Dia 13 de julho é o Dia Mundial do Rock, ritmo que surgiu nos anos 1950 e segue movimentando a indústria da música. Mais do que um mero gosto musical, o rock n' roll é um estilo de vida, e levar isso para o mundo dos negócios é o match perfeito. Esse é o caso do gaúcho Thiago Vitola, que tocava em bandas de rock na juventude e hoje é franqueado da School of Rock, escola de música em Porto Alegre. "Empreendi em áreas diferentes. É a terceira vez que mudo radicalmente de setor, só que na verdade foi uma volta à música. Fui músico lá na adolescência e nunca me desliguei da música", conta Thiago.
Em 2019, pouco antes do começo da pandemia, Thiago conheceu a School of Rock e decidiu apostar na franquia. Embora muitos possam achar que a rede tenha sido inspirada no filme de mesmo nome estrelado por Jack Black em 2003, a marca surgiu na Filadélfia (EUA) em 1998 e se transformou em uma rede de escolas de música com unidades em vários países.
LEIA TAMBÉM > Novo bar no bairro Rio Branco aposta em comida de boteco e drinks autorais
A unidade da franquia em Porto Alegre abriu no final de 2020, na rua Benjamin Flores, nº 57, no bairro Independência, mas por conta das restrições, o funcionamento pleno começou apenas em junho de 2021. "Tive que segurar no osso do peito. Tinha usado minhas economias porque existia um planejamento financeiro para a abertura da franquia, coisas que são exigidas pela franqueadora. Fiz contratação de funcionários, tirei gente de outros lugares para trabalhar comigo", lembra.
O modelo de negócio se difere do aplicado em outras escolas e academias de música. As aulas abrangem o ensino de guitarra e violão, bateria, canto, baixo, teclado e piano. Na rede, a metodologia e o processo de aprendizagem abrem espaço para a experiência de palco por meio do programa Performance, onde cada aluno se apresenta ao vivo. No caso da unidade na capital gaúcha, os estudantes já se apresentaram em shows em alguns redutos do rock, como o Sgt Peppers. O músico Tchê Gomes, ex-guitarrista do TNT, faz parte do grupo de professores da escola.
"O mercado para músicos profissionais no Rio Grande do Sul é um pouco restrito. Só que a música envolve várias outras coisas, não é só uma atração, tem relação com o desenvolvimento pessoal. Quando quis empreender com algo nesse ramo, a minha ideia era devolver um pouco o que a música tinha me dado, porque o que fiz lá atrás como músico me capacitou para diversas coisas", ressalta.
Entre os benefícios que a vivência como músico trouxe, ele cita a capacidade de falar em público e de interagir com outras pessoas. Quando se fala em mercado da música, Thiago lembra que há diversas áreas em que ela pode ser usada que vão além do hobby, como por exemplo, a musicoterapia.
LEIA TAMBÉM > Vinícola produz mais de 4 mil garrafas de vinho com rótulos autorais em Porto Alegre
A escola conta com cerca de 100 alunos atualmente, entre crianças e adultos, mas comporta 300. Desde o início, a School of Rock já demonstra o vigor do negócio, dando espaço a planos de expansão. Thiago já avalia a abertura de outras unidades, que podem vir a ser estabelecidas em Porto Alegre ou outras cidades gaúchas.
No Brasil, a School of Rock tem uma master franqueada que soma 52 operações e é responsável também pela marca em Portugal e Espanha. "A essência é o rock n' roll, mas ensinamos outros ritmos", conta o CEO da School of Rock Brasil, Paulo Portela.