis, estão imagens de pontos clássicos do bairro, como a Travessa dos Venezianos, casas históricas na rua Lopo Gonçalves, fachadas da rua João Alfredo, a ponte de pedra do Largo dos Açorianos, entre outros. “Mais do que ruas, temos elementos da Cidade Baixa, a arte urbana, por exemplo, que tem muito aqui, essa pegada se traduz nas fotos e nas peças”, define Tati. “A ideia era pegar diferentes ruas, pontos que, juntos, montassem esse quebra-cabeça que é a CB. O bairro tem uma vida diurna, o dia a dia, as pessoas saem para caminhar, vão na pracinha, levam as crianças, vão passear com os cachorros. Quem não é do bairro talvez enxergue ele mais noturno, mas não é. Acredito que ele é muito mais esse dia a dia do que noturno, quase que uma cidade do interior onde todo mundo se conhece”, pontua Simone.
As estampas podem ser aplicadas em diferentes peças, como vestidos, blusas, saias, moletons e kimonos. Os valores variam entre R$ 128,00 e R$ 248,00 e a grade de tamanhos vai do P ao G4. “Essa expansão da grade era algo bem importante para mim, sempre amei as roupas da Profana, e a Simone estava superaberta a isso, então estou muito feliz que a coleção tem essa variedade, com tamanhos maiores”, celebra Tati.
Além de expandir as barreiras do bairro, a dupla conta que a coleção atingiu pessoas de outras cidades e estados. “É um bairro que poderia facilmente estar em qualquer lugar do mundo, então ele causa essa identificação”, acredita Simone. “Ele é local, mas por ter essa pegada mais urbana, acho que consegue ter um alcance maior”, pondera Tati.
Além de expandir as barreiras do bairro, a dupla conta que a coleção atingiu pessoas de outras cidades e estados. “É um bairro que poderia facilmente estar em qualquer lugar do mundo, então ele causa essa identificação”, acredita Simone. “Ele é local, mas por ter essa pegada mais urbana, acho que consegue ter um alcance maior”, pondera Tati.
Pela Cidade Baixa
O que era para ser temporário, um trabalho de seis meses para uma disciplina de pós-graduação, tornou-se um projeto de vida para Tatiana. Desafiada a criar um produto digital, a jornalista uniu duas paixões: a fotografia e a CB, e criou o @pelacidadebaixa, perfil que existe há cerca de sete anos e reúne mais de 35 mil seguidores no Instagram.
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“A ideia do perfil sempre foi reunir informação, o lado jornalístico, com as imagens do bairro, mostrar aquilo que não se vê. Sabes quando tu passas pelo mesmo lugar tantas vezes que não reparas nos detalhes? Essa é a ideia do perfil: mostrar os detalhes do bairro, um pouco da história por trás, as curiosidades, mas também ter uma agenda cultural da região”, declara Tati, que busca sempre acompanhar os eventos culturais e artísticos que acontecem no bairro.
Tomando maiores proporções do que esperava, Tati admite que, com o tempo, o perfil se tornou um canal sobre o bairro, quase uma comunidade que reúne apaixonados e saudosistas. “Tem pessoas que nem moram mais aqui e matam a saudade por lá, compartilham histórias de quando moravam no bairro, contam curiosidades sobre as casas, como as coisas eram quando estavam aqui, porque as coisas vão mudando muito rápido, as artes, então o projeto registra esses diferentes momentos da CB”, destaca a jornalista.
Tomando maiores proporções do que esperava, Tati admite que, com o tempo, o perfil se tornou um canal sobre o bairro, quase uma comunidade que reúne apaixonados e saudosistas. “Tem pessoas que nem moram mais aqui e matam a saudade por lá, compartilham histórias de quando moravam no bairro, contam curiosidades sobre as casas, como as coisas eram quando estavam aqui, porque as coisas vão mudando muito rápido, as artes, então o projeto registra esses diferentes momentos da CB”, destaca a jornalista.
A história da Profana
Com mais de duas décadas de operação, a loja surgiu com o objetivo de ser um espaço de moda diferente, fora do circuito comercial padrão. Peças autorais sempre foram o foco da Profana, que conta com um ateliê próprio no segundo andar da casa, de onde saem a maioria das peças vendidas por lá.
Observando o bairro se renovar ano após ano, Simone é só sorrisos ao falar da região que a acolhe por tanto tempo. “Morei anos aqui, a maior parte da minha vida, e, hoje, vejo que a Profana fez e faz parte da construção do bairro”, afirma a empreendedora, que admite um certo receio ao notar as recentes mudanças na região.
“Percebemos que o bairro está mudando, mas essa essência é tão maravilhosa, gostaria muito que não se perdesse isso, essa vibe, a diversidade que temos aqui, e a coleção vem para dar um registro disso, das diferentes facetas da CB”, avalia a empreendedora.
Observando o bairro se renovar ano após ano, Simone é só sorrisos ao falar da região que a acolhe por tanto tempo. “Morei anos aqui, a maior parte da minha vida, e, hoje, vejo que a Profana fez e faz parte da construção do bairro”, afirma a empreendedora, que admite um certo receio ao notar as recentes mudanças na região.
“Percebemos que o bairro está mudando, mas essa essência é tão maravilhosa, gostaria muito que não se perdesse isso, essa vibe, a diversidade que temos aqui, e a coleção vem para dar um registro disso, das diferentes facetas da CB”, avalia a empreendedora.