Entre mais de 1 mil revistas, jornais, quadrinhos e cruzadinhas, o ponto conserva os valores tradicionais do saber impresso

Banca do Vilela é referência há 31 anos no bairro Santa Cecília


Entre mais de 1 mil revistas, jornais, quadrinhos e cruzadinhas, o ponto conserva os valores tradicionais do saber impresso

Uma avaliação comum entre os empreendedores e empreendedoras do Santa Cecília é que, por lá, o cenário mais ou menos se manteve. Mas se tem um negócio que preserva mesmo a sua essência é a Banca do Vilela. Modernidades à parte, a banca conserva o que tem de mais tradicional e precioso no manuseio do objeto de leitura: a experiência sensorial.
Uma avaliação comum entre os empreendedores e empreendedoras do Santa Cecília é que, por lá, o cenário mais ou menos se manteve. Mas se tem um negócio que preserva mesmo a sua essência é a Banca do Vilela. Modernidades à parte, a banca conserva o que tem de mais tradicional e precioso no manuseio do objeto de leitura: a experiência sensorial.
Quem sabe muito bem dessa máxima é Antônio Vilela, figurinha carimbada do Santa Cecília e proprietário da Banca do Vilela, que opera há 31 anos na rua Vicente da Fontoura, nº 2175. Mesmo enxuta, a banca é um convite a uma viagem ao passado. O estabelecimento possui cheiros e itens que só se encontram por lá.
A banca já foi eleita a melhor de Porto Alegre e, hoje, usufrui dos diferenciais que a consolidaram para se manter firme na divisa dos bairros Santa Cecília e Petrópolis. "Quando comecei com a banca, tinha um total de 900 bancas. Hoje, se tiverem 50, é muito", estima Vilela, acrescentando que os mais de 1 mil produtos disponíveis e a localidade possibilitaram a continuação do negócio.

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 TÂNIA MEINERZ/JC
"Para mim, isso aqui é diversão. Tenho amizade com clientes, vizinhos. Se tu perguntares pelo Vilela, todo mundo conhece", destaca sobre as vantagens de empreender num bairro compacto como o Santa Cecília. Com público fiel e clientes que frequentam o espaço há décadas, abandonar a banca nunca foi uma opção para Vilela. "Fui insistente. Teve época que diminuiu bastante, mas não desisti. Minha família me ajudou muito", rememora.
Apesar das dificuldades que ainda permeiam o ramo, o empreendedor percebe uma boa circulação de mangás, quadrinhos, revistas nacionais e importadas. A venda dos jornais, contudo, não é mais como antigamente. "Eram pilhas e pilhas, muito jornal, mas isso foi mudando. Num domingo, vendia centenas. Hoje, as vendas estão baixinhas. A internet tomou conta", diz Vilela.
Mesmo assim, a banca segue operando de segunda a sábado, das 8h às 18h, e, aos domingos, das 8h às 13h. "Isso não pode acabar. Tenho esperança que continue, porque o pessoal gosta disso aqui, de pegar o papel na mão", sonha Vilela, pensando em manter a tradição viva no bairro Santa Cecília.

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