O franchising gaúcho celebra os números positivos do primeiro trimestre do ano. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o Estado teve um crescimento de 12,6% no faturamento no primeiro trimestre de 2023. No Brasil, o mercado de franquias consolidou sua recuperação, sendo responsável por movimentar mais de R$ 218,9 bilhões, o que representa um acréscimo de 17,2% em seu faturamento. Segundo André Belz, diretor da regional Sul da Associação Brasileira de Franchising, o número é histórico, sendo o melhor resultado para um primeiro trimestre.
Entre os setores que se destacaram, destaca André, está, em primeiro lugar, o de comunicação, seguido pela educação, o que, para o diretor regional, é uma surpresa. "É um setor bastante estável, que não oscila muito. O setor de educação cresceu 71,5%. Chama muita atenção por conta dessa estabilidade e, mesmo assim, teve um crescimento muito grande. O terceiro foi hotelaria e turismo, e existe uma justificativa forte, que é a retomada por completo", pontua André, destacando que os bons resultados estão atrelados ao período de retomada pós-pandemia. "Esse ano está sendo o primeiro 100% sem pandemia. É um crescimento histórico. Durante a pandemia, víamos muitas diferenças entre regiões, estados. O Sul foi um local que as restrições foram diminuindo com um pouco mais de velocidade que outras regiões do Brasil e esse crescimento já aconteceu no ano passado também. Nesse ano, o Brasil todo começou com tudo", considera o diretor da regional Sul da ABF.
Para ele, o Estado segue com potencial para quem deseja empreender por meio do franchising. "No Rio Grande do Sul, tivemos um crescimento de 12,6% no faturamento e 4,9% no número de unidades franqueadas. Hoje, o RS possui cerca de 10,5 mil unidades de franquia em operação no estado. O crescimento é muito significativo no Brasil, no Rio Grande do Sul, e isso deixa o pessoal bem animado", garante.
Expectativa para 2023
Frente o bom resultado, a expectativa é que o setor atinja a projeção inicial do ano, que é de crescimento entre 10% e 12%. "Vem crescendo muito por ser um modelo de negócio muito atrativo e que tem chances de sucesso de maiores do que as pessoas abrem de forma independente", entende André, destacando que, para quem deseja tirar o sonho de empreender do papel por meio do franchising, ainda há tempo. "Empreender é sempre bom. Percebemos, nesse primeiro trimestre, que todos os segmentos de franquias no Brasil cresceram. Como todos os segmentos têm a possibilidade de ir bem, a pessoa deve fazer algo que ela terá satisfação de trabalhar", pontua.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é a sazonalidade dos negócios. "Se a pessoa ainda não abriu uma franquia, todo processo leva cerca de 90 dias. Se o empreendedor não conseguir abrir uma operação em 2023, ela, tranquilamente, pode pensar para a virada do ano qualquer modelo de negócio. O que acontece é que alguns negócios possuem sazonalidade e outra não. Por exemplo, uma operação de alimentação ou uma loja no shopping, pode abrir em qualquer época do ano. Se vai trabalhar com educação, existe uma sazonalidade de início de semestre, de ano", pondera, destacando a consistência do empreendedorismo por essa via. "Não é uma fórmula mágica, mas é um negócio mais propício a ter sucesso", afirma.