A proposta do Affogato é viabilizar a adoção dos gatinhos, além de ser um lugar para os amantes de felinos

Porto Alegre ganha primeiro cat café, onde clientes podem adotar e brincar com os gatos


A proposta do Affogato é viabilizar a adoção dos gatinhos, além de ser um lugar para os amantes de felinos

Os apaixonados por gatos têm um novo ponto em Porto Alegre. O Affogato, primeiro cat café da Capital, abre as portas no próximo sábado (10). O conceito surgiu em Taiwan, mas se popularizou no Japão. No Brasil, o modelo de negócio já está presente no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Bahia e Brasília e, no Rio Grande do Sul, uma operação em Passo Fundo recebe quem ama gatinhos. Agora, Porto Alegre tem um cat café para chamar de seu na rua Coronel Bordini, nº 231.
Os apaixonados por gatos têm um novo ponto em Porto Alegre. O Affogato, primeiro cat café da Capital, abre as portas no próximo sábado (10). O conceito surgiu em Taiwan, mas se popularizou no Japão. No Brasil, o modelo de negócio já está presente no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Bahia e Brasília e, no Rio Grande do Sul, uma operação em Passo Fundo recebe quem ama gatinhos. Agora, Porto Alegre tem um cat café para chamar de seu na rua Coronel Bordini, nº 231.
Rafaela Mendes Ribeiro, 26 anos, e Bianca Mickaelsen, 22, estão à frente do negócio que conta com a mentoria de Rosi Motta. A ideia surgiu a partir do desejo de unir a paixão pelos gatos com um negócio. "Eu e a Bianca estudávamos Psicologia, mas sempre tivemos essa vontade de empreender. Começamos a pesquisar e lembrei dos cat cafés que já visitei fora. Vi que, no Brasil, existiam vários, mas nenhum em Porto Alegre", conta Rafaela, que, a partir disso, tentou entender o motivo da Capital ainda não ter uma proposta similar. "Começamos a fazer uma pesquisa de mercado para entender por que em Porto Alegre não tinha, se alguém tinha tentado e faliu. Vimos que tinha mercado e começamos a dar andamento ao projeto", diz sobre o negócio, que levou um ano para ser executado e recebeu investimento de cerca de R$ 150 mil. 

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Como funciona o cat café

O espaço destinado para os gatinhos é separado do ambiente da cafeteria. Em uma sala envidraçada - uma espécie de aquário -, os felinos brincam livremente e podem receber visitas dos clientes. A entrada na carland, como as empreendedoras batizaram o espaço, tem um custo, partindo de R$ 10,00 para 15 minutos no ambiente. Rafaela destaca que todo valor arrecadado nas visitações é destinado para a Resgatto, ONG que está por trás da iniciativa e que é responsável pelos gatinhos que estão no Affogato. "Nossa paixão são os gatos e encontramos a Resgatto. São pessoas de confiança e de caráter", pontua Rafaela. O espaço comporta até oito gatos e, por vez, até cinco pessoas. Uma das maiores preocupações da operação, garantem as sócias, é o bem-estar dos felinos, aliando com a viabilidade do negócio. "É empreendedorismo na veia. Nossa proposta é oferecer oportunidade para que os gatinhos tenham seus lares. A cafeteria é o que nós temos para manter, mas o foco são os gatos", garante Rosi sobre os gatinhos, que estão disponíveis para adoção. 
TÂNIA MEINERZ/JC

Cuidados na Catland

A visitação no espaço será mediada por uma colaborada para garantir a segurança dos gatos. Os clientes devem, para entrar, tirar os sapatos e higienizar as mãos. Ainda, é proibido tirar fotos com flash, alimentar os bichinhos e acordá-los. Crianças menores de 10 anos devem entrar acompanhadas. As empreendedoras pedem que os clientes falem mais baixo e não gritem perto dos bichinhos. Outro cuidado é sobre o horário de visitação. O Affogato opera de terça a sexta-feira das 13h30min às 18h30min e, aos fins de semana, das 10h às 19h30min. No entanto, a área dos gatinhos funciona por um período menor, a fim de garantir o descanso dos pets. Nos dias de semana, a catland funciona das 14h às 17h e sábado e domingo, das 11h às 17h30min. As visitas são feitas mediante reserva no site do negócio (affogatocafe.com.br). 
TÂNIA MEINERZ/JC

Para adotar um gatinho do Affogato

O processo de adoção é conduzido pela Resgatto, ONG responsável pela saúde e bem-estar dos bichinhos do espaço. "As meninas são supercriteriosas. As pessoas têm que responder perguntas, elas entram em contato por WhatsApp, conversam, para ter certeza de que não é uma adoção por impulso", pontua Rafaela. O processo todo entre visitar o gatinho no espaço e adotar deve levar em torno de uma semana. No entanto, para o futuro, o negócio já prepara uma novidade para otimizar o processo; um aplicativo próprio do Affogato está sendo desenvolvido para facilitar o contato dos interessados em adotar os gatinhos com a ONG. "Vai ser um Tinder de gatos", define Rafaela.

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TÂNIA MEINERZ/JC

Em breve, de portas abertas 

O negócio abre as portas no próximo sábado (10), mas, mesmo antes de começar a operar, já causou frisson na comunidade. Com mais de 9 mil seguidores no Instagram (@affogatocafe) e com as primeiras duas semanas do negócio com reservas, as sócias comemoram o interesse da clientela. "Ficamos muito empolgadas, porque o maior medo é fazer um negócio e flopar. Quando vimos o pessoal seguindo, curtindo, celebramos. Mas, desses 9 mil, quantos vão ser nossos clientes? Ainda tem esse medo de quanto dessas pessoas vamos trazer para cá. Ainda temos o desafio de transformar todos esses seguidores em consumidores", pondera Rafaela. Bianca, que fica à frente do Marketing do negócio, usou o interesse de maneira estratégica, fazendo perguntas e entendendo as demandas do público. Um cardápio que contemple itens veganos e restritivos, como sem glúten, lactose ou açúcar, foi uma das sacadas que surgiu a partir desse contato. "Fizemos uma caixinha de perguntas no Instagram sobre o que não poderia faltar num cat café. Uma pessoa respondeu funcionários com tiarinhas de gato, então vamos ter", diverte-se Bianca. 

Cardápio inspirado nos felinos

Um dos destaques do negócio é levar a inspiração nos gatinhos também para o cardápio. Os cafés do negócio são servidos com latte art com carinhas de gatinhos, além dos meowshakes, que são milk-shakes decorados com referências felinas. "Temos um cardápio diferenciado, de uma chef uruguaia, que tem cursos na França. Vamos ter cardápios sazonais. No inverno, chocolate quente, no verão, frapuccino, cafés gelados. Vamos ter um cardápio variado entendendo o que o público quer. Muitos não vão poder adotar um gato, porque viajam, já tem um cachorro, então o pessoal pode vir aqui tomar um café. Estamos acreditando que vamos ter os frequentadores que vêm para adotar e os que vêm para curtir", projeta Rosi. 
TÂNIA MEINERZ/JC

Movimentando o segmento

O Affogato conta com parcerias para viabilizar o bem-estar dos gatinhos. A Royal Canin é responsável pelo kit adoção, com itens para proporcionar uma boa recepção para o gatinho. Ainda, há parcerias com a Woolie, marca de comedouros e fontes para gatos, Ferpa Design, responsável pelos brinquedos e percursos nas paredes para enriquecimento ambiental para os felinos, e, ainda, Viva Verde, marca de areia para gatos. O negócio também conta com uma lojinha com itens para quem ama gatinhos, como canecas, pins e ecobags. 
TÂNIA MEINERZ/JC