Há cinco anos no Santa Cecília e há dois anos ocupando o número 811 da rua Dona Eugênia, a Alma Objetos Cerâmicos é um dos negócios que compõem o ecossistema empreendedor do bairro. Fundada por Marina de Freitas Carvalho, 36 anos, a Alma oferece cursos de introdução à modelagem manual, workshop para quem nunca fez cerâmica, cursos de aprimoramento de técnicas, além de produções próprias.
Depois de atuar por bons anos em um cargo corporativo, Marina decidiu trocar de profissão. Foi em um curso de introdução à cerâmica que a jovem encontrou sua vocação. “Fiz um curso no Atelier de Cerâmica da Katia Schames, e chegando lá, me apaixonei. Em um ano já tinha saído do meu trabalho, fiquei estudando muito, comprei um torno e passei a me dedicar totalmente à cerâmica”, rememora sobre o começo da Alma, que iniciou em uma sala de 20 m², onde Marina ministrava um workshop para iniciantes.
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“Foi crescendo e chegou em um momento que só eu dava aula para oito turmas, era uma loucura. Tive que me mudar. Em 2021, nesse momento de pós-pandemia, viemos para cá, foi quase que um último suspiro da Alma, uma aposta mesmo, mas que deu muito certo”, reflete sobre a trajetória do negócio, que completa cinco anos no Santa Cecília. “Sempre gostei desse clima de bairro, com casinhas, pequenos negócios, bem residencial mesmo. Nós temos essa boa relação, de parceria, é um bairro com coisas pequenas, tudo meio pertinho, então vamos nos comunicando, a gente se ajuda”, define sobre empreender na região.
Hoje, o carro-chefe da Alma são as aulas, mas a marca também conta com um espaço de produção própria, em endereço próximo ao da escola, também no bairro Santa Cecília, onde são produzidas louças para restaurantes e os itens vendidos no e-commerce e na escola da Alma. “Durante um tempo, foi tudo junto, escola e produção, mas era uma loucura, impressora suja de pó, era horrível. Brinco que a escola é Nutella e lá é raiz, porque é a produção mesmo, de onde vêm as louças que vendemos aqui”, declara a empreendedora, que ressalta a importância que a venda dos itens teve para a continuação do negócio durante o período de pandemia. “Foi quando criamos o e-commerce, a galera estava em casa e teve esse boom de itens para casa, de decoração, foi o que salvou a Alma”, admite Marina.
De acordo com a empreendedora, nos últimos anos, o bairro tem recebido muitos jovens, alguns que chegam até a escola por conta de vídeos que viram no TikTok, mas, também, segue com uma população idosa, moradora do Santa Cecília há muitos anos, que realiza suas caminhadas diárias pela região. “É um clima quase que interiorano, negócios pequenos, conhecemos todo mundo, os moradores, donos e donas, é muito legal fazer parte dessa comunidade”, expõe Marina.
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Buscando atingir os diferentes públicos da região, a escola possui desde cursos introdutórios, como o workshop alma, uma manhã de introdução à cerâmica manual, no valor de R$ 290,00, até pacotes mensais, com aulas semanais e cursos de aprofundamento, focados em intensificar técnicas, que custam R$ 730,00. “Em outras escolas, paga-se mais barato pelas aulas, mas precisa comprar tudo. Comprar argila, esmaltes, pagar pelas queimas, mas aqui não, está tudo incluso no valor”, explica Marina. As aulas introdutórias incluem 3kg de argila, entre mais de 10 tipos disponíveis, diferentes potes com tintas, baldes e as queimas necessárias para a produção da cerâmica.
Com mais de 100 alunos por mês, Marina comenta que, entre jovens e aposentados, muitos procuram a cerâmica como uma forma de terapia, embora a escola não se denomine terapêutica. “Recebemos muitas pessoas que vêm porque estão com algum problema pessoal e fazem a cerâmica como uma forma de terapia, mesmo nós nunca nos denominando como arte terapia. Existem técnicas para isso, e não é o que fazemos, mas um trabalho manual, mexer com as mãos, não deixa de ser terapêutico”, pondera a proprietária.
Apesar de não ser o foco da escola, a Alma também recebe pessoas em busca de profissionalização, e Marina afirma ser muito grata por fazer parte da formação de outros profissionais. “Existem pessoas que vêm com a expectativa de ter uma profissão, e é muito legal saber que já saíram aqui da escola muitas marcas de cerâmica aqui de Porto Alegre”, destaca. Além dos cursos, o espaço conta com serviço de queimas para profissionais que não trabalham na Alma, mas precisam do recurso.
Com mais de 100 alunos por mês, Marina comenta que, entre jovens e aposentados, muitos procuram a cerâmica como uma forma de terapia, embora a escola não se denomine terapêutica. “Recebemos muitas pessoas que vêm porque estão com algum problema pessoal e fazem a cerâmica como uma forma de terapia, mesmo nós nunca nos denominando como arte terapia. Existem técnicas para isso, e não é o que fazemos, mas um trabalho manual, mexer com as mãos, não deixa de ser terapêutico”, pondera a proprietária.
Apesar de não ser o foco da escola, a Alma também recebe pessoas em busca de profissionalização, e Marina afirma ser muito grata por fazer parte da formação de outros profissionais. “Existem pessoas que vêm com a expectativa de ter uma profissão, e é muito legal saber que já saíram aqui da escola muitas marcas de cerâmica aqui de Porto Alegre”, destaca. Além dos cursos, o espaço conta com serviço de queimas para profissionais que não trabalham na Alma, mas precisam do recurso.